Centro Judiciário completa um ano com altos índices de conciliação

75% dos casos atendidos foram solucionados com êxito

23/11/2012 - 03h02

<p style="text-align: justify;">O Centro Judici&aacute;rio de Solu&ccedil;&atilde;o de Conflitos e Cidadania da Comarca de Araraquara completou, na ter&ccedil;a-feira, dia 21 de novembro, um ano de atividade na cidade com altos &iacute;ndices de resolu&ccedil;&atilde;o de problemas. O local foi cedido pelo Centro Universit&aacute;rio de Araraquara &ndash; Uniara ap&oacute;s conv&ecirc;nio com o Tribunal de Justi&ccedil;a do Estado de S&atilde;o Paulo.<br />De acordo com o Juiz de Direito Carlos Alberto Mousinho dos Santos Monteiro Violante, o pr&eacute;dio teve, de novembro de 2011 a outubro de 2012, cerca de 1.500 sess&otilde;es de concilia&ccedil;&otilde;es, com 1.125 acordos realizados, um &iacute;ndice de 75% de sucesso. Essa porcentagem foi obtida somando-se os atendimentos nas fases pr&eacute;-processual, ou seja, antes de o lesado entrar com uma a&ccedil;&atilde;o no f&oacute;rum, e a processual, depois de o processo j&aacute; ter sido ajuizado na Justi&ccedil;a.<br />&ldquo;Isso &eacute; espetacular. S&atilde;o v&aacute;rias situa&ccedil;&otilde;es resolvidas em um curto espa&ccedil;o de tempo. O balan&ccedil;o do funcionamento do Centro &eacute; muito positivo. Tudo o que &eacute; compat&iacute;vel com a solu&ccedil;&atilde;o por meio da concilia&ccedil;&atilde;o, &eacute; poss&iacute;vel ser intermediado pelo Centro. &Eacute; uma forma diferente de solucionar conflitos&rdquo;, reflete Violante. Ele ressalta que, da maior parte das quest&otilde;es solucionadas, cerca de 80% - principalmente na fase pr&eacute;-processual - s&atilde;o de compet&ecirc;ncia do juizado c&iacute;vel, e cerca de 20%, da &aacute;rea da fam&iacute;lia.<br />O juiz explica que os casos mais comuns s&atilde;o relacionados ao consumidor, defeitos de produtos e na presta&ccedil;&atilde;o de servi&ccedil;os, d&iacute;vidas e quest&otilde;es envolvendo bancos, cobran&ccedil;as em geral, acidentes de tr&acirc;nsito, problemas com vizinhan&ccedil;a, al&eacute;m de quest&otilde;es de loca&ccedil;&atilde;o de im&oacute;veis e de fam&iacute;lia. &ldquo;Em geral, s&atilde;o aqueles de compet&ecirc;ncia do juizado c&iacute;vel, das varas c&iacute;vel e de fam&iacute;lia, al&eacute;m de varas de fazenda p&uacute;blica&rdquo;, completa.<br />Segundo Violante, quando uma pessoa opta pelos meios tradicionais de resolu&ccedil;&atilde;o de problemas e o F&oacute;rum, sua situa&ccedil;&atilde;o &eacute; solucionada com uma senten&ccedil;a feita pelo juiz, sujeita a recursos, resultando em um processo longo.&nbsp;<br />&ldquo;Em m&eacute;dia, um processo assim nunca termina antes de tr&ecirc;s anos, para ser otimista. No Centro Judici&aacute;rio, se a pessoa tem algum problema, &eacute; marcada uma sess&atilde;o de concilia&ccedil;&atilde;o em no m&aacute;ximo trinta dias, sendo que, se sair o acordo, e as chances para isso s&atilde;o muito grandes, a pessoa j&aacute; tem seu problema resolvido. Quando o devedor se compromete a efetuar determinado pagamento ou a cumprir uma obriga&ccedil;&atilde;o, por exemplo, dificilmente ele a deixa de cumprir. Em caso negativo, ela &eacute; orientada a entrar com uma a&ccedil;&atilde;o no f&oacute;rum pelas vias normais&rdquo;, afirma.<br />O Juiz relata que, no Centro Judici&aacute;rio, as condi&ccedil;&otilde;es de acordo s&atilde;o escritas no termo de audi&ecirc;ncia e, logo ap&oacute;s, homologadas pelo juiz coordenador do local. &ldquo;Esse acordo tem for&ccedil;a de t&iacute;tulo executivo, ou seja, caso n&atilde;o seja cumprido, a parte pode entrar com a execu&ccedil;&atilde;o desse t&iacute;tulo na Justi&ccedil;a&rdquo;, detalha.<br />Quem precisar dos servi&ccedil;os do Centro Judici&aacute;rio de Concilia&ccedil;&atilde;o deve comparecer ao local com documento de identidade ou, caso seja uma empresa, com seus atos constitutivos, e fazer a sua reclama&ccedil;&atilde;o. &ldquo;No caso, o reclamante j&aacute; &eacute; informado da data em que ir&aacute; acontecer a audi&ecirc;ncia de concilia&ccedil;&atilde;o e a outra parte &eacute; intimada, normalmente pelo correio ou oficial de justi&ccedil;a, a comparecer &agrave; sess&atilde;o. No dia marcado, eles s&atilde;o atendidos pelo conciliador, que os aproxima e faz a intermedia&ccedil;&atilde;o da conversa, buscando auxili&aacute;-los a chegarem a uma solu&ccedil;&atilde;o razo&aacute;vel e justa para aquele problema&rdquo;, aponta Violante.<br />Para ele, a popula&ccedil;&atilde;o de Araraquara ganhou muito com a instala&ccedil;&atilde;o do Centro Judici&aacute;rio. &ldquo;Agora ela tem acesso a um servi&ccedil;o p&uacute;blico de concilia&ccedil;&atilde;o organizado pelo Poder Judici&aacute;rio, presidido por conciliadores capacitados para auxiliar na solu&ccedil;&atilde;o dos seus problemas. Mais importante do que desafogar a justi&ccedil;a - o que ocorre apenas como consequ&ecirc;ncia -, &eacute; a melhoria no atendimento &agrave; popula&ccedil;&atilde;o. A utiliza&ccedil;&atilde;o do Centro &eacute; gratuita, mas &eacute; aconselh&aacute;vel a participa&ccedil;&atilde;o e representa&ccedil;&atilde;o de um advogado nos casos&rdquo;, finaliza.<br />O Centro Judici&aacute;rio de Concilia&ccedil;&atilde;o, como &eacute; popularmente conhecido, est&aacute; situado &agrave; avenida D. Pedro II, n&ordm; 764, no centro, e funciona de segunda a sexta-feira, das 9h &agrave;s 17h. Duvidas e informa&ccedil;&otilde;es pelo telefone (16) 3333-4243 ou pelo e-mail cejusc.araraquara@tjsp.jus.br.</p>