Brasil e Japão assinam acordo para prevenção de desastres naturais

Troca de experiências com o país oriental ampliará área de conhecimento da defesa civil brasileira

30/01/2013 - 02h59

<p style="text-align: justify;">Agir preventivamente para minimizar desastres naturais. Esse &eacute; o objetivo do acordo de coopera&ccedil;&atilde;o firmado entre o Minist&eacute;rio da Integra&ccedil;&atilde;o Nacional e a Ag&ecirc;ncia de Coopera&ccedil;&atilde;o Internacional do Jap&atilde;o (Jica), nesta ter&ccedil;a-feira (29), em Bras&iacute;lia. A a&ccedil;&atilde;o, in&eacute;dita, permitir&aacute; que o Brasil aprimore sua atua&ccedil;&atilde;o na Defesa Civil nacional e aprenda novas t&eacute;cnicas utilizadas pelos japoneses na preven&ccedil;&atilde;o de desastres naturais. Os minist&eacute;rios da Ci&ecirc;ncia, Tecnologia e Inova&ccedil;&atilde;o (MCT); das Cidades (MI); e das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores (MRE) tamb&eacute;m integram o acordo.<br /><br />Os munic&iacute;pios de Nova Friburgo e Teres&oacute;polis, no Rio de Janeiro, e Blumenau, em Santa Catarina, ser&atilde;o beneficiados com o projeto-piloto, previsto no acordo. As cidades escolhidas foram selecionadas com base em crit&eacute;rios t&eacute;cnicos, como impacto socioecon&ocirc;mico do desastre e a capacidade de execu&ccedil;&atilde;o. O projeto tamb&eacute;m trabalhar&aacute; em pontos espec&iacute;ficos, levando em considera&ccedil;&atilde;o riscos de enxurradas e deslizamentos. O termo de compromisso ter&aacute; dura&ccedil;&atilde;o total de quatro anos.<br /><br />De acordo com o secret&aacute;rio nacional de Defesa Civil, Humberto Viana, a coopera&ccedil;&atilde;o entre os dois pa&iacute;ses fortalecer&aacute; ainda mais a Defesa Civil do Brasil, que, atualmente, passa por uma reestrutura&ccedil;&atilde;o. &ldquo;&Eacute; uma satisfa&ccedil;&atilde;o fazermos parte desse acordo. Nossa expectativa &eacute; a de aprendermos mais com a experi&ecirc;ncia dos nossos colegas japoneses. Isso vai nos ajudar a modernizar o sistema com novos ensinamentos&rdquo;, declara.<br /><br />Um investimento recente do Minist&eacute;rio da Integra&ccedil;&atilde;o Nacional refere-se &agrave; moderniza&ccedil;&atilde;o do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), coordenado pela Secretaria Nacional de Defesa Civil. No ano passado, o espa&ccedil;o f&iacute;sico passou de 70 metros quadrados para 600 metros quadrados, onde atua uma equipe multidisciplinar que trabalha 24 horas por dia, todos os dias, no gerenciamento de informa&ccedil;&otilde;es sobre riscos de desastres naturais.<br /><br />O l&iacute;der da miss&atilde;o japonesa, Norihito Yonebayashi, destacou a import&acirc;ncia de se agir preventivamente. Segundo ele, uma vez que acontece o desastre, a omiss&atilde;o das a&ccedil;&otilde;es de preven&ccedil;&atilde;o &eacute; revelada no momento em que se t&ecirc;m a dimens&atilde;o dos danos &agrave;s v&iacute;timas. &ldquo;A preven&ccedil;&atilde;o n&atilde;o &eacute; apenas a prote&ccedil;&atilde;o da vida humana, mas de toda a sociedade, de toda a economia&rdquo;, alega.<br /><br />O secret&aacute;rio de Pol&iacute;ticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCT, Carlos Nobre, lembrou ainda que o Jap&atilde;o &eacute; um dos pa&iacute;ses com o melhor sistema de alerta de preven&ccedil;&atilde;o de desastres em todo mundo. &ldquo;Esse projeto vai permitir o estreitamento das rela&ccedil;&otilde;es cient&iacute;ficas e tecnol&oacute;gicas com o Brasil&rdquo;, afirma.</p>