Documentário sobre Araraquara celebra a cidade com sua história

Primeiro longa metragem da história da cidade possibilita a visualização de histórias do imaginário local

Fotógrafo: Sergio Pierri
29/11/2013 - 16h53

O lançamento do documentário “ARARAQUARA – Memórias de uma Cidade”, primeiro filme longa metragem sobre Araraquara, marcou a história da cidade. A avant-première realizada no Centro de Convenção contou com a participação de um grande público que foi apreciar o filme do cineasta Renato Barbieri, numa sessão dedicada a sua mãe, Maria Ruth.

O diretor recepcionou o público e contou sobre a produção realizada com atores da cidade e região e a acolhida generosa da população araraquarense durante a produção e gravação do longa. Renato assistiu também em primeira mão o filme já finalizado. “A gente nunca sabe a cara de uma criança antes dela nascer. As imagens que vemos do ultrassom são borradas, precárias. Com um filme acontece a mesma coisa. Pois nessa noite de 28 de novembro parimos a criança e pudemos finalmente ver suas feições e sua compleição. Pela reação final do público presente, acredito que será uma criança amada e fico feliz com o resultado que alcançamos”, apontou.

Empresários, autoridades, intelectuais, artistas e interessados em geral prestigiaram o evento. O prefeito Marcelo Barbieri, acompanhado pela esposa Zi, enalteceu o trabalho do filme. “Será de extrema importância para os alunos das nossas escolas que terão esse apoio para interpretar melhor a história da cidade. A Educação Municipal conta com esse material agora! O Renato fez uma pesquisa de quatro anos e o resultado é muito gratificante, ficou um trabalho espetacular. Toda a cidade merece conhecer esse longa metragem e conhecer melhor esta história”, elogiou.

Para Carlos Otero, diretor de relações trabalhistas da Cutrale, “a nossa empresa se sente muito honrada em ser a patrocinadora master do filme que resgata a história da cidade desde as origens do povoado. Como nossa matriz e a primeira planta industrial da Cutrale foi implantada em Araraquara em 1967, nós temos parte de nossa história também retratada no filme”.

Marcelo Cirino, médico, professor universitário e escritor, é um dos entrevistados do filme e contou estar emocionado em colaborar com um trabalho importante. “O Renato investiu dedicação, tempo, conhecimento e talento. Há pessoas que criticam a falta de zelo com a memória local, mas a nossa história é muito bem cuidada. Fico feliz em viver este momento que comprova mais uma vez que a história de Araraquara está sendo preservada”.

A importância histórica do conteúdo, que traz imagens muito bonitas da cidade, com excelente fotografia de Carlos Zalasik, diretor de fotografia de referência internacional, despertou a atenção do espectador. O coordenador e professor do curso de Direito do Centro Universitário de Araraquara - Uniara, Fernando Passos, apontou que os alunos do curso de jornalismo têm um trabalho muito grande nesta área de pesquisa e resgate da história. “Agora, efetivamente este filme completa o trabalho da universidade. Parabéns ao cineasta Renato Barbieri, à Secretaria Municipal da Cultura, aos patrocinadores e apoiadores do filme que resgata nossas origens e nossa formação”.

O público foi unânime na aceitação do filme. “A produção está impecável, os atores excelentes. Além do que as fotos da Kris Tavares e a fotografia do documentário são uma delícia para os olhos. Eu quero um filme desses para minha cidade”, apontou a química Andréia Cecílio, de Ribeirão Preto. “Com um filme a gente se apropria da nossa cidade, o que acaba refletindo na nossa própria história”, concluiu.

“Feliz da cidade que tem um historiador de peso para contar a sua história. A grande maioria das cidades brasileiras não os tem”, disse Renato. “Pois Araraquara possui não um, mas dois grandes historiadores: o Rodolpho Telarolli (representado no filme pela Teresa Telarolli), e Anna Maria Martinez Corrêa, uma lady. Em nome da comunidade eu agradeço o grande trabalho que esses historiadores desenvolveram para a compreensão de nossa própria identidade”.

A avant-première contou também com a abertura da mostra fotográfica da araraquarense Kris Tavares. Ao que se sabe, Kris é a primeira fotógrafa da cidade a assinar fotos still profissionalmente e este também é o seu primeiro trabalho para cinema. Parte das fotos expostas apresentou o making of que retratou a produção do filme. A exposição de fotos permanece no Centro de Convenção até o dia 08 de dezembro. A partir do dia 13 de dezembro o filme estará em cartaz no Cine Lupo, acompanhado pela exposição fotográfica de Kris Tavares.

Vale destacar que além do apoio máster da Cutrale, o documentário contou com o patrocínio da IESA Óleo e Gás; Lupo e do Grupo Sol Panamby. O projeto teve apoio cultural do SESC – Araraquara e da Uniara, além do apoio do Hotel Morada do Sol, dos restaurantes Tijuca, Paulinhos Grill e Vitório; da ABPF – Associação Brasileira de Preservação das Ferrovias e da Prefeitura de Araraquara.