Para parlamentar, o estado que deveria estar liderando o processo, pode sofrer uma derrota emblemática econômica e política pela indefinição sobre sed
19/05/2011 - 02h58
O deputado estadual e presidente do PT do estado de São Paulo, Edinho Silva, ao utilizar a Tribuna da Assembleia Legislativa na tarde desta quarta-feira, dia 18, chamou a atenção das lideranças para o impasse que se criou em torno da Copa do Mundo de 2014. Para ele, o estado de São Paulo encontra-se numa situação indefinida e grave, podendo até mesmo se inviabilizar para a abertura do mundial. “O estado, com a maior capacidade de orçamento, que deveria sinalizar para o Brasil, pode ficar de fora.
Estamos diante de um impasse”, alertou.
Na sua avaliação, faltou iniciativa do governo passado para que São Paulo estivesse liderando o processo. “São Paulo não pode se isentar. Penso que não podemos delegar a Clubes e iniciativa privada a responsabilidade de um evento que fará a diferença no estado e na cidade em que for organizado. Estamos falando de movimentação econômica, fomento ao turismo, geração de emprego e renda”.
O Estádio de Itaquera, na zona leste, dado como uma alternativa para a abertura e sede da Copa no estado, ainda encontra-se em situação bastante indefinida. O valor estimado do estádio é de R$ 1,07 bilhão. Até agora, conta-se com os R$ 400 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) e R$ 240 milhões dos Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento, da Prefeitura de São Paulo. Não há qualquer sinalização de aporte de recursos do Governo do estado até o momento.
Para o parlamentar, se ficar de fora, São Paulo sofrerá não só uma derrota econômica, como também uma derrota política emblemática perante o Brasil e o mundo. Segundo ele, a Assembleia pode cumprir um papel importante ao dialogar com a sociedade e lideranças, por meio da Comissão de Assuntos Desportivos. O deputado propôs um plano de ação concreto a fim de que o estado possa liderar esse processo e se sobrepor às contradições e os conflitos de interesses.
Para Edinho, a Copa traz uma agenda de visibilidade mundial ao país e ao estado. As estimativas preveem explosão de empregos em 2014 com a visita de cerca de 600 mil turistas estrangeiros e o envolvimento de mais de 870 mil profissionais.
“Mas, não é somente pelo turismo e grande potencial de geração de emprego e renda que devemos pensar na Copa 2014. Devemos refletir sobre a herança que será deixada em termos de infraestrutura de equipamentos públicos, transporte e logística”, reforça o deputado.
Para ele, a Copa também cria condições para olhares mais atentos do poder público e iniciativa privada à juventude. “Penso que não há nada que mobilize e agregue mais os jovens que o esporte e esse será um momento fundamental para que cidades, em especial os grandes centros urbanos, possam investir em programas sociais esportivos, vencendo a criminalidade e a exclusão social”.