Massafera trabalha em plano de sustentabilidade para Araraquara

13/11/2012 - 03h39

<p style="text-align: justify;">O deputado estadual Roberto Massafera participou de reuni&atilde;o promovida pela Prefeitura Municipal de Araraquara em que inicia-se uma s&eacute;rie de discuss&otilde;es para elaborar um plano de desenvolvimento sustent&aacute;vel para a cidade.<br />A reuni&atilde;o contou representantes da sociedade civil e entidades como Cooperativa Ac&aacute;cia, DAAE, SENAI e Unesp, e foi coordenada por professores e alunos do curso de Forma&ccedil;&atilde;o Integrada para a Sustentabilidade (FIS) da Funda&ccedil;&atilde;o Get&uacute;lio Vargas (FGV).<br />Entre os presentes estavam os secret&aacute;rios municipais Jos&eacute; dos Reis Santos Filho (Meio Ambiente) e Alessandra de Lima (Desenvolvimento Urbano), al&eacute;m das professoras Erica Gallucci, coordenadora do FIS, Leeward Wang e Maria de Mello, todas da FGV.<br />Roberto Massafera afirmou que o governo do Estado de S&atilde;o Paulo tem interesse e pode dar incentivos, fiscais e financeiros, para projetos com base tecnol&oacute;gica ou de desenvolvimento de novas matrizes energ&eacute;ticas mais sustent&aacute;veis como e&oacute;lica ou solar.<br />Roberto Massafera alerta, entretanto, que a excessiva quantidade de impostos no Brasil &eacute; um obst&aacute;culo. &ldquo;Temos uma carga tribut&aacute;ria muito elevada, 35% do PIB (Produto Interno Bruto). Existe uma sobretaxa nas contas de energia el&eacute;trica, por conta da constru&ccedil;&atilde;o de novas hidrel&eacute;tricas, que no Brasil &eacute; de 25% a 30%. Nos Estados Unidos &eacute; de 5%. Isso reduz nossa competitividade. &Eacute; um desafio que temos que encarar, como fica a carga tribut&aacute;ria?&rdquo;, questionou o parlamentar.<br />&ldquo;O governo brasileiro prop&otilde;e reduzir o pre&ccedil;o da energia, mas n&atilde;o sabemos o que vai acontecer com essa taxa&ccedil;&atilde;o. Se n&atilde;o reduzir impostos vai faltar investidor interessado em expandir a gera&ccedil;&atilde;o e transmiss&atilde;o. Estamos amarrados a um sistema tribut&aacute;rio perverso que inibe o crescimento.&rdquo;<br />O parlamentar alertou ainda sobre a baixa capacidade de investimento dos munic&iacute;pios. A maior parte da arrecada&ccedil;&atilde;o &eacute; concentrada pela Uni&atilde;o. Al&eacute;m de n&atilde;o ter recursos, os munic&iacute;pios v&ecirc;m assumindo cada vez mais obriga&ccedil;&otilde;es sociais.<br />&ldquo;O Brasil precisa ser mais eficiente, competitivo. Precisa investir em tecnologia, Educa&ccedil;&atilde;o, estradas, ferrovias, em portos e energia. &Eacute; uma quest&atilde;o de escolher melhor as prioridades. N&atilde;o precisamos de Itaquer&atilde;o, Maracan&atilde;, Copa do Mundo, Olimp&iacute;adas.&rdquo;<br />Massafera defendeu ainda a adi&ccedil;&atilde;o de &aacute;lcool anidro &agrave; gasolina, o que dispensa outros aditivos como o chumbo tetraetila. A gasolina com chumbo &eacute; altamente poluente e cancer&iacute;gena, principalmente em ambientes saturados como os das grandes cidades brasileiras.<br />Atualmente, &eacute; mais vantajoso para o usineiro brasileiro exportar a&ccedil;&uacute;car do que produzir &aacute;lcool para o mercado interno. &ldquo;A consequ&ecirc;ncia disso &eacute; que estamos importando &aacute;lcool feito de milho nos Estados Unidos ao dobro do pre&ccedil;o que custaria produzir no Brasil a partir da cana-de-a&ccedil;&uacute;car. S&atilde;o quest&otilde;es que temos que resolver&rdquo;, analisa Massafera.</p>