<p style="text-align: justify;">O Projeto Obesidade Infanto-Juvenil, programa promovido por meio de uma parceria entre o curso de Nutrição e a Clínica Integrada de Saúde do Centro Universitário de Araraquara - Uniara, juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde, tem atendido um número cada vez maior de crianças e adolescentes de 4 a 18 anos de idade com sobrepeso. Desde sua criação, em 2002, a demanda vem crescendo quanto ao aspecto da obesidade infanto-juvenil, com grande incidência e prevalência do problema para essa faixa etária.De acordo com a responsável pelo projeto, professora Rita de Cássia Garcia Pereira, após a verificação das necessidades das famílias dos jovens, foi decidido que os pais ou responsáveis também passariam por tratamento. “Esse fato surtiu efeito positivo, pois descobrimos que várias famílias têm histórico de outras enfermidades associadas à obesidade, como hipertensão arterial, diabetes, dislipidemias, etc. É muito difícil o tratamento de qualquer patologia quando não há medicamento. Trabalhamos com a prática educacional e mudança de comportamento, e isso não é nada fácil para determinadas pessoas que não estão engajadas no tratamento”, comenta.Mesmo assim, ela afirma que, apesar da adesão dos familiares, os resultados positivos ainda não são suficientes para alta. “O tratamento é longo e influencia nas condições ambientais, sociais, econômicas e na dinâmica do lar. Mas foi uma forma de resolver parte do problema, visto que tem dado certo quando a família leva a sério, uma vez que é de onde partem as escolhas alimentares e a compra dos alimentos”, observa.Rita explica que mudar o hábito de toda uma família é uma tarefa árdua e não depende somente do profissional, mas de todos os envolvidos. Segundo ela, outra forma de melhorar os resultados foi a adoção de um modelo de tratamento em grupo, “onde as pessoas se sentem amparadas e podem relacionar seus problemas com os de outros, vivenciando situações do cotidiano em conjunto e, muitas vezes, encontrando soluções nos depoimentos de outras pessoas”.Contudo, mesmo com esses encontros, ela alerta que nem sempre quem sai do grupo está em condições de receber alta. “Temos o grupo para apoio, mas o tratamento individualizado ainda é uma forma fundamental de monitoramento. No nosso caso, trabalhamos com educação alimentar e educar as pessoas não é fácil, leva tempo. É um processo longo que, às vezes, não aparece diretamente na balança, mas tem efeitos futuros. Isso é o que desejamos”, diz a docente. AtendimentoOs interessados em participar do Projeto Obesidade Infanto-Juvenil devem se dirigir à Unidade Básica de Saúde de seu bairro para a triagem, onde serão encaminhados para a Clínica de Nutrição da Uniara. O encaminhamento pode ser feito por qualquer médico do local, sem a necessidade de que seja pediatra. Pode ser o médico de família ou outra especialidade. “Profissionais da enfermagem também podem preencher a guia de encaminhamento e nos solicitar a necessidade de tratamento”, salienta Rita.Ela alerta as pessoas que percebem necessidade de ter algum tratamento com orientação nutricional em suas famílias procurem a unidade de saúde e o solicitem ao profissional. “A questão estética, que é consequência de uma alimentação e hábitos de vida adequados, também é importante, claro, mas a saúde está em primeiro lugar. Procurem um profissional e não se deixem levar por dietas da moda ou outros tipos de tratamento que não têm fundamento e se revertem em problemas sérios para a saúde”, finaliza.Os horários de atendimento são: segundas-feiras de manhã e tarde para infanto-juvenil e quartas e sextas-feiras à tarde para adultos. Outras informações, receitas saudáveis, dicas e outras opções podem ser obtidas no endereço www.uniara.com.br/graduacao/nutricao/obesidade_infantil. A Clínica Integrada de Nutrição está situada à avenida Dom Pedro II, 769, no centro. O telefone é o (16) 3301-7300.</p>