Uso do Facebook exige cuidado dos usuários

Exagero pode acarretar problemas às relações sociais das pessoas entre outros malefícios

14/12/2012 - 03h54

<p style="text-align: justify;">As m&iacute;dias sociais, espa&ccedil;os digitais usados por pessoas que t&ecirc;m algo em comum para compartilhar, se conhecer e trocar informa&ccedil;&otilde;es, s&atilde;o elementos muito comuns na sociedade moderna. Por&eacute;m, o uso exagerado de tais ferramentas deve ser evitado para que n&atilde;o ocorram problemas s&eacute;rios. Segundo o gestor da &aacute;rea e professor dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda do Centro Universit&aacute;rio de Araraquara &ndash; Uniara, Samuel Gatti Robles, isso deve ser observado pelos familiares e amigos dos usu&aacute;rios.<br />Ele afirma que se a pessoa for bem resolvida socialmente, n&atilde;o h&aacute; problema algum em ficar conectado o tempo todo no Facebook e outras redes sociais. &ldquo;O site possui muitas ferramentas &uacute;teis, e conversar com os amigos e compartilhar o que acontece em nossas vidas traz uma sensa&ccedil;&atilde;o muito prazerosa. O problema &eacute; quando o indiv&iacute;duo se fecha para o mundo real e depende da internet para tudo. Isso pode ser preocupante e, provavelmente, a pessoa precisar&aacute; de ajuda&rdquo;, explica.<br />O profissional diz que o problema de depend&ecirc;ncia da internet pode ser resolvido. &ldquo;Os smartphones e os tablets est&atilde;o sempre por perto, com as atualiza&ccedil;&otilde;es aparecendo em suas telas. Em rela&ccedil;&atilde;o aos aparelhos m&oacute;veis, a &uacute;nica forma de controlar isso &eacute; mudar as configura&ccedil;&otilde;es do aparelho para que elas n&atilde;o apare&ccedil;am o tempo todo. O autocontrole deve ser praticado nas escolas ou em casa, os pais e professores devem ficar de olho nas crian&ccedil;as e nos adolescentes. J&aacute; em locais de trabalho, o exagero nas atualiza&ccedil;&otilde;es e na famosa &lsquo;olhadinha&rsquo; para ver o que acontece na rede de amigos pode atrapalhar muito o trabalho, e prejudicar a produtividade do funcion&aacute;rio&rdquo;, alerta.<br />Outro fator apresentado pelo docente &eacute; o cuidado ao publicar algo na linha do tempo do Facebook. &ldquo;Muitas pessoas s&atilde;o demitidas por justa causa de empresas devido ao que escrevem na rede. Este &eacute; um grande risco para os usu&aacute;rios&rdquo;, explica.<br />Al&eacute;m disso, Robles afirma que, na rede, os usu&aacute;rios est&atilde;o sempre correndo o risco de cair em enrascadas. &ldquo;O caso de postar fotos no Instagram, que &eacute; uma ferramenta pr&oacute;pria para isso, e compartilh&aacute;-las no Facebook, &eacute; muito pessoal. Pode ser que existam pessoas que queiram prejudicar as outras, fazendo montagens com as fotos e difamando algu&eacute;m que n&atilde;o tenha feito nada de errado. O que pode ser feito nesses casos &eacute; tomar cuidado, pois deve haver um bom senso das pessoas, inclusive em rela&ccedil;&atilde;o ao estilo de fotos que s&atilde;o postadas, que n&atilde;o devem ser exageradas, para n&atilde;o comprometerem sua imagem&rdquo;, diz.<br />O docente afirma que o problema mais s&eacute;rio dos usu&aacute;rios do Facebook &eacute; a exist&ecirc;ncia de perfis de crian&ccedil;as menores de treze anos, idade m&iacute;nima permitida pelo site para a cria&ccedil;&atilde;o de uma conta. &ldquo;Infelizmente muitos pais deixam seus filhos criarem um perfil, mentindo suas idades. O que eles deveriam fazer &eacute; proibir que isso ocorra, mas j&aacute; que isso n&atilde;o acontece, a rela&ccedil;&atilde;o das crian&ccedil;as com a internet deve ter cuidado redobrado&rdquo;, indica.&nbsp;<br />Muitas vezes a necessidade de fazer amigos virtuais pode levar os pequenos at&eacute; pessoas de m&aacute; &iacute;ndole, c&iacute;rculos de amizades que podem prejudic&aacute;-los. &ldquo;Hoje a pedofilia &eacute; um grande problema na sociedade. Se o acesso ao Facebook pelas crian&ccedil;as, deve sempre ter &nbsp;acompanhamento dos pais, para que nada de ruim aconte&ccedil;a. Uma das propostas &eacute; que os respons&aacute;veis tenham as senhas de seus filhos&rdquo;, aconselha o professor.<br />Ele ainda diz que, durante o per&iacute;odo de f&eacute;rias, o controle dos adultos &eacute; essencial. &ldquo;O que pode ser feito &eacute; os pais estipularem um hor&aacute;rio para as crian&ccedil;as e adolescentes usarem a internet. Sem exageros, eles devem estar sempre presentes e observando o que os filhos est&atilde;o fazendo, n&atilde;o s&oacute; nas redes sociais, como na internet em geral. Eles precisam literalmente vigi&aacute;-los e n&atilde;o permitir que o tempo determinado aumente&rdquo;, finaliza.</p>