Maiores nomes do xadrez brasileiro estão presentes nos Abertos em Bauru

Competição recebeu principais atletas e dirigentes da modalidade

22/11/2012 - 03h47

<p style="text-align: justify;">A disputa do xadrez nos Jogos Abertos do Interior &ndash; Bauru 2012, contou com a presen&ccedil;a dos principais nomes da modalidade do pa&iacute;s na atualidade e tamb&eacute;m do maior &iacute;cone do enxadrismo brasileiro em todos os tempos: Henrique Mecking, o Mequinho. Alguns dos principais dirigentes do xadrez no Brasil tamb&eacute;m marcaram presen&ccedil;a no evento.<br />Dos 100 enxadristas brasileiros mais bem colocados no ranking da Fide (Federa&ccedil;&atilde;o Internacional de Xadrez), cerca de 70 competiram em Bauru.<br />Dos 10 primeiros colocados, 9 disputaram os Abertos de Bauru. Entre eles o l&iacute;der do ranking, Rafael Leit&atilde;o, da equipe de Americana, cidade que conta com 4 atletas entre os 10 melhores do pa&iacute;s (a equipe &eacute; a base da sele&ccedil;&atilde;o brasileira que disputou os Jogos Ol&iacute;mpicos de Xadrez neste ano. &nbsp;A competi&ccedil;&atilde;o foi realizada na Turquia e o Brasil ficou na 37&ordf; coloca&ccedil;&atilde;o. A melhor posi&ccedil;&atilde;o do Brasil foi em 2010, na R&uacute;ssia, com o 17&ordm; lugar.<br />Leit&atilde;o &eacute; cinco vezes campe&atilde;o brasileiro, bicampe&atilde;o mundial nas categorias inferiores e o mais jovem Grande Mestre do xadrez brasileiro, aos 18 anos (atualmente ele est&aacute; com 32). Ele comentou que disputar os Abertos &eacute; sempre uma grande satisfa&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Participo desde 1994. &Eacute; uma competi&ccedil;&atilde;o muito importante dentro do nosso calend&aacute;rio. J&aacute; vamos come&ccedil;ar a nos preparar para o ano que vem. Esse foi nosso quarto t&iacute;tulo em cinco anos&rdquo;, explicou o atual l&iacute;der do ranking nacional.<br />Al&eacute;m de contar com os brasileiros mais bem posicionados internacionalmente, a presen&ccedil;a de estrangeiros, especialmente argentinos e paraguaios, chamou a aten&ccedil;&atilde;o. Jasmin Alderete, paraguaia que compete por Bauru no feminino sub-21 pelo segundo ano, falou sobre as diferen&ccedil;as da modalidade em seu pa&iacute;s de origem e no Brasil.&nbsp;<br />&ldquo;Jogo profissionalmente no Paraguai, mas l&aacute; s&atilde;o poucas mulheres competindo, ent&atilde;o disputo muitas partidas contra os homens, o que exige um n&iacute;vel mais alto, pois todos treinam juntos. Aqui, disputo apenas com as meninas, mas o xadrez feminino aqui est&aacute; em um patamar melhor do que no Paraguai&rdquo;, reiterou Jasmin.<br />&nbsp;<br />Dirigentes destacam o crescimento do xadrez<br /><br />O vice-presidente da CBX (Confedera&ccedil;&atilde;o Brasileira de Xadrez) Darcy Lima, tamb&eacute;m esteve em Bauru disputando os Abertos por S&atilde;o Bernardo do Campo. O dirigente, que j&aacute; foi presidente da CBX e participa da entidade desde 1993, comemorou o crescimento do esporte no pa&iacute;s. &ldquo;O xadrez est&aacute; crescendo muito, principalmente na &aacute;rea educacional. &Eacute; uma modalidade que ajuda na educa&ccedil;&atilde;o e no social&rdquo;, destacou.<br />Lima destacou que procura continuar competindo. &ldquo;Participo dos Jogos desde 1990 e gosto de competir. &Eacute; uma competi&ccedil;&atilde;o com um n&iacute;vel muito alto, que exige um esfor&ccedil;o grande e uma boa prepara&ccedil;&atilde;o&rdquo;, resumiu. O enxadrista competiu na mesma equipe de Mequinho. &ldquo;Ele &eacute; um grande &iacute;dolo da nossa modalidade, uma refer&ecirc;ncia, j&aacute; est&aacute; em uma fase mais avan&ccedil;ada na carreira, mas segue competindo muito bem e &eacute; um &iacute;cone mesmo, para n&oacute;s &eacute; um prazer atuar ao lado dele&rdquo;, lembrou.<br />Quem tamb&eacute;m esteve presente nos Abertos foi o presidente da FPX (Federa&ccedil;&atilde;o Paulista de Xadrez), Ram&oacute;n Arnal Carrasco J&uacute;nior, que &eacute; &aacute;rbitro internacional e t&eacute;cnico da equipe de S&atilde;o Jos&eacute; do Rio Preto.<br />&ldquo;Esta &eacute; a maior competi&ccedil;&atilde;o da Am&eacute;rica Latina, movimenta os enxadristas profissionais e tamb&eacute;m quem joga na categoria sub-21, que pode ver de perto seus grandes &iacute;dolos&rdquo;, reiterou. O presidente da FPX detalhou ainda que S&atilde;o Paulo &eacute; o Estado mais representativo na modalidade. &ldquo;Os enxadristas de S&atilde;o Paulo correspondem hoje a 25% do total de inscritos na CBX. &Eacute; um n&uacute;mero bastante significativo e que mostra a for&ccedil;a do Estado no Pa&iacute;s, dentro do xadrez&rdquo;, finalizou.</p>