<p style="text-align: justify;">A relação entre a dívida consolidada da Prefeitura de Araraquara e a receita do município nos oito primeiros meses deste ano é a menor entre as principais cidades da região - Franca, Ribeirão Preto e São Carlos.<br />Isso significa que a Prefeitura Municipal gastará menos com encargos da dívida nos próximos anos e terá garantido os repasses dos governos Estadual e Federal, entre outros benefícios.<br />A dívida consolidada é a dívida de longo prazo que não se completa no exercício (ano atual) e, nesse caso, se estende para o próximo mandato. No segundo quadrimestre deste ano, o valor da dívida era R$ 6.332.618,19, o que corresponde a um limite de endividamento de 1,2% em relação à receita corrente líquida do mesmo período: R$ 496.283.973,69.<br />Em Ribeirão Preto, o limite de endividamento é de 54,5%. Em São Carlos, o limite chegou a 21,2% e, em Franca, 14,5%.<br />Segundo o secretário municipal da Fazenda, Roberto Pereira, a dívida consolidada do município apresenta índice muito abaixo do limite estabelecido pelo Senado Federal, que é de 120% de seu orçamento anual. Em comparação com os últimos quatro anos, esse limite de endividamento diminuiu.<br />Hoje, segundo Roberto Pereira, os investimentos de grande porte na cidade estão garantidos pelos recursos municipais e também por convênios dos governos estadual e federal. Mas o secretário pondera que os empréstimos a longo prazo são uma alternativa importante como fonte de recurso para novos investimentos no município, que podem ter baixas taxas de juros dependendo do tipo de crédito, como o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), em que a taxa de juros é em torno de 1% ao ano.<br />Além de não comprometer os recursos próprios com encargos da dívida, o endividamento baixo também permite ao município realizar operações de créditos e, sobretudo, receber transferências voluntárias da União ou do Estado, conforme estabelece a Lei de Responsabilidade Fiscal.</p>