Balanço final: Record erra na estratégia de Dona Xepa

Nesta terça-feira (24/09), “Dona Xepa” chega ao fim. A Rede Record adotou uma estratégia diferenciada. Uma novela bem mais curta em relação às antecessoras que se arrastavam por um ano. O remake de Gustavo Reiz ficou no ar durante, aproximadamente, quatro meses. A ideia é interessante. Porém, a emissora da Barra Funda exibiu uma típica novela das seis ou das sete em plena faixa das 22 horas. Erro crasso.
“Dona Xepa” não atingiu os dois dígitos na média geral. Em algumas quartas, alavancada por “José do Egito”, a produção atingiu o objetivo. Mesmo assim, “Dona Xepa” não pode ser considerada um fracasso. Funcionou como uma espécie de “rearrumação” do Departamento de Teledramaturgia da emissora.

Confira o nosso tradicional balanço com os pontos positivos e negativos.

Pontos positivos

Angela Leal: a veterana atriz sustentou a novela do início ao fim. Passou humanidade à protagonista.

Arthur Aguiar: deu conta do recado ao viver o “xepinho” Édison. Melhor trabalho do jovem ator na TV.

Thais Fersoza: atriz que sempre realiza ótimos trabalhos na Record. Viveu com intensidade as vilanias de Rosa, ou melhor, Rosália.

Emilio Dantas: o jovem ator conseguiu encarnar Benito, o mocinho da novela, com doçura. Além disso, Dantas não tem a imagem desgastada no vídeo. Alívio para o telespectador da Record que vê os mesmos de sempre.

Pontos negativos

Pérola Faria: o ar blasé tomou conta da atuação da atriz. Faltou vida a Yasmin (apesar de ser uma legítima blogueira...)

Diego Montez: o personagem Rick era para ser uma espécie de macho alfa, digamos assim. Isso não foi visto na interpretação do ator.

Horário da novela: “Dona Xepa” poderia ter sido exibida na faixa das 19 horas. Capturar a dona de casa que não se encantou com a trama juvenil de “Sangue Bom”.