Defesa Civil de Araraquara alerta para cuidados com fogos de artifício

27/12/2013 - 03h02

No fim do ano, principalmente no dia 31 de dezembro, véspera de ano novo, aumenta o número de pessoas queimadas por manipularem inadequadamente fogos de artifício. A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil alerta os cidadãos para cuidados básicos que se devem ter ao manipular os fogos.

De acordo com Edson Adalberto Alves, coordenador executivo da Defesa Civil, os riscos dos fogos de artifício não são apenas de queimaduras. “Podem ocorrer laceração e mutilação dos dedos, mãos e rosto. A indicação é de que profissionais façam a explosão”, alerta.

O coordenador destaca alguns cuidados que são essenciais para evitar acidentes. O primeiro passo é observar a origem dos fogos adquiridos e não usar materiais de fabricação caseira. “Não compre fogos de artifícios clandestinos, na maioria das vezes não são testados. Esses fogos são vendidos de forma avulsa e não trazem as orientações do fabricante na embalagem”.

Ler atentamente o rótulo de segurança e a data de validade dos artefatos no momento da compra e durante sua utilização é de suma importância. “Sigas as dicas do fabricante e peça orientações de como proceder no momento da compra do artefato”.

Edson indica que, se possível, sejam comprados artefatos que venham com a base para encaixar no suporte dos fogos de artifício, pois assim é possível colocá-lo no chão. “Dessa forma, não é preciso segurá-los com as mãos”, indica.

Ele lembra que a distância para explodir os fogos com segurança é de 30 a 50 metros de pessoas, edificações, fiações elétricas e carros. Ainda, o coordenador reforça que: as crianças nunca devem soltar os fogos, a ingestão de bebida alcoólica e fogos não combinam, não colocar o artefato em bolsos de roupas que estão sendo usadas.

Vale lembrar que se os fogos não estourarem, as pessoas não devem tentar reaproveitá-los. “Os fogos podem falhar temporariamente. Se isto ocorrer, considere o artefato ativo, molhe-os para apagar o pavio e evitar acidentes e leve na loja em que comprou para trocá-los”, indica Edson.

Sobre o armazenamento de fogos de artifício, se eles forem guardados em casa, devem ser mantidos em um local seco e longe de fogões, isqueiros e do acesso a fumantes.

Os fogos nunca devem ser soltos em ambientes fechados e, quando o fizer em ambientes abertos, deve-se atentar para a segurança de quem aciona o fogo e dos que estão no entorno. 

Primeiros Socorros – Edson dá algumas dicas sobre os primeiros socorros em caso de acidentes com manipulação de fogos de artifício. Segundo ele, enquanto não houver atendimento em hospital, é preciso cobrir a queimadura com um pano limpo e umedecido em água filtrada ou soro fisiológico. “E por mais que o certo pareça ser furar as bolhas, nunca faça isso, pois elas servem para proteger a área queimada. Não tente retirar as roupas grudadas nos ferimentos, nem os fragmentos de objetos que podem estar na pele”, assegura.

Ele indica também não usar “receitas milagrosas”, como óleo, pomadas, pó de café, manteiga ou pasta de dente, porque certos elementos aumentam as chances de infecção no local machucado.

“Assim que a pessoa tiver sido queimada, retire todos os objetos que podem sufocá-la (pulseira, brincos, anéis, relógios), porque logo após a queimadura acontece um inchaço. E não se esqueça que não existe ninguém melhor do que um médico para tratar a pessoa machucada”.

Depois disto, a pessoa deve ser levada imediatamente ao centro hospitalar para que possa receber o atendimento ideal. Edson destaca que os acidentes acontecem porque as pessoas não seguem as devidas instruções de manuseio.

“Todos nós somos responsáveis pelo sucesso das festas de fim de ano e, como cuidados específicos, recomendamos atenção especial com as crianças. Assim estaremos educando cidadãos para o futuro, bem como preservando nosso bem maior: nossa vida”, finaliza o coordenador da Defesa Civil.