Universitária da USP elogia apoio do CRAS do Vale do Sol

Loren Bonilha Moreira, que foi atendida por programas sociais do município, vai ministrar palestras para incentivar outros jovens

Fotógrafo: Sergio Pierri
17/01/2013 - 03h31

<p style="text-align: justify;">Em f&eacute;rias na cidade, a universit&aacute;ria Loren Bonilha Moreira, de 21 anos, que cursa o 2&ordm; ano de gradua&ccedil;&atilde;o em Matem&aacute;tica da Universidade de S&atilde;o Paulo (USP), na capital paulista, recebeu em sua casa nessa ter&ccedil;a-feira (14), no bairro &Aacute;guas do Paiol, o secret&aacute;rio de Assist&ecirc;ncia e Desenvolvimento Social, Jos&eacute; Carlos Porsani, e a gestora Priscila Martins, do Centro de Refer&ecirc;ncia de Assist&ecirc;ncia Social (CRAS) do Vale do Sol.&nbsp;<br />Durante a visita, o secret&aacute;rio Porsani afirmou aos pais de Loren, Marislei e Gilberto Moreira, que a supera&ccedil;&atilde;o das dificuldades enfrentadas pela jovem universit&aacute;ria serve de exemplo e inspira&ccedil;&atilde;o para todos os participantes dos programas Pro Jovem e A&ccedil;&atilde;o Jovem, mantidos em todos os CRAS.<br />&ldquo;&Eacute; uma brilhante estudante e muito esfor&ccedil;ada. Gra&ccedil;as &agrave; fam&iacute;lia bem estruturada, a boa semente plantada e cuidada pelos pais est&aacute; gerando frutos&rdquo;, disse Porsani.<br />A gestora Priscila convidou Loren para ministrar palestras nos CRAS e escolas municipais e compartilhar o sonho de estudar numa das melhores universidades do Pa&iacute;s.&nbsp;<br />O pai Gilberto Moreira agradeceu a visita e ressaltou a compet&ecirc;ncia da equipe do CRAS do Vale do Sol. &ldquo;Somos privilegiados em morar num bairro tranquilo e termos um CRAS que mudou nossas vidas&rdquo;, afirmou emocionado. &ldquo;O CRAS &eacute; uma b&ecirc;n&ccedil;&atilde;o&rdquo;, completou a m&atilde;e Marislei, que tamb&eacute;m &eacute; benefici&aacute;ria do Programa Renda Cidad&atilde;.&nbsp;<br />No governo do prefeito Marcelo Barbieri, Araraquara ampliou o n&uacute;mero de CRAS, implantando os servi&ccedil;os nos bairros Maria Luiza, Cruzeiro do Sul e Cecap/Iguatemi, e tamb&eacute;m construiu a sede pr&oacute;pria dos CRAS no Parque S&atilde;o Paulo e Hort&ecirc;nsias. Hoje a cidade conta com oito CRAS e mais um est&aacute; em constru&ccedil;&atilde;o no Indai&aacute;/S&atilde;o Rafael.<br /><br /><br />Aulas no CUCA e dicas no telecentro<br /><br />Filha de uma dona de casa e de um atendente de caixa, a araraquarense Loren nasceu em maio de 1991 e tem tr&ecirc;s irm&atilde;os: Jared, Giuler e &Eacute;velin. Sempre estudou na rede p&uacute;blica. O ensino fundamental foi no Caic Ricardo Caramuru, no Vale do Sol. Na Escola Estadual Bento de Abreu e no Gin&aacute;sio Industrial fez o ensino m&eacute;dio.&nbsp;<br />A equipe do CRAS orientou os caminhos. A porta de entrada para a USP foi o Curso Unificado do Campus de Araraquara (CUCA), mantido pela Prefeitura em parceria com a Unesp.&nbsp;<br />A determina&ccedil;&atilde;o em cursar uma universidade ficou evidente aos 17 anos, quando Loren estava para completar o ensino m&eacute;dio e integrava o programa A&ccedil;&atilde;o Jovem no Acapulco.&nbsp;<br />&ldquo;Prestei o vestibulinho para o CUCA e passei. Nas aulas fui percebendo que tinha afinidades com as ci&ecirc;ncias exatas, por ter cursado tamb&eacute;m o t&eacute;cnico de Mecatr&ocirc;nica na Escola T&eacute;cnica Paula Souza (Industrial)&rdquo;, relata.&nbsp;Aos 20 anos, prestes a ingressar no ensino superior, Loren n&atilde;o tinha computador em casa e a sa&iacute;da foi usar os computadores do telecentro do Centro Afro e da Biblioteca Municipal (Acessa S&atilde;o Paulo). &ldquo;&Agrave;s vezes os funcion&aacute;rios ficavam al&eacute;m do hor&aacute;rio esperando eu terminar as pesquisas&rdquo;, relembra com gratid&atilde;o. Araraquara conta hoje com 16 telecentros implantados no governo do prefeito Marcelo Barbieri.<br />Alojada no Conjunto Residencial da USP (Crusp), Loren n&atilde;o tem condi&ccedil;&otilde;es financeiras de visitar os pais todos os fins de semana, mas com muito esfor&ccedil;o aparece nos feriados. &ldquo;Chego a ficar seis meses s&oacute; estudando em S&atilde;o Paulo. Agora, vou cursar o 2&ordm; ano de Matem&aacute;tica e pretendo uma transfer&ecirc;ncia para o curso de Engenharia Qu&iacute;mica. O principal eu consegui, que &eacute; estar dentro da universidade, e estou buscando novos caminhos voltados para a tecnologia que &eacute; a minha voca&ccedil;&atilde;o&rdquo;, projeta confiante.</p>