Araraquara lança plano de ação para prevenir Leishmaniose

17/01/2013 - 03h38

<p style="text-align: justify;">Uma reuni&atilde;o realizada no 6&ordm; andar do Pa&ccedil;o Municipal, na manh&atilde; dessa quarta-feira (16), definiu que Araraquara vai colocar em pr&aacute;tica um plano de a&ccedil;&otilde;es para evitar a transmiss&atilde;o da Leishmaniose na cidade. Mesmo sem o registro no munic&iacute;pio de casos de Leishmaniose Visceral em humanos, a Prefeitura decidiu realizar um trabalho de vigil&acirc;ncia, j&aacute; que a doen&ccedil;a &eacute; epid&ecirc;mica em v&aacute;rias regi&otilde;es do Brasil.&nbsp;<br />O plano de a&ccedil;&otilde;es foi elaborado a partir do trabalho entre diversos setores da Prefeitura e do Governo do Estado e de reuni&otilde;es que v&ecirc;m sendo realizadas desde o final do ano passado. &nbsp;&nbsp;<br />A reuni&atilde;o foi convocada a pedido do prefeito Marcelo Barbieri e foi liderada pelo secret&aacute;rio de Governo Antonio Martins. Estiveram presentes o secret&aacute;rio de Meio Ambiente, Jos&eacute; dos Reis Santos Filhos, o coordenador das Vigil&acirc;ncias em Sa&uacute;de, Feiz Mattar, o pesquisador cient&iacute;fico da Sucen (Superintend&ecirc;ncia de Controle de Endemias), Eduardo Bergo e o diretor do Sesa (Servi&ccedil;o Estadual de Sa&uacute;de de Araraquara), Walter Figueiredo, entre outros funcion&aacute;rios da Prefeitura.&nbsp;<br />A Leishmaniose Viceral &eacute; uma doen&ccedil;a infecciosa transmitida pela picada da f&ecirc;mea do mosquito-palha, tamb&eacute;m conhecido como asa-dura, birigui ou cangalhinha. A transmiss&atilde;o ocorre quando o mosquito pica animais infectados e, posteriormente, humanos.&nbsp;<br />As a&ccedil;&otilde;es adotadas pela Prefeitura seguem o protocolo do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de e ser&atilde;o desenvolvidas por meio de um trabalho integrado entre as diversas secretarias municipais e os &oacute;rg&atilde;os do governo do Estado.&nbsp;<br />Segundo o secret&aacute;rio de Governo, quatro a&ccedil;&otilde;es preventivas j&aacute; come&ccedil;am a ser realizadas, como a coloca&ccedil;&atilde;o de armadilhas para verificar se existe a presen&ccedil;a do mosquito na cidade. Esse trabalho ser&aacute; feito pela Sucen, com o apoio da Prefeitura que vai oferecer a m&atilde;o de obra por meio da Vigil&acirc;ncia Epidemiol&oacute;gica.&nbsp;<br />A Secretaria do Meio Ambiente j&aacute; iniciou a busca por animais com suspeita da doen&ccedil;a para a realiza&ccedil;&atilde;o do exame de sangue, al&eacute;m de um trabalho de orienta&ccedil;&atilde;o em parceria com as cl&iacute;nicas veterin&aacute;rias e Ongs de defesa dos animais.&nbsp;<br />A Prefeitura tamb&eacute;m deu in&iacute;cio ao contato com todas as cl&iacute;nicas veterin&aacute;rias particulares da cidade, a fim de conscientizar sobre a obrigatoriedade de notificar a ocorr&ecirc;ncia da doen&ccedil;a. Em parceria com a o Conselho de Veterin&aacute;ria, a Prefeitura vai promover um semin&aacute;rio para atualiza&ccedil;&atilde;o dos profissionais.&nbsp;<br />Por fim, com o trabalho em conjunto das Secretarias de Meio Ambiente, Sa&uacute;de, Assist&ecirc;ncia Social, Comunica&ccedil;&atilde;o e Educa&ccedil;&atilde;o, ser&aacute; feita a conscientiza&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o para que esteja alerta &agrave; identifica&ccedil;&atilde;o da Leishmaniose e se atente aos cuidados que devem ser tomados para que a cidade continue livre da doen&ccedil;a. As equipes das vigil&acirc;ncias e dos postos de sa&uacute;de far&atilde;o o trabalho de visita casa a casa.&nbsp;<br /><br /><br />Hist&oacute;rico<br /><br />No final do ano passado, a Secretaria do Meio Ambiente identificou um cachorro, na regi&atilde;o do Jardim Morumbi, que morreu em decorr&ecirc;ncia da doen&ccedil;a adquirida em outra cidade. Foi solicitado o teste cl&iacute;nico que comprovou Leishmaniose. Mesmo sendo um caso importado, a Vigil&acirc;ncia e o Centro de Zoonoses realizaram um trabalho de observa&ccedil;&atilde;o dos animais na regi&atilde;o e nada foi identificado.&nbsp;<br />No in&iacute;cio de janeiro, houve o registro de dois casos em cachorros com suspeita da doen&ccedil;a, sendo que apenas um, no Del Rey, foi confirmado pelo resultado do exame cl&iacute;nico obtido esta semana. Em Araraquara, n&atilde;o h&aacute; registro da transmiss&atilde;o da doen&ccedil;a em humanos.<br />Ao desconfiar que o seu animal possui os sintomas da doen&ccedil;a, encaminhe-o imediatamente &agrave; Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Telefone: 0800 774 04 40<br /><br /><br />Principais sintomas da Leishmaniose Visceral<br />&nbsp;Em humanos<br /><br />- febre irregular de longa dura&ccedil;&atilde;o (mais de 7 dias);<br />- falta de apetite, emagrecimento e fraqueza;&nbsp;<br />- barriga inchada (pelo aumento do f&iacute;gado e do ba&ccedil;o, com o passar do tempo).<br /><br />Em c&atilde;es<br /><br />Os c&atilde;es podem ficar infectados por v&aacute;rios anos sem apresentarem sinais cl&iacute;nicos. Estes c&atilde;es s&atilde;o fontes de infec&ccedil;&atilde;o para o inseto transmissor, e, portanto, um risco &agrave; sa&uacute;de de todos.<br />A &uacute;nica forma de detectar a infec&ccedil;&atilde;o nestes animais &eacute; atrav&eacute;s dos exames de laborat&oacute;rio espec&iacute;ficos. Quando os c&atilde;es adoecem, apresentam principalmente os seguintes sinais cl&iacute;nicos:<br /><br />- apatia;<br />- les&otilde;es de pele;<br />- queda de pelos, inicialmente ao redor dos olhos e nas orelhas;<br />- emagrecimento;<br />- lacrimejamento (conjuntivite);<br />- crescimento anormal das unhas.<br /><br /><br />Cuidados<br /><br />Para evitar a cria&ccedil;&atilde;o e prolifera&ccedil;&atilde;o do inseto vetor da doen&ccedil;a, que se reproduz no meio de mat&eacute;ria org&acirc;nica e em criadouros de animais, &eacute; preciso:<br /><br />- evitar a cria&ccedil;&atilde;o de porcos e galinhas em &aacute;rea urbana;<br /><br />- manter a casa e o quintal livres de mat&eacute;ria org&acirc;nica, recolhendo folhas de &aacute;rvores, fezes de animais, restos de madeira e frutas. Todo esse lixo deve ser embalado e fechado em sacos pl&aacute;sticos.<br /><br />*Com informa&ccedil;&otilde;es do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de</p>