Autor: Fabio Maksymczuk
Fonte: http://fabiotv.zip.net/
27/11/2013 - 03h36
A turma do “Pânico” festeja 10 anos na TV. Sempre fui telespectador assíduo do humorístico, desde o primeiro programa exibido na RedeTV!. Na faixa das 18 horas. Depois, pela famigerada classificação indicativa, a atração foi empurrada para as 21 horas.
O programa viveu uma excelente fase na emissora de Dallevo e Carvalho. “Pânico” se encaixava perfeitamente na linha editorial do canal. Funcionava como uma sátira da própria emissora e do pior da TV brasileira. Nesta fase, Repórter Vesgo e Silvio Santos roubavam a cena.
Depois, o humorístico viveu altos e baixos. A turma de Emilio Surita se apropriou das “armas” das sátiras para alavancar a sua própria audiência. A “bundalização” das panicats tomou conta do pedaço. E elas começaram a ganhar, cada vez mais, destaque em provas nonsenses. Nicole Bahls aproveitou a oportunidade.
Nesse clima, “Pânico na TV” migrou para os domínios da Rede Bandeirantes, emissora que tem base no jornalismo de credibilidade e no esporte. Virou “Pânico na Band”. O programa não sofreu alteração no formato, mesmo em uma emissora completamente diferente da RedeTV!. Ocorreu, inicialmente, uma migração de telespectadores. Porém, a audiência da atração enfrenta uma oscilação negativa no IBOPE. O público da Band não é o mesmo do humorístico. Esse é o cerne que ainda não foi encarado pela direção.
Eduardo Sterblitch atualmente é o grande nome do “Pânico”. Os melhores momentos do humorístico aparecem com o humorista. O “Poderoso” é um achado. Porém, o programa vive a fase de “baixa”. Isso já ocorreu em outros momentos. O desafio é encontrar novos caminhos. Apostar nas sátiras, no humor e no escracho. Menos apelação por apelação. Mesmo assim, comemorar 10 anos é uma façanha