Autor: Fabio Maksymczuk
Fonte: http://fabiotv.zip.net/
23/10/2013 - 02h59
Nesta semana, tive uma série de compromissos profissionais. Por isso mesmo, somente agora comento sobre mais um capítulo da guerra midiática entre Rede Record e Rede Globo. No último domingo (13/10), o “Domingo Espetacular”, espaço reservado para os ataques recordianos, exibiu uma reportagem sobre a polêmica do “Amor & Sexo”. Os “peladões” de Fernanda Lima foram a matéria-prima para as críticas da emissora da Barra Funda.
Até entrevistaram o Dr. Rey. O cirurgião-apresentador comentou que o extinto “Sexo a 3” era alvo constante de críticas por explorar a sensualidade das mulheres. A reportagem mostrou comentários negativas do jornal O Globo sobre a atração da RedeTV!. Rey não percebeu equivalência com o “Amor & Sexo” que exibiu homens e mulheres nus no palco.
Em seguida, apareceu uma sucessão de depoimentos dos “populares” nas ruas. Nestas entrevistas, surgiram tais ideias: “apelação por audiência”, “é ruim para as crianças”, “Eu acho uma pouca vergonha isso”, além de “muita coisa para a TV aberta passar”. Realmente não entendi esse último item. E o repórter frisou: “Qual o limite da nudez para a TV aberta?”. Então, na TV paga, pode? Qual é o critério? Crianças não assistem também à programação da TV fechada?
Por fim, até o crítico de TV José Armando Vannucci respaldou a postura da revista eletrônica. Em uma edição bem picotada, o jornalista indagou até que ponto pode “agredir” para ousar. Ele também refletiu sobre o telespectador que estava acompanhado por uma mãe ou avó, por exemplo. “Tem que respeitar esse telespectador”, concluiu.
Esse tipo de ataque, que até conseguia alguma repercussão, irrita, cada vez mais, o público. Repito mais uma vez. “Amor & Sexo” vai ao ar na faixa da meia-noite. O título do programa é bem claro. A proposta, idem. Portanto, quem deixa a TV ligada, já sabe o que vai acompanhar. A Record precisa se preocupar com a sua programação que não atrai tanta a atenção do telespectador.