Hospital de Américo recebe palestra sobre atendimento às travestis

23/11/2012 - 02h58

<p style="text-align: justify;">Na &uacute;ltima quarta-feira (21), a Prefeitura de Araraquara, representada pela Assessoria Especial de Pol&iacute;ticas P&uacute;blicas para Diversidade Sexual, esteve no Hospital Estadual de Am&eacute;rico Brasiliense (HEAB) para ministrar a palestra &ldquo;Olhe e veja al&eacute;m do preconceito: respeite as diferen&ccedil;as. Travestis e transexuais&rdquo;.<br />O assessor de Pol&iacute;ticas P&uacute;blicas para Diversidade Sexual, Paulo Tetti, foi recepcionado por Cleice Daiana Levorato, coordenadora da equipe multiprofissional do HEAB. No bate-papo com a equipe do hospital, Tetti enfatizou o atendimento de travestis e transexuais em &oacute;rg&atilde;os p&uacute;blicos. Segundo ele, o preconceito e a discrimina&ccedil;&atilde;o podem dificultar o acesso das travestis aos servi&ccedil;os p&uacute;blicos essenciais, como sa&uacute;de, educa&ccedil;&atilde;o, justi&ccedil;a - entre outros. &ldquo;Para n&atilde;o passar por situa&ccedil;&otilde;es constrangedoras, elas abrem m&atilde;o de direitos b&aacute;sicos de cidadania&rdquo;, disse.<br />Entre as principais queixas no atendimento &agrave;s travestis, est&atilde;o as humilha&ccedil;&otilde;es por recepcionistas e servidores p&uacute;blicos; o descaso, pressa ou at&eacute; recusa no atendimento; e a dificuldade para atendimentos espec&iacute;ficos, como por exemplo: a hormonioterapia e retirada de silicone.<br />Tetti explicou que o servidor p&uacute;blico deve contribuir para o combate a todos os tipos de viola&ccedil;&atilde;o aos direitos humanos, inclusive a discrimina&ccedil;&atilde;o praticada contra as travestis. &ldquo;A institui&ccedil;&atilde;o e seus funcion&aacute;rios devem zelar pela promo&ccedil;&atilde;o da cidadania e medidas que evitem a estigmatiza&ccedil;&atilde;o e marginaliza&ccedil;&atilde;o das pessoas em decorr&ecirc;ncia de sua orienta&ccedil;&atilde;o sexual ou identidade de g&ecirc;nero&rdquo;.<br />De acordo com o assessor, tratar travestis e transexuais pelo nome social &eacute; uma forma de garantir a sua dignidade humana e assegurar o pleno respeito &agrave;s pessoas, independente de sua identidade de g&ecirc;nero. &ldquo;Nome social &eacute; aquele com o qual a pessoa se identifica. &Eacute; escolhido a partir de suas viv&ecirc;ncias e prefer&ecirc;ncias. Muitos de n&oacute;s temos apelidos e estes s&atilde;o respeitados, o que n&atilde;o costuma acontecer com as travestis e transexuais&rdquo;, apontou.<br />A palestra teve a participa&ccedil;&atilde;o do transexual Cristian Comarine Augusto, que relatou sua experi&ecirc;ncia e lembrou que o Estado de S&atilde;o Paulo garante por lei o direito &agrave;s travestis e transexuais de serem tratados pelo nome social em todos os &oacute;rg&atilde;os p&uacute;blicos, por meio do Decreto Estadual n&deg; 55.888, de 17 de mar&ccedil;o de 2010.</p>