Maior ídolo do xadrez brasileiro disputa os Jogos Abertos

Mequinho, que fez história na modalidade, competiu por São Bernardo

22/11/2012 - 03h47

<p style="text-align: justify;">O ga&uacute;cho Henrique Costa Mecking, o Mequinho, foi a grande atra&ccedil;&atilde;o do xadrez nos Jogos Abertos do Interior &ndash; Bauru 2012. Maior &iacute;dolo do enxadrismo no pa&iacute;s, Mequinho est&aacute; com 60 anos de idade e disputou os Jogos por S&atilde;o Bernardo do Campo, cidade que ficou com a medalha de prata na divis&atilde;o especial. Foi a primeira vez que o enxadrista veio at&eacute; Bauru.<br />Natural de Santa Cruz do Sul (RS), Mequinho morou por muitos anos no Rio de Janeiro. Atualmente reside em Taubat&eacute;, no Vale do Para&iacute;ba. O enxadrista foi o brasileiro que alcan&ccedil;ou a melhor posi&ccedil;&atilde;o no ranking internacional at&eacute; hoje (alcan&ccedil;ou a terceira posi&ccedil;&atilde;o em 1977).<br />Mequinho ainda ganhou dois torneios interzonais, uma competi&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o existe atualmente, mas que na &eacute;poca equivalia a um campeonato mundial, reunindo os melhores de cada continente.<br />Em 1978, passou a sofrer com miastenia grave, doen&ccedil;a que provoca o enfraquecimento dos m&uacute;sculos. Em fun&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a, parou de competir em 1979, e s&oacute; voltou a jogar xadrez em 1991. Parou novamente em 1995 e passou a competir de novo em 2000. &ldquo;Essa &eacute; uma doen&ccedil;a muito s&eacute;ria, atrapalha bastante, tanto que fiquei 17 anos sem jogar xadrez. Sempre tive que me cuidar muito depois disso&rdquo;, relatou. &ldquo;Atualmente, fa&ccedil;o comida especial, tomo homeopatia, n&atilde;o jogo torneios com duas partidas no mesmo dia. Tudo isso por causa da miastenia. Preciso ter um cuidado redobrado com os olhos e com a garganta&rdquo;, explicou.<br /><br /><br />Superando a doen&ccedil;a<br /><br />Mequinho reiterou que hoje em dia est&aacute; superando a enfermidade. Formado em Teologia (o enxadrista &eacute; cat&oacute;lico praticante) e tamb&eacute;m em Filosofia, Mequinho disse que encontrou na religi&atilde;o a for&ccedil;a necess&aacute;ria para enfrentar o problema. &ldquo;O fato de estar melhor de sa&uacute;de e competindo &eacute; uma gra&ccedil;a de Deus. V&aacute;rias pessoas que tem este mesmo problema est&atilde;o com a sa&uacute;de muito debilitada e eu estou melhorando&rdquo;, citou. Mequinho j&aacute; lan&ccedil;ou um livro, &lsquo;Como Jesus Cristo salvou a minha vida&rsquo;, que est&aacute; em sua 6&ordf; edi&ccedil;&atilde;o.<br /><br /><br />Futuro<br /><br />O maior &iacute;dolo do xadrez brasileiro, que atualmente &eacute; o terceiro colocado do ranking nacional, falou que ainda pretende competir internacionalmente. &ldquo;Ainda quero chegar a um patamar mais alto no ranking internacional, quero disputar um t&iacute;tulo mundial&rdquo;, finalizou Mequinho.</p>