<p style="text-align: justify;"><br />21 de dezembro: As inúmeras teorias sobre o fim da vida no planeta baseadas no término do calendário Maia são os temas mais pesquisados na internet. O professor do curso de Biologia do Centro Universitário de Araraquara – Uniara, Adalberto Cunha, explica o que realmente está por trás de tanto mistério.<br />De acordo com Cunha, os Maias não previram o fim do mundo. “O calendário deles é de forma circular, ou seja, chega um momento que ele termina, pois fecha em si mesmo. É como o nosso calendário. A diferença é que o nosso é composto por doze meses, porém também tem um número finito de dias. É uma forma de definir o tempo na antiguidade que é usado até hoje”, explica.<br />Ele afirma que, na verdade, não é a vida que irá acabar no planeta, mas sim, o ciclo do calendário adotado pelos Maias, que acaba nesta sexta-feira, dia 21. Sobre a polêmica de que o mundo irá acabar, o docente esclarece que “a própria Agência Americana Espacial – NASA tem dito que não há nenhum objeto em rota de colisão com o nosso planeta, portanto não há nada que possa nos atingir de repente”.<br />Para ele, muitas pessoas se utilizam de fatos antigos, que hoje não tem significado, para aterrorizar umas às outras. “Porém algumas são muito sensíveis a falas ou textos, ainda mais com o uso da mídia. O fato é que há muita paranoia quando o assunto é o fim do mundo”, completa.<br />O professor conta que não há registros de que as ações humanas possam causar a destruição da Terra. “O homem está há pouco tempo no planeta e não tem a pretensão e nem é capaz de provocar tanta destruição a ponto de liquidá-lo. Além disso, na história da Terra há uma série de ‘períodos’ em que ela já foi muito fria e, em outros, foi quente demais. A temperatura foi se alternando”, conta.<br />Cunha diz que a única forma de aniquilar o planeta repentinamente seria uma Guerra Nuclear. “Nossa espécie ainda irá atrapalhar e destruir muitos ecossistemas, além das nossas próprias fontes de sobrevivência”, finaliza.</p>