Vereador Édio Lopes monta comissão para levar pautas para o líder do governo Dilma
Fotógrafo: Sergio Pierri
30/08/2013 - 04h20
Invasão
A sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Araraquara foi ocupada na tarde desta quinta-feira, 29, por cerca de 200 assentados da diversos assentamentos e acampamentos da região.
A última ocupação, ocorrida no final de junho deste ano, quando os manifestantes reclamaram a presença do superintendente estadual do órgão e apresentaram as reivindicações dos assentados da região central do Estado.
Eles queriam infraestrutura básica para assentamentos e acampamentos, como água e energia elétrica; liberação de créditos para a produção de alimentos; assentamento para famílias acampadas e áreas para novos assentamentos; e, seleção de famílias trabalhadoras rurais para a ocupação de lotes vagos e irregulares.
Os assentados afirmam que as pautas apresentadas não avançaram, por isso foi realizada nova ocupação “sem data para acabar”. Desta vez, eles pedem a presença de um representante do Incra de Brasília. O presidente Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo (Feraesp), Élio Neves, afirmou que o desembargador nacional do desenvolvimento agrário virá a Araraquara.
O vereador Édio Lopes (PT) organizou uma comissão de assentados para fazer chegar a pauta de reivindicações até o deputado federal Arlindo Chinaglia (PT), líder do governo da presidente Dilma Rousseff, que estará em Araraquara nesta sexta-feira.
De acordo com Édio, “as pautas são muito justas e muitas delas não se tratam somente de reivindicações, mas de necessidades extremas, como acesso à água e energia elétrica e condições para a produção de alimentos; por isso, têm meu apoio”.
Para o vereador, “é importante que as demandas sejam resolvidas, para garantir a função social da terra, aumento da produtividade, preservação ambiental e dignidade dos assentados”.
Representantes do movimento afirmam ter ampliado as pautas para além de questões pontuais. “Queremos um verdadeiro plano de reforma agrária, com a participação dos trabalhadores organizados”, declarou um assentado que não quis se identificar.
Estão representados no movimento assentamentos e acampamentos de Araraquara, Bauru, Boa Esperança do Sul, Bocaina, Descalvado, Guatapará, Pederneiras, Pradópolis e São Carlos.
