Em audiência convocada por Edinho, CPFL anuncia investimentos

Companhia vai destinar R$ 29,6 milhões até o final de 2013 para modernizar e ampliar sistema de abastecimento em Araraquara e microrregião

17/04/2013 - 02h46

<p style="text-align: justify;">A CPFL Paulista vai investir R$ 29,6 milh&otilde;es at&eacute; o final de 2013 para melhorar a qualidade dos servi&ccedil;os de distribui&ccedil;&atilde;o de energia el&eacute;trica em sua regional de Araraquara. A informa&ccedil;&atilde;o foi dada por diretores da companhia, em audi&ecirc;ncia p&uacute;blica convocada pelo deputado estadual e presidente do PT paulista, Edinho Silva, realizada na noite de segunda-feira (15) no audit&oacute;rio da Uniara.<br />O encontro foi organizado com o objetivo de debater e buscar solu&ccedil;&otilde;es para as constantes interrup&ccedil;&otilde;es no fornecimento de energia el&eacute;trica em Araraquara e cidades da microrregi&atilde;o. No ano passado, a &aacute;rea urbana de Araraquara ficou 40 horas sem luz na soma de todas as interrup&ccedil;&otilde;es havidas durante o ano, segundo a Aneel, ag&ecirc;ncia nacional que regula e fiscaliza o setor. Na zona rural a falta de energia somada ao longo do ano chegou a 90 horas. &ldquo;&Eacute; um n&iacute;vel muito elevado, que compromete a vida da comunidade e causa preju&iacute;zos aos empres&aacute;rios, especialmente aos pequenos comerciantes&rdquo;, disse Edinho.<br />Pelo menos 200 pessoas compareceram &agrave; audi&ecirc;ncia. Al&eacute;m de diretores da CPFL, participaram tamb&eacute;m os prefeitos de Mat&atilde;o, Chico Dumont, de Santa L&uacute;cia, Antonio S&eacute;rgio Trentin e de Dobrada, J&uacute;nior Berardo e o vereador Edio Lopes (PT) representando a C&acirc;mara Municipal e demais vereadores presentes. Tamb&eacute;m estiveram presentes o presidente do Sincom&eacute;rcio, Antonio Deliza Neto e representantes da Federa&ccedil;&atilde;o dos Eletricit&aacute;rios do Estado de S&atilde;o Paulo, al&eacute;m sindicalistas do setor e de moradores de diferentes regi&otilde;es de Araraquara.<br />O diretor regional da CPFL, Riberto Barbanera, reconheceu os problemas levantados pela popula&ccedil;&atilde;o e por empres&aacute;rios de Araraquara, mas justificou que a cidade n&atilde;o tem registrado apag&otilde;es e sim picos de energia. Segundo ele, as interrup&ccedil;&otilde;es se devem ao plano de investimento que a companhia executa para expans&atilde;o da capacidade das subesta&ccedil;&otilde;es e moderniza&ccedil;&atilde;o do sistema de distribui&ccedil;&atilde;o.<br />Investimentos - De acordo com ele, entre 2010 e 2012 a CPFL investiu R$ 33,5 milh&otilde;es na melhoria do sistema na &aacute;rea da regional Araraquara. Desse total, R$ 19,5 milh&otilde;es foram destinados ao munic&iacute;pio de Araraquara, onde existem tr&ecirc;s subesta&ccedil;&otilde;es alimentadoras. Barbanera explica que todas as opera&ccedil;&otilde;es s&atilde;o realizadas com a rede energizada e que os picos ocorrem quando &eacute; preciso transferir a alimenta&ccedil;&atilde;o de uma regi&atilde;o da cidade por outra. &ldquo;&Eacute; o tempo de desligar e ligar uma chave&rdquo;, disse.<br />O diretor informou que o planejamento da CPFL prev&ecirc; investimento de R$ 29,6 milh&otilde;es na &aacute;rea da regional Araraquara at&eacute; o final de 2013, especialmente na amplia&ccedil;&atilde;o da capacidade de suas 13 subesta&ccedil;&otilde;es. Est&atilde;o na lista as subesta&ccedil;&otilde;es Uirapuru e Paiol em Araraquara, assim como a subesta&ccedil;&atilde;o Progresso de Mat&atilde;o. A empresa tamb&eacute;m anunciou a reconstru&ccedil;&atilde;o da linha de transmiss&atilde;o Piracicaba-Araraquara, que ganhar&aacute; equipamentos modernos de monitoramento.<br />Na regi&atilde;o, a companhia tamb&eacute;m est&aacute; investindo na constru&ccedil;&atilde;o de uma linha alternativa de alimenta&ccedil;&atilde;o entre Gavi&atilde;o Peixoto e Nova Europa. Com isso, ser&atilde;o evitados os desligamentos verificados principalmente em Nova Europa, que recebe energia da usina de Gavi&atilde;o, j&aacute; que se houver falha numa linha a distribui&ccedil;&atilde;o ser&aacute; automaticamente transferida para a segunda linha. A nova linha ter&aacute; 7 km e ser&aacute; totalmente automatizada.