Fim do mundo: em que acreditar?

Professor da Uniara explicam a maior polêmica dos últimos tempos

21/12/2012 - 04h01

<p style="text-align: justify;"><br />21 de dezembro: As in&uacute;meras teorias sobre o fim da vida no planeta baseadas no t&eacute;rmino do calend&aacute;rio Maia s&atilde;o os temas mais pesquisados na internet. O professor do curso de Biologia do Centro Universit&aacute;rio de Araraquara &ndash; Uniara, Adalberto Cunha, explica o que realmente est&aacute; por tr&aacute;s de tanto mist&eacute;rio.<br />De acordo com Cunha, os Maias n&atilde;o previram o fim do mundo. &ldquo;O calend&aacute;rio deles &eacute; de forma circular, ou seja, chega um momento que ele termina, pois fecha em si mesmo. &Eacute; como o nosso calend&aacute;rio. A diferen&ccedil;a &eacute; que o nosso &eacute; composto por doze meses, por&eacute;m tamb&eacute;m tem um n&uacute;mero finito de dias. &Eacute; uma forma de definir o tempo na antiguidade que &eacute; usado at&eacute; hoje&rdquo;, explica.<br />Ele afirma que, na verdade, n&atilde;o &eacute; a vida que ir&aacute; acabar no planeta, mas sim, o ciclo do calend&aacute;rio adotado pelos Maias, que acaba nesta sexta-feira, dia 21. Sobre a pol&ecirc;mica de que o mundo ir&aacute; acabar, o docente esclarece que &ldquo;a pr&oacute;pria Ag&ecirc;ncia Americana Espacial &ndash; NASA tem dito que n&atilde;o h&aacute; nenhum objeto em rota de colis&atilde;o com o nosso planeta, portanto n&atilde;o h&aacute; nada que possa nos atingir de repente&rdquo;.<br />Para ele, muitas pessoas se utilizam de fatos antigos, que hoje n&atilde;o tem significado, para aterrorizar umas &agrave;s outras. &ldquo;Por&eacute;m algumas s&atilde;o muito sens&iacute;veis a falas ou textos, ainda mais com o uso da m&iacute;dia. O fato &eacute; que h&aacute; muita paranoia quando o assunto &eacute; o fim do mundo&rdquo;, completa.<br />O professor conta que n&atilde;o h&aacute; registros de que as a&ccedil;&otilde;es humanas possam causar a destrui&ccedil;&atilde;o da Terra. &ldquo;O homem est&aacute; h&aacute; pouco tempo no planeta e n&atilde;o tem a pretens&atilde;o e nem &eacute; capaz de provocar tanta destrui&ccedil;&atilde;o a ponto de liquid&aacute;-lo. Al&eacute;m disso, na hist&oacute;ria da Terra h&aacute; uma s&eacute;rie de &lsquo;per&iacute;odos&rsquo; em que ela j&aacute; foi muito fria e, em outros, foi quente demais. A temperatura foi se alternando&rdquo;, conta.<br />Cunha diz que a &uacute;nica forma de aniquilar o planeta repentinamente seria uma Guerra Nuclear. &ldquo;Nossa esp&eacute;cie ainda ir&aacute; atrapalhar e destruir muitos ecossistemas, al&eacute;m das nossas pr&oacute;prias fontes de sobreviv&ecirc;ncia&rdquo;, finaliza.</p>