<p style="text-align: justify;">As mídias sociais, espaços digitais usados por pessoas que têm algo em comum para compartilhar, se conhecer e trocar informações, são elementos muito comuns na sociedade moderna. Porém, o uso exagerado de tais ferramentas deve ser evitado para que não ocorram problemas sérios. Segundo o gestor da área e professor dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda do Centro Universitário de Araraquara – Uniara, Samuel Gatti Robles, isso deve ser observado pelos familiares e amigos dos usuários.<br />Ele afirma que se a pessoa for bem resolvida socialmente, não há problema algum em ficar conectado o tempo todo no Facebook e outras redes sociais. “O site possui muitas ferramentas úteis, e conversar com os amigos e compartilhar o que acontece em nossas vidas traz uma sensação muito prazerosa. O problema é quando o indivíduo se fecha para o mundo real e depende da internet para tudo. Isso pode ser preocupante e, provavelmente, a pessoa precisará de ajuda”, explica.<br />O profissional diz que o problema de dependência da internet pode ser resolvido. “Os smartphones e os tablets estão sempre por perto, com as atualizações aparecendo em suas telas. Em relação aos aparelhos móveis, a única forma de controlar isso é mudar as configurações do aparelho para que elas não apareçam o tempo todo. O autocontrole deve ser praticado nas escolas ou em casa, os pais e professores devem ficar de olho nas crianças e nos adolescentes. Já em locais de trabalho, o exagero nas atualizações e na famosa ‘olhadinha’ para ver o que acontece na rede de amigos pode atrapalhar muito o trabalho, e prejudicar a produtividade do funcionário”, alerta.<br />Outro fator apresentado pelo docente é o cuidado ao publicar algo na linha do tempo do Facebook. “Muitas pessoas são demitidas por justa causa de empresas devido ao que escrevem na rede. Este é um grande risco para os usuários”, explica.<br />Além disso, Robles afirma que, na rede, os usuários estão sempre correndo o risco de cair em enrascadas. “O caso de postar fotos no Instagram, que é uma ferramenta própria para isso, e compartilhá-las no Facebook, é muito pessoal. Pode ser que existam pessoas que queiram prejudicar as outras, fazendo montagens com as fotos e difamando alguém que não tenha feito nada de errado. O que pode ser feito nesses casos é tomar cuidado, pois deve haver um bom senso das pessoas, inclusive em relação ao estilo de fotos que são postadas, que não devem ser exageradas, para não comprometerem sua imagem”, diz.<br />O docente afirma que o problema mais sério dos usuários do Facebook é a existência de perfis de crianças menores de treze anos, idade mínima permitida pelo site para a criação de uma conta. “Infelizmente muitos pais deixam seus filhos criarem um perfil, mentindo suas idades. O que eles deveriam fazer é proibir que isso ocorra, mas já que isso não acontece, a relação das crianças com a internet deve ter cuidado redobrado”, indica. <br />Muitas vezes a necessidade de fazer amigos virtuais pode levar os pequenos até pessoas de má índole, círculos de amizades que podem prejudicá-los. “Hoje a pedofilia é um grande problema na sociedade. Se o acesso ao Facebook pelas crianças, deve sempre ter acompanhamento dos pais, para que nada de ruim aconteça. Uma das propostas é que os responsáveis tenham as senhas de seus filhos”, aconselha o professor.<br />Ele ainda diz que, durante o período de férias, o controle dos adultos é essencial. “O que pode ser feito é os pais estipularem um horário para as crianças e adolescentes usarem a internet. Sem exageros, eles devem estar sempre presentes e observando o que os filhos estão fazendo, não só nas redes sociais, como na internet em geral. Eles precisam literalmente vigiá-los e não permitir que o tempo determinado aumente”, finaliza.</p>