Thaïs Morell apresenta mistura de ritmos no sábado

Fotógrafo: Sergio Pierri
22/05/2013 - 03h38

<p style="text-align: justify;">Tha&iuml;s Morell &eacute; a atra&ccedil;&atilde;o musical das 21h30 no s&aacute;bado (25), na Pra&ccedil;a Scalamandr&eacute; Sobrinho, durante a Virada Cultural Paulista Araraquara. O evento realizado pelo Governo do Estado de S&atilde;o Paulo, em parceria com a Prefeitura de Araraquara (Secretaria Municipal da Cultura e Fundart) e com o SESC-Araraquara, tem entrada gratuita.<br />O que chama a aten&ccedil;&atilde;o inicialmente no show de Tha&iuml;s Morell &eacute; que ela n&atilde;o &eacute; s&oacute; cantora: al&eacute;m da voz impec&aacute;vel, toca muito bem o viol&atilde;o, e &eacute;, sem d&uacute;vida, uma grande representante do viol&atilde;o feminino do Brasil l&aacute; fora.<br />&Eacute; acompanhada por m&uacute;sicos de alt&iacute;ssima qualidade da cena jazz/world-music espanhola, como Ales Cesarini (baixo e baixo-ac&uacute;stico), David Gadea (set de percuss&otilde;es do mundo) e Andr&eacute;s Belmonte (flauta e piano), que tamb&eacute;m s&atilde;o individualmente um show a parte, e que junto a ela, exploram as diferentes possibilidades de instrumenta&ccedil;&atilde;o do grupo, criando &ldquo;ambientes&rdquo; &uacute;nicos para cada can&ccedil;&atilde;o.<br />Estamos falando de um concerto din&acirc;mico, de m&uacute;sica original, com novo conte&uacute;do po&eacute;tico, r&iacute;tmico, mel&oacute;dico e harm&ocirc;nico, mas ainda acess&iacute;vel a todos os p&uacute;blicos. A sinceridade com a qual canta sua vida cosmopolita, suas buscas e cren&ccedil;as, amores e desamores, toca os mais diversos p&uacute;blicos e Tha&iuml;s n&atilde;o deixa nunca o p&uacute;blico como mero espectador: sempre muito comunicativa, o convida para participar, e dirige o &ldquo;coral&rdquo;, inclusive a duas vozes.<br />Tha&iuml;s oferece um espet&aacute;culo de grande qualidade musical e humana, e se revela como uma artista completa, de timbre maravilhoso, presen&ccedil;a, simpatia e uma grande capacidade de transmitir todas as emo&ccedil;&otilde;es de suas can&ccedil;&otilde;es.<br />&nbsp;<br />Um pouco mais sobre Tha&iuml;s - Tha&iuml;s Morell nasceu em Curitiba, e pertence a essa nova gera&ccedil;&atilde;o de m&uacute;sicos brasileiros, com extensa forma&ccedil;&atilde;o, capazes de transitar com naturalidade entre diversos estilos musicais.<br />Estuda m&uacute;sica desde os 9 anos, se graduou professora de m&uacute;sica pela Faculdade de Artes do Paran&aacute; e logo partiu em busca de m&uacute;sicas de outros lugares: estudou folclore em uma das mais prestigiosas universidades de m&uacute;sica europeias Sibelius Academy (Finl&acirc;ndia), esteve quatro meses na Faculdade de Artes da Universidade de Gana (Gana) e atualmente est&aacute; completando um mestrado em Etnomusicologia pela Universidad Polit&eacute;cnica de Val&ecirc;ncia (Espanha).<br />Vivencias multi-culturais s&atilde;o a base da m&uacute;sica de Tha&iuml;s, que morando em Val&ecirc;ncia h&aacute; apenas tr&ecirc;s anos conquistou um p&uacute;blico fiel, colocou o disco na Fnac Espanha e coleciona cr&iacute;ticas positivas.<br />Suas letras relatam viagens, amores, viv&ecirc;ncias da cultura popular brasileira, atrav&eacute;s de deliciosos jogos de palavras; e com um show ao vivo impressionante, ao mesmo tempo delicado e intenso, segue conquistando por onde passa os mais variados p&uacute;blicos tanto no Brasil como no exterior.