<p style="text-align: justify;">Na última quarta-feira (21), a Prefeitura de Araraquara, representada pela Assessoria Especial de Políticas Públicas para Diversidade Sexual, esteve no Hospital Estadual de Américo Brasiliense (HEAB) para ministrar a palestra “Olhe e veja além do preconceito: respeite as diferenças. Travestis e transexuais”.<br />O assessor de Políticas Públicas para Diversidade Sexual, Paulo Tetti, foi recepcionado por Cleice Daiana Levorato, coordenadora da equipe multiprofissional do HEAB. No bate-papo com a equipe do hospital, Tetti enfatizou o atendimento de travestis e transexuais em órgãos públicos. Segundo ele, o preconceito e a discriminação podem dificultar o acesso das travestis aos serviços públicos essenciais, como saúde, educação, justiça - entre outros. “Para não passar por situações constrangedoras, elas abrem mão de direitos básicos de cidadania”, disse.<br />Entre as principais queixas no atendimento às travestis, estão as humilhações por recepcionistas e servidores públicos; o descaso, pressa ou até recusa no atendimento; e a dificuldade para atendimentos específicos, como por exemplo: a hormonioterapia e retirada de silicone.<br />Tetti explicou que o servidor público deve contribuir para o combate a todos os tipos de violação aos direitos humanos, inclusive a discriminação praticada contra as travestis. “A instituição e seus funcionários devem zelar pela promoção da cidadania e medidas que evitem a estigmatização e marginalização das pessoas em decorrência de sua orientação sexual ou identidade de gênero”.<br />De acordo com o assessor, tratar travestis e transexuais pelo nome social é uma forma de garantir a sua dignidade humana e assegurar o pleno respeito às pessoas, independente de sua identidade de gênero. “Nome social é aquele com o qual a pessoa se identifica. É escolhido a partir de suas vivências e preferências. Muitos de nós temos apelidos e estes são respeitados, o que não costuma acontecer com as travestis e transexuais”, apontou.<br />A palestra teve a participação do transexual Cristian Comarine Augusto, que relatou sua experiência e lembrou que o Estado de São Paulo garante por lei o direito às travestis e transexuais de serem tratados pelo nome social em todos os órgãos públicos, por meio do Decreto Estadual n° 55.888, de 17 de março de 2010.</p>