<p style="text-align: justify;">A Câmara Municipal aprovou moção de apoio à luta dos índios da etnia Guarani-Kaiowá pela demarcação de suas terras no Mato Grosso do Sul, durante a sessão ordinária de terça-feira, 6 de novembro. Lucas Ferreira e Monique Mancini Duarte, estudantes da Unesp, leram um manifesto em defesa dos índios.<br />Ao utilizar a Tribuna Popular, os estudantes representaram diversas entidades da sociedade civil e pediram apoio a um abaixo-assinado e ao Ato Nacional Contra o Genocídio do Povo Guarani-Kaiowá, que será realizado sexta-feira, 9 de novembro, às 15h30, na Praça Santa Cruz. <br />O texto lido pelos estudantes exige o cumprimento do artigo 231 da Constituição “reconhecendo aos índios sua organização social, costumes línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens”.<br />Ferreira e Monique denunciaram a omissão do Estado na questão da demarcação das terras indígenas e as agressões de grandes proprietários rurais que ocuparam áreas tradicionalmente ocupadas pelos índios. De acordo com eles, práticas como perseguição, estupro e extermínio tornaram-se comuns. <br />Este conflito de interesses, segundo os estudantes, “tem resultado em diversos assassinatos indígenas e de lideranças por pistoleiros contratados por latifundiários produtores soja e cana-de-açúcar”. Nos últimos oito anos, foram mortos 250 naquela região. A população total de Guarani-Kaiowás é de pouco mais de 43 mil índios.</p>