&nbsp;<br />Riberto Barbanera elogiou a iniciativa do deputado Edinho Silva ao chamar uma nova audi&ecirc;ncia p&uacute;blica para tratar da quest&atilde;o do abastecimento de energia el&eacute;trica na regi&atilde;o. &ldquo;Em 2011 o deputado tamb&eacute;m mobilizou a comunidade e n&oacute;s da CPFL estivemos aqui, debatemos os problemas da regi&atilde;o, assumimos um compromisso e cumprimos&rdquo;, enfatizou.<br />Na ocasi&atilde;o, julho de 2011, a CPFL anunciou investimentos de R$ 12,5 milh&otilde;es para modernizar o sistema de distribui&ccedil;&atilde;o de energia el&eacute;trica para as cidades da microrregi&atilde;o, especialmente Ribeir&atilde;o Bonito, Trabiju, Dourado, Nova Europa, Gavi&atilde;o Peixoto e Boa Esperan&ccedil;a do Sul. Embora alegasse que a maior parte dos apag&otilde;es era motivada por furtos de fios na &aacute;rea rural, a empresa construiu uma nova subesta&ccedil;&atilde;o alimentadora em Ribeir&atilde;o Bonito e modernizou as linhas de transmiss&atilde;o entre as cidades. Desde ent&atilde;o, a qualidade do servi&ccedil;o melhorou, s&oacute; em Nova Europa e Gavi&atilde;o Peixoto continuou a haver desligamentos espor&aacute;dicos.<br />Barbanera explicou que apesar das reclama&ccedil;&otilde;es, a CPFL opera dentro dos limites estabelecidos pela Aneel em rela&ccedil;&atilde;o ao tempo sem energia e &agrave; frequ&ecirc;ncia dos desligamentos em Araraquara e microrregi&atilde;o. &ldquo;Em Araraquara, a m&eacute;dia de falta de energia est&aacute; em 7,03 horas por ano contra 18,41 do Brasil e a frequ&ecirc;ncia em 5,42 ao ano contra 11,8 vezes no Brasil&rdquo;, disse.<br />Aposta no di&aacute;logo - O deputado Edinho Silva destacou a aten&ccedil;&atilde;o dada pela CPFL &agrave; comunidade. Para ele, o di&aacute;logo com o consumidor &eacute; de suma import&acirc;ncia para identifica&ccedil;&atilde;o das defici&ecirc;ncias e propostas de solu&ccedil;&atilde;o. &ldquo;A CPFL j&aacute; se mostrou aberta ao di&aacute;logo em outras ocasi&otilde;es e meu mandato continua a servi&ccedil;o da comunidade de Araraquara e da popula&ccedil;&atilde;o da regi&atilde;o. Sempre que houver necessidade de colocar os problemas na mesa e a audi&ecirc;ncia p&uacute;blica se mostrar o melhor caminho, vamos chamar a companhia para o debate&rdquo;, disse.<br /><br />CPFL assume redes rurais particulares<br /><br />Desde o ano passado, a CPFL vem encampando redes el&eacute;tricas rurais constru&iacute;das por fazendeiros e pequenos produtores rurais. A medida atende determina&ccedil;&atilde;o da Aneel e tem objetivo de melhorar a qualidade do servi&ccedil;o de distribui&ccedil;&atilde;o de energia el&eacute;trica para a zona rural. Segundo o diretor regional Riberto Barbanera, nos &uacute;ltimos dois anos a companhia assumiu 27 mil km de linhas rurais no estado de S&atilde;o Paulo, praticamente dobrando o seu passivo de linhas de transmiss&atilde;o para o setor. Para adequar essas linhas ao padr&atilde;o CPFL, a companhia iniciou um plano de moderniza&ccedil;&atilde;o em 2012 que j&aacute; exigiu investimentos de R$ 70 milh&otilde;es.<br />Al&eacute;m da moderniza&ccedil;&atilde;o das linhas, parte desse dinheiro foi destinada &agrave; indeniza&ccedil;&atilde;o dos antigos propriet&aacute;rios, no caso aqueles cujas linhas ainda n&atilde;o t&ecirc;m mais de 20 anos e n&atilde;o est&atilde;o totalmente depreciadas contabilmente.&nbsp;<br />Nesses casos, a indeniza&ccedil;&atilde;o &eacute; feita de forma proporcional ao tempo de constru&ccedil;&atilde;o da linha. Barbanera ressaltou que a moderniza&ccedil;&atilde;o das linhas vai permitir melhorar de forma significativa a qualidade do servi&ccedil;o na &aacute;rea rural, j&aacute; que as linhas particulares tinham manuten&ccedil;&atilde;o prec&aacute;ria ou nenhuma manuten&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Isso comprometia a uniformidade do sistema&rdquo;, observou, ao responder questionamento de Silvani Silva, representante do assentamento Monte Alegre, local que convive com desligamentos recorrentes.</p>