Problemas em rio que corta Araraquara podem ficar muito pior em futuro próximo

31/01/2013 - 02h33

<p style="text-align: justify;">Alvo de problemas com enxames de pernilongos, mosquitos e outros insetos, al&eacute;m de recentes epis&oacute;dios de rachaduras nas cal&ccedil;adas causadas por desmoronamentos das margens de terra, o trecho do Rio do Ouro defronte o antigo Pronto Socorro, no Melhado, e o Terminal Rodovi&aacute;rio, foi tema da conversa que o vereador Donizete Simioni (PT) manteve com o Secret&aacute;rio Municipal de Obras e Servi&ccedil;os da Prefeitura, Valter Rozato. &ldquo;Este trecho do rio ficou extremamente perigoso. A conversa foi para conhecer o projeto da Prefeitura e debater algumas ideias que apresentei no sentido contribuir com a Administra&ccedil;&atilde;o Municipal para a melhoria das condi&ccedil;&otilde;es do trecho&rdquo;, destacou o parlamentar.<br /><br />O local foi bastante afetado pelas chuvas em fevereiro de 2012 e voltou a sofrer com o impacto das &aacute;guas j&aacute; no in&iacute;cio da nova temporada no final do m&ecirc;s de novembro do ano passado. Em um dos epis&oacute;dios de enchente no come&ccedil;o do ano passado, o corpo de uma mulher foi arrastado pelas &aacute;guas quando ela saia de um ve&iacute;culo de transporte coletivo, uma Van, e nunca mais foi encontrado. &ldquo;Conversamos sobre o aprofundamento da calha, aumento na borda do rio e a sua canaliza&ccedil;&atilde;o a c&eacute;u aberto. Al&eacute;m disso, o local &eacute; um dos primeiros contatos visuais com quem entra na cidade pelo principal trevo, onde h&aacute; a conflu&ecirc;ncia de diversos destinos, e ainda oferece um risco de precipita&ccedil;&atilde;o do ve&iacute;culo dentro do rio por conta de uma curva onde n&atilde;o h&aacute; prote&ccedil;&atilde;o para conten&ccedil;&atilde;o, no sentido rodovia cidade&rdquo;, analisou Simioni.<br />&nbsp;<br /><br /><br />Problema come&ccedil;a rio acima e ficar&aacute; maior<br /><br /><br />O Secret&aacute;rio ouviu as sugest&otilde;es e afirmou estar em fase final um projeto amplo para resolver o problema, que pode ficar maior ainda nos pr&oacute;ximos anos com o aumento da &aacute;rea impermeabilizada em toda a bacia do Rio do Ouro, com a expans&atilde;o imobili&aacute;ria ou industrial nas regi&otilde;es sul e sudeste do munic&iacute;pio. Simioni ouviu ainda que um estudo sobre a vaz&atilde;o da bacia pode apontar a necessidade da implanta&ccedil;&atilde;o de represas de conten&ccedil;&atilde;o no curso do rio ou em seus afluentes. Ainda neste ano deve ocorrer a duplica&ccedil;&atilde;o da Via de Acesso Abdo Najm e a pavimenta&ccedil;&atilde;o das &uacute;ltimas ruas do bairro Parque Gramado. H&aacute; uma creche em constru&ccedil;&atilde;o no Parque Gramado e l&aacute; tamb&eacute;m haver&aacute; um distrito industrial, casas est&atilde;o em constru&ccedil;&atilde;o no Yolanda &Oacute;pice, nos &uacute;ltimos anos foram constru&iacute;das mais de mil casas no Jardim Alto de Pinheiros, e tudo isso causando impactos na bacia do Rio do Ouro.<br /><br />&ldquo;Al&eacute;m de ser a maior bacia hidrogr&aacute;fica dentro do munic&iacute;pio, o Rio do Ouro tem um gargalho neste trecho entre as Ruas Capit&atilde;o Jos&eacute; Sabino Sampaio e Miguel Cortez. O leito ali &eacute; natural, inclusive com &aacute;rvores que brotam praticamente dentro d&rsquo;&aacute;gua. Se nada for feito agora o futuro ser&aacute; de grandes transtornos&rdquo;, ponderou Simioni. O projeto da Prefeitura dever&aacute; prever tudo o que for poss&iacute;vel ser feito no trecho, que, al&eacute;m disso, tem a limita&ccedil;&atilde;o da proximidade das vias das marginais da Rua Heitor Bin.<br /><br />Donizete Simioni afirmou que reuni&atilde;o foi muito positiva. &ldquo;Saio satisfeito de poder contribuir com propostas para a solu&ccedil;&atilde;o do problema e com o que est&aacute; sendo pensado pela administra&ccedil;&atilde;o. As ideias s&atilde;o semelhantes e se completam. Espero que haja tempo h&aacute;bil de obter os recursos e realizar as obras antes do final do ano, que &eacute; quando come&ccedil;ar&aacute; uma nova temporada de chuvas. Daqui pr&aacute; frente &eacute; preciso pensar em crescimento sustent&aacute;vel. Toda expans&atilde;o precisa ter a previs&atilde;o do impacto ambiental nesta bacia. Isso &eacute; s&eacute;rio&rdquo;, concluiu Simioni.</p>