<p style="text-align: justify;">Uma reunião realizada no 6º andar do Paço Municipal, na manhã dessa quarta-feira (16), definiu que Araraquara vai colocar em prática um plano de ações para evitar a transmissão da Leishmaniose na cidade. Mesmo sem o registro no município de casos de Leishmaniose Visceral em humanos, a Prefeitura decidiu realizar um trabalho de vigilância, já que a doença é epidêmica em várias regiões do Brasil. <br />O plano de ações foi elaborado a partir do trabalho entre diversos setores da Prefeitura e do Governo do Estado e de reuniões que vêm sendo realizadas desde o final do ano passado. <br />A reunião foi convocada a pedido do prefeito Marcelo Barbieri e foi liderada pelo secretário de Governo Antonio Martins. Estiveram presentes o secretário de Meio Ambiente, José dos Reis Santos Filhos, o coordenador das Vigilâncias em Saúde, Feiz Mattar, o pesquisador científico da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), Eduardo Bergo e o diretor do Sesa (Serviço Estadual de Saúde de Araraquara), Walter Figueiredo, entre outros funcionários da Prefeitura. <br />A Leishmaniose Viceral é uma doença infecciosa transmitida pela picada da fêmea do mosquito-palha, também conhecido como asa-dura, birigui ou cangalhinha. A transmissão ocorre quando o mosquito pica animais infectados e, posteriormente, humanos. <br />As ações adotadas pela Prefeitura seguem o protocolo do Ministério da Saúde e serão desenvolvidas por meio de um trabalho integrado entre as diversas secretarias municipais e os órgãos do governo do Estado. <br />Segundo o secretário de Governo, quatro ações preventivas já começam a ser realizadas, como a colocação de armadilhas para verificar se existe a presença do mosquito na cidade. Esse trabalho será feito pela Sucen, com o apoio da Prefeitura que vai oferecer a mão de obra por meio da Vigilância Epidemiológica. <br />A Secretaria do Meio Ambiente já iniciou a busca por animais com suspeita da doença para a realização do exame de sangue, além de um trabalho de orientação em parceria com as clínicas veterinárias e Ongs de defesa dos animais. <br />A Prefeitura também deu início ao contato com todas as clínicas veterinárias particulares da cidade, a fim de conscientizar sobre a obrigatoriedade de notificar a ocorrência da doença. Em parceria com a o Conselho de Veterinária, a Prefeitura vai promover um seminário para atualização dos profissionais. <br />Por fim, com o trabalho em conjunto das Secretarias de Meio Ambiente, Saúde, Assistência Social, Comunicação e Educação, será feita a conscientização da população para que esteja alerta à identificação da Leishmaniose e se atente aos cuidados que devem ser tomados para que a cidade continue livre da doença. As equipes das vigilâncias e dos postos de saúde farão o trabalho de visita casa a casa. <br /><br /><br />Histórico<br /><br />No final do ano passado, a Secretaria do Meio Ambiente identificou um cachorro, na região do Jardim Morumbi, que morreu em decorrência da doença adquirida em outra cidade. Foi solicitado o teste clínico que comprovou Leishmaniose. Mesmo sendo um caso importado, a Vigilância e o Centro de Zoonoses realizaram um trabalho de observação dos animais na região e nada foi identificado. <br />No início de janeiro, houve o registro de dois casos em cachorros com suspeita da doença, sendo que apenas um, no Del Rey, foi confirmado pelo resultado do exame clínico obtido esta semana. Em Araraquara, não há registro da transmissão da doença em humanos.<br />Ao desconfiar que o seu animal possui os sintomas da doença, encaminhe-o imediatamente à Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Telefone: 0800 774 04 40<br /><br /><br />Principais sintomas da Leishmaniose Visceral<br /> Em humanos<br /><br />- febre irregular de longa duração (mais de 7 dias);<br />- falta de apetite, emagrecimento e fraqueza; <br />- barriga inchada (pelo aumento do fígado e do baço, com o passar do tempo).<br /><br />Em cães<br /><br />Os cães podem ficar infectados por vários anos sem apresentarem sinais clínicos. Estes cães são fontes de infecção para o inseto transmissor, e, portanto, um risco à saúde de todos.<br />A única forma de detectar a infecção nestes animais é através dos exames de laboratório específicos. Quando os cães adoecem, apresentam principalmente os seguintes sinais clínicos:<br /><br />- apatia;<br />- lesões de pele;<br />- queda de pelos, inicialmente ao redor dos olhos e nas orelhas;<br />- emagrecimento;<br />- lacrimejamento (conjuntivite);<br />- crescimento anormal das unhas.<br /><br /><br />Cuidados<br /><br />Para evitar a criação e proliferação do inseto vetor da doença, que se reproduz no meio de matéria orgânica e em criadouros de animais, é preciso:<br /><br />- evitar a criação de porcos e galinhas em área urbana;<br /><br />- manter a casa e o quintal livres de matéria orgânica, recolhendo folhas de árvores, fezes de animais, restos de madeira e frutas. Todo esse lixo deve ser embalado e fechado em sacos plásticos.<br /><br />*Com informações do Ministério da Saúde</p>