Projeto com Cedro Mulher, que envolve consórcio 100 Cittá, é direcionado a vítimas de violência doméstica
Fotógrafo: João Pires/LBF
19/05/2011 - 03h15
Na tarde de terça-feira (17) foi assinado um convênio entre o município e o Centro de Defesa dos Direitos da Mulher de Araraquara - Cedro Mulher, pelo desenvolvimento de um projeto que visa atender mulheres vítimas de violência doméstica no município.
Denominado ‘Formação em Questões de Gênero para Mulheres em Situação de Risco Social e Econômico e Profissionais da Rede Pública’, o projeto integra o convênio firmado por Araraquara com cidades da Itália que compõem o consórcio 100 Cittá. O convênio prevê, ainda neste ano, o repasse de recursos financeiros ao Cedro Mulher, via Prefeitura, para a execução do projeto.
Segundo o prefeito Marcelo, o convênio tem um “grande significado” em relação à defesa das mulheres em situação de risco. “Trata-se de um projeto ousado, que visa capacitar 200 pessoas na cidade para a execução”, afirmou.
Ainda de acordo com Marcelo, a seriedade da ONG Cedro Mulher definiu a firmação do convênio. “O Cedro é uma entidade séria, que há muitos anos desenvolve trabalhos em parceria com a Prefeitura”, destacou Marcelo.
Inserção
Para a presidente do Cedro Mulher, e do Conselho Municipal de Defesa da Mulher, Edna Martins, o convênio sela uma nova parceria com o atual governo que vai “mudar a vida de muitas mulheres de Araraquara”, além de permitir a inserção delas no mercado de trabalho.
O objetivo do projeto é criar condições para mulheres em situação de violência doméstica, ou que vivem em outras situações de risco social e econômico, e desenvolver atividades de geração de emprego e renda. Ainda prevê a formação de profissionais que compõem a rede de atendimento e a implementação de um protocolo de atendimento.
Caberá ao Cedro Mulher formular e organizar o conteúdo das aulas, contratar professores e produzir o conteúdo das apostilas e cartilhas utilizadas ao longo do curso. Também caberá à ONG a organização de um vídeo-documentário que abordará a temática tratada no convênio e a situação vivenciada pelas mulheres.
Objetivos
Os cursos de formação visarão fornecer informações sobre os direitos das mulheres e o papel dos serviços públicos, divulgar e promover a qualificação sobre a Lei Maria da Penha e promover ações participativas de prevenção e redução dos índices de violência doméstica.
Estes cursos abrangem a capacitação de 200 pessoas, divididas em duas turmas, uma delas composta por 100 mulheres que se encontram em situação de risco social e econômico, e a outra composta por 100 profissionais que trabalham diretamente no atendimento.
