Câmara promove novo debate sobre transporte coletivo

Comissão de Transportes, Habitação e Saneamento reúne direção da CTA e coletivo de usuários

12/04/2013 - 02h32

<p style="text-align: justify;">A Comiss&atilde;o Permanente de Transportes, Habita&ccedil;&atilde;o e Saneamento da C&acirc;mara Municipal promoveu novo debate sobre o transporte coletivo da cidade. O objetivo foi dar sequ&ecirc;ncia &agrave;s discuss&otilde;es da audi&ecirc;ncia p&uacute;blica realizada sobre o tema. A t&ocirc;nica da reuni&atilde;o foi a situa&ccedil;&atilde;o da Companhia Tr&oacute;leibus Araraquara (CTA).<br />Estavam presentes os vereadores Elias Chediek Neto (PMDB), presidente da Comiss&atilde;o, Farmac&ecirc;utico Jeferson Yashuda (PSDB), Adilson Vital (PV), Donizete Simioni (PT), &Eacute;dio Lopes (PT) e representante da vereadora Gabriela Palombo (PT); S&iacute;lvio Prada, presidente da CTA; e, representantes do Coletivo Transporte Justo, que re&uacute;ne estudantes secundaristas e universit&aacute;rios, al&eacute;m de trabalhadores e professores.<br />O Coletivo fez uma s&eacute;rie de questionamentos sobre a situa&ccedil;&atilde;o financeira da CTA, cobrando a divulga&ccedil;&atilde;o detalhada do balan&ccedil;o da empresa, sobre o valor da tarifa e defendeu a imediata revoga&ccedil;&atilde;o das restri&ccedil;&otilde;es ao uso da meia passagem por parte dos estudantes.&nbsp;<br /><br /><strong>Transpar&ecirc;ncia</strong><br />O grupo tamb&eacute;m solicitou que C&acirc;mara e Prefeitura cobrem transpar&ecirc;ncia da empresa Paraty, que det&eacute;m parte das linhas de &ocirc;nibus da cidade. De acordo com o Coletivo, a Paraty tem as melhores e mais lucrativas linhas, mas n&atilde;o garante as mesmas condi&ccedil;&otilde;es aos seus trabalhadores como a CTA e n&atilde;o divulga seu balan&ccedil;o financeiro, apesar de prestar um servi&ccedil;o p&uacute;blico.<br />Diversas perguntas sobre o organograma, funcion&aacute;rios estatut&aacute;rios, comissionados e terceirizados com fun&ccedil;&otilde;es, cargos e sal&aacute;rios, valores a receber e encargos devidos pela CTA dever&atilde;o ser respondidas em uma pr&oacute;xima reuni&atilde;o. Prada alegou n&atilde;o ter os dados solicitados naquele momento porque foi informado que a pauta do debate seria outra.<br />O presidente reafirmou que a CTA n&atilde;o deve ser privatizada e que a empresa trabalha para reduzir os custos operacionais e de manuten&ccedil;&atilde;o e sugeriu que com a venda da atual sede seria poss&iacute;vel construir novas oficinas e investir parte dos recursos na renova&ccedil;&atilde;o da frota.<br /><br />Hist&oacute;ria<br />Chediek faz um relato sobre a hist&oacute;ria da CTA para explicar como a empresa chegou &agrave; situa&ccedil;&atilde;o em que est&aacute; hoje. Ele lembrou que &ocirc;nibus el&eacute;tricos que recebiam subs&iacute;dios federais, que foram suspensos; o surgimento de bairros distantes da regi&atilde;o central como Victorio De Santi e o Selmi Dei, o aumento dos custos da energia el&eacute;trica e outras quest&otilde;es para justificar o fim dos tr&oacute;leibus.<br />De acordo com ele, a &ldquo;A CTA que j&aacute; foi uma empresa modelo at&eacute; para pa&iacute;ses como os Estados Unidos, hoje, sobrevive apenas com a tarifa paga pelos seus usu&aacute;rios&rdquo; e questionou o governo federal que &ldquo;subsidia a compra de ve&iacute;culos particulares e n&atilde;o o transporte p&uacute;blico&rdquo;. Chediek tamb&eacute;m apresentou um v&iacute;deo sobre o Ve&iacute;culo Leve sobre Trilhos (VLT) como alternativa para modernizar e baratear o transporte p&uacute;blico.</p>