<p style="text-align: justify;">A disputa do xadrez nos Jogos Abertos do Interior – Bauru 2012, contou com a presença dos principais nomes da modalidade do país na atualidade e também do maior ícone do enxadrismo brasileiro em todos os tempos: Henrique Mecking, o Mequinho. Alguns dos principais dirigentes do xadrez no Brasil também marcaram presença no evento.<br />Dos 100 enxadristas brasileiros mais bem colocados no ranking da Fide (Federação Internacional de Xadrez), cerca de 70 competiram em Bauru.<br />Dos 10 primeiros colocados, 9 disputaram os Abertos de Bauru. Entre eles o líder do ranking, Rafael Leitão, da equipe de Americana, cidade que conta com 4 atletas entre os 10 melhores do país (a equipe é a base da seleção brasileira que disputou os Jogos Olímpicos de Xadrez neste ano. A competição foi realizada na Turquia e o Brasil ficou na 37ª colocação. A melhor posição do Brasil foi em 2010, na Rússia, com o 17º lugar.<br />Leitão é cinco vezes campeão brasileiro, bicampeão mundial nas categorias inferiores e o mais jovem Grande Mestre do xadrez brasileiro, aos 18 anos (atualmente ele está com 32). Ele comentou que disputar os Abertos é sempre uma grande satisfação. “Participo desde 1994. É uma competição muito importante dentro do nosso calendário. Já vamos começar a nos preparar para o ano que vem. Esse foi nosso quarto título em cinco anos”, explicou o atual líder do ranking nacional.<br />Além de contar com os brasileiros mais bem posicionados internacionalmente, a presença de estrangeiros, especialmente argentinos e paraguaios, chamou a atenção. Jasmin Alderete, paraguaia que compete por Bauru no feminino sub-21 pelo segundo ano, falou sobre as diferenças da modalidade em seu país de origem e no Brasil. <br />“Jogo profissionalmente no Paraguai, mas lá são poucas mulheres competindo, então disputo muitas partidas contra os homens, o que exige um nível mais alto, pois todos treinam juntos. Aqui, disputo apenas com as meninas, mas o xadrez feminino aqui está em um patamar melhor do que no Paraguai”, reiterou Jasmin.<br /> <br />Dirigentes destacam o crescimento do xadrez<br /><br />O vice-presidente da CBX (Confederação Brasileira de Xadrez) Darcy Lima, também esteve em Bauru disputando os Abertos por São Bernardo do Campo. O dirigente, que já foi presidente da CBX e participa da entidade desde 1993, comemorou o crescimento do esporte no país. “O xadrez está crescendo muito, principalmente na área educacional. É uma modalidade que ajuda na educação e no social”, destacou.<br />Lima destacou que procura continuar competindo. “Participo dos Jogos desde 1990 e gosto de competir. É uma competição com um nível muito alto, que exige um esforço grande e uma boa preparação”, resumiu. O enxadrista competiu na mesma equipe de Mequinho. “Ele é um grande ídolo da nossa modalidade, uma referência, já está em uma fase mais avançada na carreira, mas segue competindo muito bem e é um ícone mesmo, para nós é um prazer atuar ao lado dele”, lembrou.<br />Quem também esteve presente nos Abertos foi o presidente da FPX (Federação Paulista de Xadrez), Ramón Arnal Carrasco Júnior, que é árbitro internacional e técnico da equipe de São José do Rio Preto.<br />“Esta é a maior competição da América Latina, movimenta os enxadristas profissionais e também quem joga na categoria sub-21, que pode ver de perto seus grandes ídolos”, reiterou. O presidente da FPX detalhou ainda que São Paulo é o Estado mais representativo na modalidade. “Os enxadristas de São Paulo correspondem hoje a 25% do total de inscritos na CBX. É um número bastante significativo e que mostra a força do Estado no País, dentro do xadrez”, finalizou.</p>