<p style="text-align: justify;">A aluna do terceiro ano do curso de Pedagogia do Centro Universitário de Araraquara – Uniara, Talita Bento Dias, está desenvolvendo o estudo “Dificuldades no Processo de Alfabetização: Identificando Fatores e Buscando Alternativas Metodológicas”. O trabalho, que conta com a participação das colegas da graduação Jaqueline Cristina Lolo Gentil e Eloisa Elena de Oliveira Polleti, e do egresso Alexandre Céspedes Nalim, além da orientação da professora Dirce Charara Monteiro, foi um dos premiados no VII Congresso de Iniciação Científica da instituição, realizado no final do ano passado.<br />A estudante conta que o projeto surgiu devido à constatação da existência de alunos da rede pública que estão no final do primeiro ciclo do ensino fundamental (5º ano), mas ainda não estão alfabetizados. “Trata-se de um estudo de natureza qualitativa realizado em parceria com uma instituição local. Nosso objetivo é identificar alguns fatores, tanto no âmbito pessoal e familiar, quanto no escolar, que podem estar contribuindo para a exclusão desses alunos; buscar alternativas metodológicas que possam amenizar os problemas encontrados, e formar futuros professores mais aptos a enfrentar o contexto escolar atual”, detalha.<br />Entre os fatos constatados até o momento, ela aponta a necessidade de atendimento individualizado; grande dificuldade de concentração das crianças, que se dispersam com facilidade; baixa autoestima, necessitando de elogios constantes; preferência por atividades lúdicas e variadas (jogos, caça-palavras, cruzadinhas, etc); interesse por leitura de notícias, principalmente sobre esportes, carros, etc, e necessidade de um tempo maior para a realização de suas tarefas.<br />Talita afirma que a pesquisa prevê uma busca de fundamentos teóricos sobre dificuldades de alfabetização e conta com intervenções, que acontecem duas vezes por semana. “Cada sessão é seguida por uma discussão com a coordenadora e com os demais alunos de iniciação científica, em que são avaliadas as atividades desenvolvidas, assim como as futuras”, explica.<br />Segundo a estudante, o próximo passo “é continuar a pesquisa com professores, em âmbito escolar, com a família dessas crianças, e com as atividades de intervenção”.</p>