<br />&nbsp;Reconhecida pelo seu desembara&ccedil;o com o viol&atilde;o, no pandeiro, piano e p&iacute;fano, Tha&iuml;s &eacute; &ldquo;mulher, menina, ou coisa alguma: um esp&iacute;rito praieiro&rdquo;, mistura de Rosa Passos com Rita Lee. Desempenha com desenvoltura as fun&ccedil;&otilde;es de cantora, violonista e compositora num quarteto formado por m&uacute;sicos de alt&iacute;ssima qualidade da cena jazz/world-music espanhola: Ales Cesarini (baixo e baixo-ac&uacute;stico), David Gadea (set de percuss&otilde;es do mundo) e Andr&eacute;s Belmonte (flauta e piano).<br />Nesse ambiente, chega em maio de 2012 o disco &ldquo;Cancioneira&rdquo;, pelo selo valenciano Sedajazz Records, empresa que leva mais de 20 anos difundindo o melhor do jazz e outras m&uacute;sicas criativas na Espanha. &ldquo;Cancioneira&rdquo;, uma surpreendente auto-produ&ccedil;&atilde;o, revela da primeira a &uacute;ltima can&ccedil;&atilde;o uma grande artista em potencial, que canta, toca, comp&otilde;e e produz. Dif&iacute;cil de rotular, o disco conta com colabora&ccedil;&otilde;es maestras como a do guitarrista de jazz Ximo Tebar, do cellista franc&ecirc;s Matthieu Saglio, do trombonista valenciano Toni Belenguer e do guitarrista flamenco Juan de Pilar. A repercuss&atilde;o do disco independente j&aacute; lhe rendeu concertos de lan&ccedil;amento em Barcelona e Bilbao.<br />Tha&iuml;s, como solista, j&aacute; se apresentou em diversos festivais e casas de concerto na Espanha, Finl&acirc;ndia, Est&ocirc;nia, Reino Unido e Gana.<br />Nesta entrevista, Tha&iuml;s &ndash; que &eacute; cantora, compositora e multiinstrumentista nascida em Curitiba - fala um pouco sobre o que espera dos shows da Virada Cultura Paulista e como seu trabalho &eacute; influenciado por m&uacute;sica de raiz. Confira:<br /><br />Qual a sua expectativa para os shows da Virada Cultural?<br /><br />Tocar no Brasil &eacute; sempre uma alegria imensa e tocar na Virada Cultural Paulista ser&aacute; realizar um sonho. Estamos muito honrados com o convite e vamos com muita energia pra fazer um show lindo! Estou super feliz de poder levar para o Brasil a banda que est&aacute; me acompanhando nos &uacute;ltimos anos aqui na Espanha, porque al&eacute;m de serem m&uacute;sicos e pessoas excelentes, compartilhamos muitas ideias musicais, o que &eacute; essencial para um bom show ao vivo.&nbsp;<br />Como voc&ecirc; definiria seu som?<br /><br />O meu primeiro disco &eacute; uma mistura de MPB, jazz e uma grande influ&ecirc;ncia de world music, ou seja, influ&ecirc;ncia de m&uacute;sica de raiz de outros pa&iacute;ses tamb&eacute;m, que eu pesquiso h&aacute; 10 anos.<br />&nbsp;Fale mais sobre suas influ&ecirc;ncias.<br /><br />Minha principal influ&ecirc;ncia s&atilde;o as m&uacute;sicas tradicionais do Brasil e de diversos outros povos, que s&atilde;o express&otilde;es art&iacute;sticas espont&acirc;neas, reflexos de uma cultura pr&eacute;-industrial, quando fazer m&uacute;sica e cantar n&atilde;o tinham outra inten&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o fossem as pr&oacute;prias, sem interesses com o &ldquo;mercado&rdquo; ou &ldquo;ind&uacute;stria&rdquo; fonogr&aacute;ficos, principalmente. Essas pra mim s&atilde;o as can&ccedil;&otilde;es mais puras e nas quais eu busco me espelhar.<br />&nbsp;Como tem sido sua carreira internacional?<br /><br />Moro a 6 anos fora do Brasil; durante este per&iacute;odo estudei m&uacute;sica na Finl&acirc;ndia, em Gana e agora na Espanha. Noto que o swing da m&uacute;sica brasileira e a melodia do portugu&ecirc;s brasileiro conquistam pessoas de distintas origens e culturas. Lancei meu primeiro disco solo, autoral e autoproduzido, pelo selo de jazz espanhol Sedajazz em 2012, o que foi e &eacute; uma grande conquista, um grande passo para qualquer artista. A recep&ccedil;&atilde;o ao disco foi maravilhosa tanto na Espanha como no Brasil, e isso me deixou muito realizada.</p>