Projeto Obesidade Infanto-Juvenil da Uniara tem grande demanda da população

Desde o início do programa, o número de tratamentos tem aumentado constantemente

15/11/2012 - 03h32

<p style="text-align: justify;">O Projeto Obesidade Infanto-Juvenil, programa promovido por meio de uma parceria entre o curso de Nutri&ccedil;&atilde;o e a Cl&iacute;nica Integrada de Sa&uacute;de do Centro Universit&aacute;rio de Araraquara - Uniara, juntamente com a Secretaria Municipal de Sa&uacute;de, tem atendido um n&uacute;mero cada vez maior de crian&ccedil;as e adolescentes de 4 a 18 anos de idade com sobrepeso. Desde sua cria&ccedil;&atilde;o, em 2002, a demanda vem crescendo quanto ao aspecto da obesidade infanto-juvenil, com grande incid&ecirc;ncia e preval&ecirc;ncia do problema para essa faixa et&aacute;ria.De acordo com a respons&aacute;vel pelo projeto, professora Rita de C&aacute;ssia Garcia Pereira, ap&oacute;s a verifica&ccedil;&atilde;o das necessidades das fam&iacute;lias dos jovens, foi decidido que os pais ou respons&aacute;veis tamb&eacute;m passariam por tratamento. &ldquo;Esse fato surtiu efeito positivo, pois descobrimos que v&aacute;rias fam&iacute;lias t&ecirc;m hist&oacute;rico de outras enfermidades associadas &agrave; obesidade, como hipertens&atilde;o arterial, diabetes, dislipidemias, etc. &Eacute; muito dif&iacute;cil o tratamento de qualquer patologia quando n&atilde;o h&aacute; medicamento. Trabalhamos com a pr&aacute;tica educacional e mudan&ccedil;a de comportamento, e isso n&atilde;o &eacute; nada f&aacute;cil para determinadas pessoas que n&atilde;o est&atilde;o engajadas no tratamento&rdquo;, comenta.Mesmo assim, ela afirma que, apesar da ades&atilde;o dos familiares, os resultados positivos ainda n&atilde;o s&atilde;o suficientes para alta. &ldquo;O tratamento &eacute; longo e influencia nas condi&ccedil;&otilde;es ambientais, sociais, econ&ocirc;micas e na din&acirc;mica do lar. Mas foi uma forma de resolver parte do problema, visto que tem dado certo quando a fam&iacute;lia leva a s&eacute;rio, uma vez que &eacute; de onde partem as escolhas alimentares e a compra dos alimentos&rdquo;, observa.Rita explica que mudar o h&aacute;bito de toda uma fam&iacute;lia &eacute; uma tarefa &aacute;rdua e n&atilde;o depende somente do profissional, mas de todos os envolvidos. Segundo ela, outra forma de melhorar os resultados foi a ado&ccedil;&atilde;o de um modelo de tratamento em grupo, &ldquo;onde as pessoas se sentem amparadas e podem relacionar seus problemas com os de outros, vivenciando situa&ccedil;&otilde;es do cotidiano em conjunto e, muitas vezes, encontrando solu&ccedil;&otilde;es nos depoimentos de outras pessoas&rdquo;.Contudo, mesmo com esses encontros, ela alerta que nem sempre quem sai do grupo est&aacute; em condi&ccedil;&otilde;es de receber alta. &ldquo;Temos o grupo para apoio, mas o tratamento individualizado ainda &eacute; uma forma fundamental de monitoramento. No nosso caso, trabalhamos com educa&ccedil;&atilde;o alimentar e educar as pessoas n&atilde;o &eacute; f&aacute;cil, leva tempo. &Eacute; um processo longo que, &agrave;s vezes, n&atilde;o aparece diretamente na balan&ccedil;a, mas tem efeitos futuros. Isso &eacute; o que desejamos&rdquo;, diz a docente.&nbsp;AtendimentoOs interessados em participar do Projeto Obesidade Infanto-Juvenil devem se dirigir &agrave; Unidade B&aacute;sica de Sa&uacute;de de seu bairro para a triagem, onde ser&atilde;o encaminhados para a Cl&iacute;nica de Nutri&ccedil;&atilde;o da Uniara. O encaminhamento pode ser feito por qualquer m&eacute;dico do local, sem a necessidade de que seja pediatra. Pode ser o m&eacute;dico de fam&iacute;lia ou outra especialidade. &ldquo;Profissionais da enfermagem tamb&eacute;m podem preencher a guia de encaminhamento e nos solicitar a necessidade de tratamento&rdquo;, salienta Rita.Ela alerta as pessoas que percebem necessidade de ter algum tratamento com orienta&ccedil;&atilde;o nutricional em suas fam&iacute;lias procurem a unidade de sa&uacute;de e o solicitem ao profissional. &ldquo;A quest&atilde;o est&eacute;tica, que &eacute; consequ&ecirc;ncia de uma alimenta&ccedil;&atilde;o e h&aacute;bitos de vida adequados, tamb&eacute;m &eacute; importante, claro, mas a sa&uacute;de est&aacute; em primeiro lugar. Procurem um profissional e n&atilde;o se deixem levar por dietas da moda ou outros tipos de tratamento que n&atilde;o t&ecirc;m fundamento e se revertem em problemas s&eacute;rios para a sa&uacute;de&rdquo;, finaliza.Os hor&aacute;rios de atendimento s&atilde;o: segundas-feiras de manh&atilde; e tarde para infanto-juvenil e quartas e sextas-feiras &agrave; tarde para adultos. Outras informa&ccedil;&otilde;es, receitas saud&aacute;veis, dicas e outras op&ccedil;&otilde;es podem ser obtidas no endere&ccedil;o www.uniara.com.br/graduacao/nutricao/obesidade_infantil. A Cl&iacute;nica Integrada de Nutri&ccedil;&atilde;o est&aacute; situada &agrave; avenida Dom Pedro II, 769, no centro. O telefone &eacute; o (16) 3301-7300.</p>