Édio vai ao Incra discutir liberação de verba para mulheres assentadas

27/11/2012 - 03h13

<p style="text-align: justify;">Nesta segunda-feira, 26, o vereador &Eacute;dio Lopes (PT) esteve na sede do INCRA &ndash; Instituto Nacional de Coloniza&ccedil;&atilde;o e Reforma Agr&aacute;ria, na capital paulista, em reuni&atilde;o com o superintendente da autarquia, Wellington Diniz Monteiro.<br />A pauta foi a libera&ccedil;&atilde;o do Cr&eacute;dito Apoio Mulher, uma linha de cr&eacute;dito do Governo Federal espec&iacute;fica para mulheres, que visa incentivar a participa&ccedil;&atilde;o feminina na produ&ccedil;&atilde;o dos assentamentos rurais.<br />Conforme Monteiro, o recurso do Apoio Mulher pode ser utilizado tanto para implantar uma produ&ccedil;&atilde;o quanto para aprimor&aacute;-la. Enfatizou o superintendente que para receber o cr&eacute;dito a mulher deve estar em situa&ccedil;&atilde;o regular com o Incra e ser benefici&aacute;ria com t&iacute;tulo homologado.<br />Para acessar esta modalidade de cr&eacute;dito, &eacute; necess&aacute;rio que as mulheres se organizem em grupos de, no m&iacute;nimo, tr&ecirc;s assentadas. O valor do Apoio Mulher &eacute; de R$ 3 mil para cada assentada que constitua o grupo que est&aacute; solicitando o recurso. Isso significa que uma organiza&ccedil;&atilde;o constitu&iacute;da por tr&ecirc;s trabalhadoras ter&aacute; direito a R$ 9 mil.<br />De acordo com informa&ccedil;&otilde;es do superintendente do &oacute;rg&atilde;o, poder&aacute; ser liberado o montante de at&eacute; R$ 570.000,00 para mulheres do Assentamento Bela Vista do Chibarro. A verba j&aacute; foi liberada pelo Governo Federal e ser&aacute; repassada para Araraquara nas pr&oacute;ximas semanas. A sucursal regional do Incra far&aacute; um levantamento das mulheres que est&atilde;o em condi&ccedil;&otilde;es de acessar o cr&eacute;dito e orientar&aacute; os grupos para confec&ccedil;&atilde;o de um projeto b&aacute;sico da atividade que pretendem implantar.<br />De acordo com &Eacute;dio Lopes, em outras localidades as experi&ecirc;ncias t&ecirc;m sido bastante exitosas. &ldquo;Fomos informados de grupos de mulheres que investiram os valores na cria&ccedil;&atilde;o de peixes, galinha caipira e porcos, cultivo de hortali&ccedil;as e at&eacute; aquisi&ccedil;&atilde;o de gado de leite&rdquo;. Complementa o vereador que esta modalidade de cr&eacute;dito pode ser aplicada, ainda, para aquisi&ccedil;&atilde;o de m&aacute;quinas e equipamentos, confec&ccedil;&atilde;o e venda artesanato.<br />Para &Eacute;dio Lopes, &eacute; fundamental este tipo de cr&eacute;dito espec&iacute;fico para as mulheres assentadas, para que as mesmas, al&eacute;m de contribu&iacute;rem com o desenvolvimento sustent&aacute;vel dos assentamentos rurais, desenvolvam autonomia financeira. O vereador, que faz parte da Frente Parlamentar em Defesa da Mulher, relata que o diagn&oacute;stico situacional das mulheres em Araraquara apontou que a regi&atilde;o dos assentamentos rurais &eacute; a segunda &aacute;rea com maior &iacute;ndice de viol&ecirc;ncia dom&eacute;stica. Ainda de acordo com o vereador, as mulheres entrevistadas apontaram como um dos principais motivos de perman&ecirc;ncia na situa&ccedil;&atilde;o de viol&ecirc;ncia a depend&ecirc;ncia econ&ocirc;mica de seus companheiros.</p>