Professor da Unesp é premiado na Inglaterra

Tema é detecção eletroquímica de biomarcadores para doenças como Parkinson

21/12/2012 - 03h58

<p style="text-align: justify;">Paulo Roberto Bueno, professor do Instituto de Qu&iacute;mica da Unesp, C&acirc;mpus de Araraquara, e Jason Davis, do Departamento de Qu&iacute;mica da Universidade de Oxford, que realizam trabalho conjunto desde 2011, ganharam o pr&ecirc;mio Brian Mercer Feasibility 2012.<br />Na cerim&ocirc;nia de entrega, intitulada Labs to Riches, realizada em Londres, Inglaterra, dia 5 de dezembro, estiveram presentes autoridades governamentais brit&acirc;nicas e membros da fam&iacute;lia real. O pr&ecirc;mio foi outorgado pelo projeto cient&iacute;fico e de inova&ccedil;&atilde;o tecnol&oacute;gico intitulado: The sensitive multiplex detection of disease markers using eletrochemical immittance.<br />O projeto resultou em 2 patentes internacionais depositadas em conjunto entre a Unesp, por meio da Ag&ecirc;ncia Unesp de Inova&ccedil;&atilde;o, e a ISIS, o escrit&oacute;rio de transfer&ecirc;ncia tecnol&oacute;gica e propriedade intelectual da Universidade de Oxford. 'Este projeto j&aacute; resultou na publica&ccedil;&atilde;o de 5 artigos cient&iacute;ficos', diz Bueno.<br />O professor do IQ aponta que a abund&acirc;ncia de certas prote&iacute;nas espec&iacute;ficas pode ser um indicador prematuro de doen&ccedil;as como Parkinson, Alzmeimer e Huntington. M&eacute;todos atuais de mapeamento de prote&iacute;nas em busca de indicadores de doen&ccedil;as envolvem equipamentos especializados e muito caros. Esses m&eacute;todos envolvem ainda procedimentos anal&iacute;ticos complexos.<br />Em contrapartida, m&eacute;todos de detec&ccedil;&atilde;o el&eacute;trica t&ecirc;m alta sensibilidade, s&atilde;o mais baratos e podem detectar m&uacute;ltiplas prote&iacute;nas simultaneamente. Por&eacute;m, metodologias de eletroan&aacute;lise, embora poderosas, enfrentam problemas de flexibilidade.<br />Nesse contexto, Bueno e Davis desenvolveram tecnologia que permite a r&aacute;pida quantifica&ccedil;&atilde;o de biomarcadores. Essa detec&ccedil;&atilde;o &eacute; flex&iacute;vel e f&aacute;cil de usar. Eles demonstraram, em estudos preliminares, a capacidade de detectar marcadores associados com neurodegenera&ccedil;&atilde;o no est&aacute;gio inicial de doen&ccedil;as. Essa capacidade &eacute; inovadora e pode pode afetar profundamente a qualidade de vida do paciente e a capacidade de tratar doen&ccedil;as como Parkinson.<br />Bueno informa ainda que estabeleceu recentemente um grupo no IQ, que est&aacute; em fase de montagem da sua homepage, intitulado Unesp nanobionics Group (Nanobiometic and Bioeletronics Group), com a colabora&ccedil;&atilde;o dos professores Eduardo Maffud e Maria Del Pilar Sotomayor, assim como do p&oacute;s-doutorando M&aacute;rcio de Sousa G&oacute;es.</p>