<p style="text-align: justify;">De um lado do corner, a norte-americana Mikaela Meyer, 22 anos, número 3 no ranking internacional e atual vice-campeã mundial de boxe na categoria até 60 kg, que veio da Califórnia, nos Estados Unidos, para subir no ringue dos Jogos Abertos do Interior – Bauru 2012. O objetivo dela é lutar com as brasileiras, estudar a técnica sul-americana de pugilismo e se preparar para os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Mikaela Meyer, que compete por Rio Claro, terá como adversária na final do boxe feminino da primeira divisão até 60 kg, a competidora de Jundiaí, Táynna Cardoso, 24 anos, que tem no currículo três medalhas de ouro nos Pan-americanos de Boxe, no Equador (2008), Trinidad e Tobago (2009) e em Brasília (2010).<br />A final internacional será na sexta-feira (23), no ginásio do clube Fortaleza, a partir das 13h. O técnico da equipe de boxe de Rio Claro, Marcos Macedo, ressalta que Mikaela veio dos Estados Unidos para competir a pedido dele, e que não está recebendo dinheiro e muito menos fechou contrato para competir por Rio Claro. O técnico explicou que ela mesma investiu na sua vinda ao Brasil para treinar e competir com as brasileiras, ganhar experiência no estilo das pugilistas sul-americanas e alcançar, no futuro, o seu grande objetivo, que é retornar ao Brasil nos Jogos Olímpicos de 2016 e conquistar o ouro. “A Mikaela, apesar da pouca idade, é destaque há muito tempo no circuito internacional. Ela é uma atleta muito forte, técnica e tem grandes chances de fazer bonito no Rio”, comentou com expectativa Marcos Macedo.<br />Pelo lado do Brasil, Táynna Cardoso, além das conquistas sul-americanas, ela era até pouco tempo atrás a nº 1 do ranking brasileiro no peso até 57 kg, mas como essa categoria não é olímpica, Táynna subiu para a divisão dos 60 kg, a mesma da baiana Adriana Araújo, medalha de bronze em Londres, pela mesma categoria (60 kg), mas que nos Abertos disputa nos 75 kg. “Aqui nos Abertos a Adriana Araújo está na categoria de cima, mas na briga para eu disputar os Jogos do Rio em 2016 ela estará no meu caminho (nos 60 kg). O boxe é a minha profissão, será difícil, mas treino há 13 anos para isso”, comentou Táynna sobre o sonho de disputar as próximas Olimpíadas.<br />O treinador de Rio Claro ressaltou também a importância dos Abertos para o boxe. Segundo ele, sem este incentivo competitivo o boxe feminino já teria acabado no Brasil. “Existem mais lutadoras competindo nos Abertos do que no próprio campeonato brasileiro”, enfatiza o técnico Marcos Macedo.<br />A brasileira Taynna, que já conhece a carreira de Mikaela, disse estar preparara para vencer e que estudou os vídeos das lutas de sua adversária. Ela aproveitou a oportunidade para convidar a população de Bauru para acompanhar na sexta, 23, no clube Fortaleza, as finais do boxe, já que a cidade será, neste dia, a capital nacional do pugilismo.</p>