<p style="text-align: justify;">Nesta segunda-feira, 26, o vereador Édio Lopes (PT) esteve na sede do INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, na capital paulista, em reunião com o superintendente da autarquia, Wellington Diniz Monteiro.<br />A pauta foi a liberação do Crédito Apoio Mulher, uma linha de crédito do Governo Federal específica para mulheres, que visa incentivar a participação feminina na produção dos assentamentos rurais.<br />Conforme Monteiro, o recurso do Apoio Mulher pode ser utilizado tanto para implantar uma produção quanto para aprimorá-la. Enfatizou o superintendente que para receber o crédito a mulher deve estar em situação regular com o Incra e ser beneficiária com título homologado.<br />Para acessar esta modalidade de crédito, é necessário que as mulheres se organizem em grupos de, no mínimo, três assentadas. O valor do Apoio Mulher é de R$ 3 mil para cada assentada que constitua o grupo que está solicitando o recurso. Isso significa que uma organização constituída por três trabalhadoras terá direito a R$ 9 mil.<br />De acordo com informações do superintendente do órgão, poderá ser liberado o montante de até R$ 570.000,00 para mulheres do Assentamento Bela Vista do Chibarro. A verba já foi liberada pelo Governo Federal e será repassada para Araraquara nas próximas semanas. A sucursal regional do Incra fará um levantamento das mulheres que estão em condições de acessar o crédito e orientará os grupos para confecção de um projeto básico da atividade que pretendem implantar.<br />De acordo com Édio Lopes, em outras localidades as experiências têm sido bastante exitosas. “Fomos informados de grupos de mulheres que investiram os valores na criação de peixes, galinha caipira e porcos, cultivo de hortaliças e até aquisição de gado de leite”. Complementa o vereador que esta modalidade de crédito pode ser aplicada, ainda, para aquisição de máquinas e equipamentos, confecção e venda artesanato.<br />Para Édio Lopes, é fundamental este tipo de crédito específico para as mulheres assentadas, para que as mesmas, além de contribuírem com o desenvolvimento sustentável dos assentamentos rurais, desenvolvam autonomia financeira. O vereador, que faz parte da Frente Parlamentar em Defesa da Mulher, relata que o diagnóstico situacional das mulheres em Araraquara apontou que a região dos assentamentos rurais é a segunda área com maior índice de violência doméstica. Ainda de acordo com o vereador, as mulheres entrevistadas apontaram como um dos principais motivos de permanência na situação de violência a dependência econômica de seus companheiros.</p>