<p style="text-align: justify;">A Comissão Permanente de Transportes, Habitação e Saneamento da Câmara Municipal promoveu novo debate sobre o transporte coletivo da cidade. O objetivo foi dar sequência às discussões da audiência pública realizada sobre o tema. A tônica da reunião foi a situação da Companhia Tróleibus Araraquara (CTA).<br />Estavam presentes os vereadores Elias Chediek Neto (PMDB), presidente da Comissão, Farmacêutico Jeferson Yashuda (PSDB), Adilson Vital (PV), Donizete Simioni (PT), Édio Lopes (PT) e representante da vereadora Gabriela Palombo (PT); Sílvio Prada, presidente da CTA; e, representantes do Coletivo Transporte Justo, que reúne estudantes secundaristas e universitários, além de trabalhadores e professores.<br />O Coletivo fez uma série de questionamentos sobre a situação financeira da CTA, cobrando a divulgação detalhada do balanço da empresa, sobre o valor da tarifa e defendeu a imediata revogação das restrições ao uso da meia passagem por parte dos estudantes. <br /><br /><strong>Transparência</strong><br />O grupo também solicitou que Câmara e Prefeitura cobrem transparência da empresa Paraty, que detém parte das linhas de ônibus da cidade. De acordo com o Coletivo, a Paraty tem as melhores e mais lucrativas linhas, mas não garante as mesmas condições aos seus trabalhadores como a CTA e não divulga seu balanço financeiro, apesar de prestar um serviço público.<br />Diversas perguntas sobre o organograma, funcionários estatutários, comissionados e terceirizados com funções, cargos e salários, valores a receber e encargos devidos pela CTA deverão ser respondidas em uma próxima reunião. Prada alegou não ter os dados solicitados naquele momento porque foi informado que a pauta do debate seria outra.<br />O presidente reafirmou que a CTA não deve ser privatizada e que a empresa trabalha para reduzir os custos operacionais e de manutenção e sugeriu que com a venda da atual sede seria possível construir novas oficinas e investir parte dos recursos na renovação da frota.<br /><br />História<br />Chediek faz um relato sobre a história da CTA para explicar como a empresa chegou à situação em que está hoje. Ele lembrou que ônibus elétricos que recebiam subsídios federais, que foram suspensos; o surgimento de bairros distantes da região central como Victorio De Santi e o Selmi Dei, o aumento dos custos da energia elétrica e outras questões para justificar o fim dos tróleibus.<br />De acordo com ele, a “A CTA que já foi uma empresa modelo até para países como os Estados Unidos, hoje, sobrevive apenas com a tarifa paga pelos seus usuários” e questionou o governo federal que “subsidia a compra de veículos particulares e não o transporte público”. Chediek também apresentou um vídeo sobre o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) como alternativa para modernizar e baratear o transporte público.</p>