Conselho de Ética do LEgislativo propõe censura verbal a vereador acusado de negociar votos

Denúncia de apropriação de parte dos salários de assessores não foi julgada

05/12/2012 - 04h51

<p style="text-align: justify;">O Conselho de &Eacute;tica e Decoro Parlamentar da C&acirc;mara Municipal decidiu pela ado&ccedil;&atilde;o de medida disciplinar corretiva do tipo censura verbal a Serginho Gon&ccedil;alves (PMDB) quanto &agrave; acusa&ccedil;&atilde;o de compra de votos conta ele por entender que houve &ldquo;falha do vereador&rdquo; na forma como estabeleceu rela&ccedil;&atilde;o com seus eleitores.<br />O relat&oacute;rio final da Comiss&atilde;o aponta que &ldquo;provavelmente, por conta de um desabafo, de revolta, uma vez que esperava obter muito mais votos do que obteve&rdquo;. Para os integrantes da Comiss&atilde;o de &Eacute;tica e Decoro Parlamentar, n&atilde;o se &ldquo;pode compactuar com postura inadequada que dep&otilde;e contra o pr&oacute;prio Poder Legislativo&rdquo;<br />Ainda de acordo com o relat&oacute;rio, com a transcri&ccedil;&atilde;o de um CD ouve-se a seguinte declara&ccedil;&atilde;o de Serginho: &ldquo;...Mas daqui a quatro anos vou l&aacute; colocar minha faixa l&aacute; na frente; vou pedir voto pra voc&ecirc; e pra sua fam&iacute;lia...Eu trabalho pros caras quatro anos e chega no dia e por causa de um churrasco, votaram tudo nos outros&rdquo;.<br />Quanto &agrave; acusa&ccedil;&atilde;o de apropria&ccedil;&atilde;o de parte dos sal&aacute;rios dos assessores, a Comiss&atilde;o decidiu aguardar o resultado da apura&ccedil;&atilde;o do Minist&eacute;rio P&uacute;blico e da Pol&iacute;cia Federal. A alega&ccedil;&atilde;o &eacute; de que, mesmo com a den&uacute;ncia dos assessores, &ldquo;n&atilde;o fora poss&iacute;vel a este Conselho de &Eacute;tica a produ&ccedil;&atilde;o de outras provas&rdquo; por &ldquo;aus&ecirc;ncia de documentos&rdquo; que est&atilde;o de posse do MP e da PF.<br />O vereador Serginho Gon&ccedil;alves negou todas as acusa&ccedil;&otilde;es, mas elogiou a atua&ccedil;&atilde;o do Conselho por entender que &ldquo;fizeram o que tinham que fazer; e tenho certeza que a decis&atilde;o da Justi&ccedil;a tamb&eacute;m ser&aacute; favor&aacute;vel porque n&atilde;o fiz nada de errado&rdquo;. Os vereadores Jo&atilde;o Farias (PRB) e Jos&eacute; Carlos Porsani (PP) tamb&eacute;m cumprimentaram os integrantes do Conselho pela postura adotada durante a apura&ccedil;&atilde;o do caso.<br />O Conselho de &Eacute;tica e Decoro e Parlamentar &eacute; composto por Elias Chediek Neto (PMDB), presidente, e pelos vereadores M&aacute;rcia Lia (PT) e Paulo Maranata (sem partido).</p>