Araraquara sedia encontro Caipira

Grupo que busca reconstruir manifestações da cultura popular de raiz completa um ano de atividades

06/04/2013 - 05h22

<p style="text-align: justify;">O Encontro de Anivers&aacute;rio do Coletivo Cultura Caipira Raiz Cotidiana&lsquo;di vorta pra&rsquo; Ro&ccedil;a da Paulist&acirc;nia, acontece no sal&atilde;o da Par&oacute;quia Menino Jesus de Praga, no Bairro dos Machados, s&aacute;bado e domingo, dias 6 e 7 de abril. O Coletivo foi no mesmo local em 1&ordm; de abril de 2012.<br />Para a comemora&ccedil;&atilde;o est&atilde;o previstas, entre outras manifesta&ccedil;&otilde;es, rodas de viola e conta&ccedil;&atilde;o de causos; cantigas de trabalho das merendeiras e lavadeiras; artesanato culin&aacute;rio e de instrumentos de bordados e rendas.&nbsp;<br />De acordo com Divo C&eacute;sar, um dos coordenadores do grupo, &ldquo;o Coletivo busca reviver e reconstruir as manifesta&ccedil;&otilde;es da cultura popular caipira raiz que brota no seio da lida da ro&ccedil;a com a fam&iacute;lia camponesa&rdquo;. Ele conta que &ldquo;o foco &eacute; o agricultor familiar, sua fam&iacute;lia, seus vizinhos e todas as manifesta&ccedil;&otilde;es culturais do modo de ser deste povo da ro&ccedil;a&rdquo;.&nbsp;<br />C&eacute;sar destaca que essas fam&iacute;lias que viviam no entorno da propriedade rural &ldquo;cultivavam a solidariedade, a gentileza e o direito &agrave; pregui&ccedil;a; cantavam, dan&ccedil;avam, lavavam, costuravam, tecendo a teia da vida&rdquo;.&nbsp;<br />O coordenador observa que &ldquo;eles viviam felizes, em conformidade com as leis da natureza, a sabedoria do aprendiz cotidiano que atrav&eacute;s da simples observa&ccedil;&atilde;o se nutria do alimento e efervesc&ecirc;ncia da m&atilde;e terra, preservando-a para o sustento dos seus e das popula&ccedil;&otilde;es em volta de si&rdquo;.<br />Divo C&eacute;sar explica que &ldquo;seguimos &lsquo;Parceiros do Rio Bonito&rsquo; do nobre professor Antonio C&acirc;ndido Mello e Souza, M&aacute;rio de Andrade, Darci Ribeiro, Sergio Buarque de Holanda e a araraquarense Gilda Mello e Souza, entre muitos outros que representam a raiz da arte viva, da cultura caipira de raiz, n&atilde;o a cultura sertaneja&rdquo;. Segundo ele, &ldquo;n&atilde;o temos como foco a venda de um produto cultural o que importa &eacute; a sustentabilidade da vida, da natureza e do todos os seres deste planeta&rdquo;.</p>