Autor: Thiago Diniz
25/05/2011 - 04h01
Valdir Teodoro Filho, presidente do Sismar (Sindicato dos Servidores Municipais de Araraquara e Região), concedeu entrevista sobre o atual movimento de greve que mobiliza o funcionalismo público de Araraquara. Diariamente parte dos funcionários da Prefeitura se mobiliza em favor de reivindicações sobre a questão salarial e as condições de trabalho.
Segundo o presidente Valdir, o movimento de passeata, que nesta terça-feira (24) percorreu parte da Rua Nove de Julho e Rua São Bento, prevê dar maior visibilidade ao movimento de greve. Segundo informações do Sismar, o movimento de greve geral chega ao seu 16º dia hoje (25), próximo ao seu recorde de duração que foi de 17 dias.
No último período o Sismar ocupou a Tribuna Popular da Câmara onde apresentou propostas em relação a greve, o debate gerou polêmica entre os parlamentares sobre a manutenção da greve. Sobre o papel dos vereadores Valdir afirmou “a Câmara Municipal é uma despachante da Prefeitura, não tem autonomia, estão vinculados ao governo”.
Perguntado sobre sua postura caso o Sismar pudesse estar hoje no lugar do prefeito Marcelo Barbieri (PMDB), Valdir respondeu: “eu abriria o diálogo, a política é o exercício do diálogo com os diferentes”.
As diretrizes defendidas pelo movimento de greve, segundo o Sismar, são alterações de remanejamento dentro do orçamento existente, “o modelo atual não contempla o servidor que bate seu cartão no horário cotidianamente”. Sobre a mobilização dos servidores o sindicato afirma que a adesão é crescente e chegou ontem a 700 assinaturas.
Sobre o processo de negociação, Valdir Filho afirmou que "já fizemos três notificações, procuramos o Ministério Público, mas a Prefeitura não abre o diálogo com os servidores.
Nesta quarta-feira (25) faremos uma passeata que irá desde o Teatro Municipal até o Paço Municipal e continuaremos o movimento".