Com apoio da base da Câmara Municipal, prefeito reestrutura a administração que visa economizar mais de R$ 10,7 milhões/ano
Fotógrafo: Sergio Pierri
31/07/2013 - 02h58
Corte de gastos.
Em entrevista coletiva de imprensa, realizada na manhã dessa terça-feira (30), no sexto andar do Paço Municipal, o prefeito Marcelo Barbieri anunciou diversas medidas de contenção de gastos do Executivo, que começam a vigorar a partir desta quinta-feira, 1º de agosto, em Araraquara.
Estas medidas possibilitarão uma economia anual superior a R$ 10,7 milhões e visam enfrentar a queda de arrecadação provocada, principalmente, pela diminuição de recursos federais do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), via União.
Durante o anúncio, Marcelo estava acompanhado do vice-prefeito e coordenador de Mobilidade Urbana, Coca Ferraz, da presidente do Fundo Social de Solidariedade, Zi Barbieri, e por quinze dos 16 vereadores da base de seu governo, além de secretários.
Pela medida, oito secretários foram exonerados - das pastas de Esportes e Lazer, Serviços Públicos, Comunicação, Trânsito e Transportes, Habitação, Agricultura, Meio ambiente e Administração - e passarão a responder pelas coordenadorias destes setores. A única exceção é a Secretaria de Meio Ambiente, que passará a ser comandada, em acúmulo de cargo, pelo secretário de Articulação, Fernando Câmara (Galo), após a saída de José dos Reis Santos Filho. No Esporte, com a volta do vereador Jair Martineli à Câmara Municipal, responderá pela Pasta o servidor de carreira Adilson Custódio.
Várias coordenadorias também ficarão com seus cargos vagos, bem como diversas gerências administrativas, ocupadas por servidores de carreira. As exonerações serão publicadas nos atos oficiais nesta quarta-feira (31). No total, serão cerca de 80 cortes entre comissionados e funções de confiança. A medida permitirá uma economia anual de pagamento de salários e encargos de cerca de R$ 3,6 milhões.
Consenso
Segundo o prefeito Marcelo, a reestruturação da administração pública possibilitará uma redução anual do custeio da máquina de cerca de R$ 10,7 milhões, já que envolve também a redução de pagamento de horas extras, economia de água, energia elétrica e telefonia fixa e celular, além de corte nos veículos alugados e contratos de imóveis.
O prefeito agradeceu o apoio dos vereadores da base pela “decisão de consenso, que visa administrar Araraquara com responsabilidade, diante da retração da economia do País”.
Marcelo ressaltou que a reestruturação é necessária para que a Prefeitura termine o exercício sem déficit. Segundo o prefeito, o problema atinge a todos os municípios brasileiros e, em apenas quatros anos e meio, a Prefeitura perdeu cerca de R$ 40 milhões de repasse do FPM.
O prefeito reforçou que as contas da Prefeitura estão em ordem e que os cortes atingem o custeio da máquina para permitir a continuidade nos investimentos públicos. “Nosso principal objetivo é melhorar a qualidade da saúde, da infraestrutura e ampliar a educação, para atender aos interesses da população”, frisou o prefeito.
Base aliada
O presidente da Câmara Municipal, vereador João Farias, referendou o apoio da base à decisão do Executivo. “A maioria da Câmara aprova a medida porque atua como base de um programa de governo, não apenas para ocupar um espaço político”, enfatizou o parlamentar.
Participaram da coletiva de imprensa os vereadores Aluisio Braz (Boi), Adilson Vital, Dr. Lapena, Geicy Sabonete, Edna Martins, Elias Chediek, Dr. Helder, Jeferson Yashuda, Juliana Damus, Roberval Fraiz, Rodrigo Buchechinha, Wiliam Affonso e o vereador licenciado Ronaldo Napeloso.