Jovens com Síndrome de Down conquistam oportunidades de trabalho

Fotógrafo: Sergio Pierri
18/04/2013 - 02h41

<p style="text-align: justify;">Alunos com S&iacute;ndrome de Down, formados em cursos de qualifica&ccedil;&atilde;o do Espa&ccedil;o Kapara&oacute;, est&atilde;o conquistando vagas no mercado de trabalho. A jovem Beatriz Moro Coelho, 33 anos, &eacute; um exemplo. Ap&oacute;s ter estudado no Kapara&oacute;, ela foi indicada ao propriet&aacute;rio de uma padaria que procurava profissionais qualificados.<br />O Centro de Forma&ccedil;&atilde;o Social e Profissional &ndash; Espa&ccedil;o Kapara&oacute;, &oacute;rg&atilde;o vinculado &agrave; Secretaria de Assist&ecirc;ncia e Desenvolvimento Social e ao Fundo Social de Solidariedade, foi implantado na cidade em 2010 pelo prefeito Marcelo Barbieri, com o objetivo de oferecer capacita&ccedil;&atilde;o para a popula&ccedil;&atilde;o e, assim, auxiliar na inser&ccedil;&atilde;o no mercado de trabalho.<br />Atendendo a um pedido do grupo Conviva Down, o Kapara&oacute; iniciou, em 2012, em parceria com o Senai, dois cursos voltados exclusivamente para alunos especiais: Culin&aacute;ria Especial e Curso de Gel&eacute;ias e Doces de Frutas. A primeira turma formou-se no in&iacute;cio de 2013. Neste ano, foram abertos novos cursos para alunos especiais nas &aacute;reas de panifica&ccedil;&atilde;o e inform&aacute;tica.<br />O trabalho formal &eacute; realidade para v&aacute;rios alunos, e o sucesso &eacute; compartilhado por toda equipe da Prefeitura e do Kapara&oacute;. &ldquo;No Kapara&oacute;, aprendi a fazer diversos tipos de p&atilde;es e bolos&rdquo;, relata Beatriz, entusiasmada com a oportunidade.<br />A aluna C&iacute;ntia Pereira Lira, 24 anos, &eacute; repositora de farm&aacute;cia e cumpre jornada das 8h &agrave;s 13h15. &ldquo;Separo os produtos colocando cada um no lugar certo. No per&iacute;odo da tarde aproveito a oportunidade dada pelo Espa&ccedil;o Kapara&oacute; e fa&ccedil;o os cursos de Panifica&ccedil;&atilde;o e Inform&aacute;tica&rdquo;, conta.<br />Saulo Delelis, 27 anos, trabalha na f&aacute;brica Lupo no per&iacute;odo da manh&atilde;. &ldquo;Gosto do trabalho e de estudar&rdquo;, diz Saulo. J&aacute; o aluno Jos&eacute; Artur Braga Zanin, 23, est&aacute; esperando uma chance de trabalho e pretende abrir um restaurante, assim como os estudantes Bruno Sasaki, 18, 1&ordm; colegial, e Mariana Rosalino, 23, 2&ordm; colegial, que tamb&eacute;m aguardam uma chance de trabalho.<br />Para o prefeito Marcelo Barbieri, hist&oacute;rias como a desses jovens s&atilde;o gratificantes, pois revelam que o objetivo tra&ccedil;ado com a abertura do Kapara&oacute; est&aacute; sendo alcan&ccedil;ado. &ldquo;Ao pensarmos em um projeto para capacita&ccedil;&atilde;o da popula&ccedil;&atilde;o, temos como principal meta proporcionar o acesso ao conhecimento para que seja poss&iacute;vel que o aluno tenha mais chances e oportunidade de trabalho e renda. Quando vemos que isso se torna realidade e, principalmente, com alunos especiais, temos a certeza de que o trabalho est&aacute; sendo feito de forma correta, por uma equipe de profissionais s&eacute;rios e respons&aacute;veis&rdquo;, completa o prefeito.&nbsp;<br />Resultado positivo<br /><br />&ldquo;Araraquara est&aacute; crescendo e a qualifica&ccedil;&atilde;o &eacute; um fator decisivo na hora de conquistar uma vaga. A turma de alunos especiais foi uma experi&ecirc;ncia nova e gratificante. Vencemos um grande desafio dando oportunidade de aprendizado a esses jovens. Sem d&uacute;vida o resultado est&aacute; sendo muito positivo&rdquo;, destacou o secret&aacute;rio de Assist&ecirc;ncia e Desenvolvimento Social Jos&eacute; Carlos Porsani.&nbsp;<br />A evolu&ccedil;&atilde;o dos alunos foi elogiada pelo instrutor de Panifica&ccedil;&atilde;o do Senai, Mauricio Luiz Rossi. &ldquo;Estou surpreso com os avan&ccedil;os conquistados. O grupo &eacute; espont&acirc;neo e demonstra total dedica&ccedil;&atilde;o &agrave;s aulas. O trabalho fica perfeito. &Eacute; uma miss&atilde;o gratificante. Espero que todos consigam inser&ccedil;&atilde;o ao mercado de trabalho&rdquo;, avalia Rossi.<br />Para a psic&oacute;loga Daniela Carvalho, respons&aacute;vel pelo Kapara&oacute;, conviver com o grupo de Down &eacute; um aprendizado e uma oportunidade &uacute;nica. &ldquo;Eles t&ecirc;m foco no que fazem e s&atilde;o muito determinados&rdquo;, resume Daniela.</p>