<p style="text-align: justify;">O ex-prefeito de Bocaina, João Francisco Bertoncello Danieletto, o Kiko Danieletto (PV), lançou dúvidas sobre a origem de medicamentos que a Prefeitura diz ter encontrado em uma sala da Santa Casa, que seriam destinados ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que ainda não foi implantado no município.<br />O diretor de Relações Institucionais e Comunicação da prefeitura havia divulgado há cinco dias atrás que os medicamentos pertenciam aos postos de saúde do município; depois teve de se retratar informando que eles teriam sido achados em uma sala da Santa Casa da cidade<span> </span>"Nós adquirimos uma dosagem pequena, que era para que a regionalização do SAMU, em Jaú, pudesse verificar e avaliar o início ou não do Samu em Bocaina", afirma Kiko Danieletto.<br />No entanto, ele declara que não ter como afirmar com certeza se os medicamentos vencidos encontrados na Santa Casa foram os mesmos comprados durante a sua gestão.<br />“Existe a possibilidade de esses produtos não serem os produtos que estavam no SAMU. Eu não posso dizer agora.O local não era cuidado pela prefeitura. Por isso fica a dúvida de que esses produtos tenham sido adquiridos pela prefeitura”, afirma ele.<br />De acordo com o ex-prefeito, as servidores da Saúde do município mostraram "uma caixinha de papelão de um palmo de comprimento com meia dúzia de medicamentos" com prazo de validade vencidos.<br /><br /><br />Dúvida<br /><br />A Prefeitura de Bocaina divulgou ter encontrado duas caixas de medicamentos com prazo de validade vencido em uma sala da Santa Casa, segundo o diretor de Relações Institucionais e Comunicação, Plinio Teixeira Junior, que seriam destinados ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que ainda não foi implantado no município.<br />Contudo, cinco dias atrás, Plinio Junior divulgou à mídia que Diretoria Municipal de Saúde havia achado esses mesmos medicamentos nas duas unidades de saúde do município, sendo agora obrigado a se retratar. <br />"Essa estória é apenas uma cortina de fumaça para justificar a devolução do SAMU", avalia o ex-prefeito<br />Kiko Danieletto acredita que "essa estória" de medicamentos com prazo de validade vencido é uma "cortinha de fumaça para justificar e desviar a atenção para a devolução do SAMU de Bocaina, já anunciada pelo médico e prefeito José Carlos Soave (PSB).<br />"Compramos todos os uniformes das equipes, os equipamentos da ambulância, fizemos concurso público para 12 servidores municipais que trabalhariam no SAMU, e que foram treinados na unidade de Jaú, reformamos a área da Santa Casa para abrigar a base do serviço. E o prefeito médico vai devolver o SAMU", lamenta Kiko Danieletto.<br />Segundo ele, a implantação do SAMU em Bocaina custaria por mês cerca de R$ 23 mil - 12,5 mil repassados pelo Governo Federal e R$ 10,5 mil pela Prefeitura.<br />"O interessante é que o rendimento de uma semana de um médico plantonista da Santa Casa de Bocaina é hoje de R$ 11 mil. Suficientes para bancar um mês de salário dos 12 servidores do SAMU", argumenta o ex-prefeito.<br />O diretor de Relações Institucionais e Comunicação da Prefeitura de Bocaina revelou a um jornal da região que a administração do prefeito dr. Soave, "não tem interesse em integrar o Samu Regional de Jaú. “Para cidade do porte da nossa, o prefeito entende que o Samu não é uma coisa compensadora pelo valor que a prefeitura tem de repassar”, diz ele.</p>