Ex-prefeito de Bocaina rebate versão sobre medicamento com prazo vencido

Autor: Fabio Maksymczuk
15/02/2013 - 02h54

<p style="text-align: justify;">O ex-prefeito de Bocaina, Jo&atilde;o Francisco Bertoncello Danieletto, o Kiko Danieletto (PV), lan&ccedil;ou d&uacute;vidas sobre a origem de medicamentos que a Prefeitura diz ter encontrado em uma sala da Santa Casa, que seriam destinados ao Servi&ccedil;o de Atendimento M&oacute;vel de Urg&ecirc;ncia (SAMU), que ainda n&atilde;o foi implantado no munic&iacute;pio.<br />O diretor de Rela&ccedil;&otilde;es Institucionais e Comunica&ccedil;&atilde;o da prefeitura havia divulgado h&aacute; cinco dias atr&aacute;s que os medicamentos pertenciam aos postos de sa&uacute;de do munic&iacute;pio; depois teve de se retratar informando que eles teriam sido achados em uma sala da Santa Casa da cidade<span> </span>"N&oacute;s adquirimos uma dosagem pequena, que era para que a regionaliza&ccedil;&atilde;o do SAMU, em Ja&uacute;, pudesse verificar e avaliar o in&iacute;cio ou n&atilde;o do Samu em Bocaina", afirma Kiko Danieletto.<br />No entanto, ele declara que n&atilde;o ter como afirmar com certeza se os medicamentos vencidos encontrados na Santa Casa foram os mesmos comprados durante a sua gest&atilde;o.<br />&ldquo;Existe a possibilidade de esses produtos n&atilde;o serem os produtos que estavam no SAMU. Eu n&atilde;o posso dizer agora.O local n&atilde;o era cuidado pela prefeitura. Por isso fica a d&uacute;vida de que esses produtos tenham sido adquiridos pela prefeitura&rdquo;, afirma ele.<br />De acordo com o ex-prefeito, as servidores da Sa&uacute;de do munic&iacute;pio mostraram "uma caixinha de papel&atilde;o de um palmo de comprimento com meia d&uacute;zia de medicamentos" com prazo de validade vencidos.<br /><br /><br />D&uacute;vida<br /><br />A Prefeitura de Bocaina divulgou ter encontrado duas caixas de medicamentos com prazo de validade vencido em uma sala da Santa Casa, segundo o diretor de Rela&ccedil;&otilde;es Institucionais e Comunica&ccedil;&atilde;o, Plinio Teixeira Junior, que seriam destinados ao Servi&ccedil;o de Atendimento M&oacute;vel de Urg&ecirc;ncia (SAMU), que ainda n&atilde;o foi implantado no munic&iacute;pio.<br />Contudo, cinco dias atr&aacute;s, Plinio Junior divulgou &agrave; m&iacute;dia que &nbsp;Diretoria Municipal de Sa&uacute;de havia achado esses mesmos medicamentos nas duas unidades de sa&uacute;de do munic&iacute;pio, sendo agora obrigado a se retratar.&nbsp;<br />"Essa est&oacute;ria &eacute; apenas uma cortina de fuma&ccedil;a para justificar a devolu&ccedil;&atilde;o do SAMU", avalia o ex-prefeito<br />Kiko Danieletto acredita que "essa est&oacute;ria" de medicamentos com prazo de validade vencido &eacute; uma "cortinha de fuma&ccedil;a para justificar e desviar a aten&ccedil;&atilde;o para a devolu&ccedil;&atilde;o do SAMU de Bocaina, j&aacute; anunciada pelo m&eacute;dico e prefeito Jos&eacute; Carlos Soave (PSB).<br />"Compramos todos os uniformes das equipes, os equipamentos da ambul&acirc;ncia, fizemos concurso p&uacute;blico para 12 servidores municipais que trabalhariam no SAMU, e que foram treinados na unidade de Ja&uacute;, reformamos a &aacute;rea da Santa Casa para abrigar a base do servi&ccedil;o. E o prefeito m&eacute;dico vai devolver o SAMU", lamenta Kiko Danieletto.<br />Segundo ele, a implanta&ccedil;&atilde;o do SAMU em Bocaina custaria por m&ecirc;s cerca de R$ 23 mil - 12,5 mil repassados pelo Governo Federal e R$ 10,5 mil pela Prefeitura.<br />"O interessante &eacute; que o rendimento de uma semana de um m&eacute;dico plantonista da Santa Casa de Bocaina &eacute; hoje de R$ 11 mil. Suficientes para bancar um m&ecirc;s de sal&aacute;rio dos 12 servidores do SAMU", argumenta o ex-prefeito.<br />O diretor de Rela&ccedil;&otilde;es Institucionais e Comunica&ccedil;&atilde;o da Prefeitura de Bocaina revelou a um jornal da regi&atilde;o que a administra&ccedil;&atilde;o do prefeito dr. Soave, "n&atilde;o tem interesse em integrar o Samu Regional de Ja&uacute;. &ldquo;Para cidade do porte da nossa, o prefeito entende que o Samu n&atilde;o &eacute; uma coisa compensadora pelo valor que a prefeitura tem de repassar&rdquo;, diz ele.</p>