PM pode socorrer vítimas em cidades onde não há Samu

Fonte: Conjur.com.br 11/01/2013 - 03h12

<p style="text-align: justify;">Policiais do estado de S&atilde;o Paulo poder&atilde;o socorrer v&iacute;timas de crime nas cidades onde n&atilde;o existe o Servi&ccedil;o de Atendimento M&oacute;vel de Urg&ecirc;ncia (Samu), afirmou o secret&aacute;rio da Seguran&ccedil;a P&uacute;blica, Fernando Grella, ao participar da primeira reuni&atilde;o de integra&ccedil;&atilde;o entre as Pol&iacute;cias Militar, Civil e T&eacute;cnica, em Presidente Prudente (SP). As informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o do jornal O Estado de S.Paulo.<br />"Nas cidades pequenas, onde n&atilde;o h&aacute; o Samu, o policial pode socorrer qualquer pessoa ferida, desde o marginal baleado at&eacute; quem sofreu um acidente", explicou. J&aacute; nas cidades que contam com Samu, o secret&aacute;rio reiterou que o policial n&atilde;o tem mais a obriga&ccedil;&atilde;o de socorrer feridos. "Mas ele deve acionar o socorro, chamando o resgate", afirmou.<br />Nesta ter&ccedil;a-feira (8/1) foi publicada no Di&aacute;rio Oficial da Uni&atilde;o uma resolu&ccedil;&atilde;o determinando que os policiais do estado est&atilde;o proibidos de socorrer v&iacute;timas de crimes, inclusive para casos decorrentes de interven&ccedil;&atilde;o policial. Segundo a determina&ccedil;&atilde;o, o objetivo da proibi&ccedil;&atilde;o &eacute; preservar os locais para per&iacute;cia. A partir de agora, as v&iacute;timas n&atilde;o poder&atilde;o ser levadas em viatura da Pol&iacute;cia, mas apenas pelo Samu.<br />Grella falou sobre a viol&ecirc;ncia no estado e negou que a Pol&iacute;cia esteja perdendo a guerra contra os criminosos. "N&atilde;o estamos perdendo a guerra, os &iacute;ndices criminais s&atilde;o favor&aacute;veis e compar&aacute;veis com &iacute;ndices internacionais", avisou. O secret&aacute;rio pediu ainda que a Pol&iacute;cia se aproxime mais da popula&ccedil;&atilde;o para melhorar a sensa&ccedil;&atilde;o de seguran&ccedil;a.<br />Escutas telef&ocirc;nicas, feitas em centrais instaladas em quart&eacute;is da PM, foi outro assunto comentado pelo secret&aacute;rio. "Quem autoriza a escuta &eacute; o juiz, o Minist&eacute;rio P&uacute;blico [para combater o crime organizado] solicita &agrave; Justi&ccedil;a e tudo &eacute; deferido pelo juiz, tudo de acordo com a lei. As escutas ocorrem legalmente com ordem judicial", avisou, lembrando que as escutas s&atilde;o feitas em todo o estado. Cerca de 88 mil liga&ccedil;&otilde;es foram grampeadas no ano passado.<br />Al&eacute;m do secret&aacute;rio, participaram da reuni&atilde;o o comandante geral da PM, coronel Benedito Roberto Meira, o delegado geral da Pol&iacute;cia Civil, Luiz Maur&iacute;cio Souza Blazeck, e centenas de policiais da regi&atilde;o de Presidente Prudente. Ao todo, 12 reuni&otilde;es ser&atilde;o realizadas no interior e na capital.</p>