Sabe ou Não Sabe estreia com sombra de Patricia Abravanel

Autor: Fabio Maksymczuk
Fonte: http://fabiotv.zip.net/ 08/01/2014 - 04h36

No último domingo (05/01), a Rede Bandeirantes estreou “Sabe ou Não Sabe”. André Vasco comanda o programa com formato importado da israelense Dori Media. A nova aposta da Band ocupará as tardes de segunda a sexta, a partir das 15h50. 

A atração tem um formato simples. Vasco aborda uma moça ou rapaz pelas ruas. O (a) participante poderá faturar três mil reais sem responder uma só pergunta. André revela a pergunta e solicita ao transeunte encontrar outra pessoa que deverá ou não responder corretamente. Simples. 

A sombra de Patricia Abravanel rondou fortemente nesta pré-estreia. No “Programa Silvio Santos, a “filha do patrão” comanda um quadro muito similar. É o “Alguém que Sabe Tanto Quanto Você”. A pimpolha de SS aborda um rapaz ou uma moça que deve responder uma questão. Caso saiba a resposta certa, deve encontrar uma pessoa que também deve acertar. Caso erre, deve abordar um outro transeunte que também erre. 

O mesmo fenômeno ocorreu entre a “Casa dos Artistas” e o “Big Brother Brasil”. A sombra do reality do SBT assombrou o programa da TV Globo nas duas primeiras temporadas da “casa mais vigiada do Brasil”. O “BBB” somente conseguiu uma identidade própria, digamos assim, com a derrocada do “similar” da emissora da Anhanguera. 

Vasco se esforçou em ser simpático com as pessoas abordadas pelas ruas de São Paulo. Beijou as participantes. Foi atencioso e gentil. Porém, apresentar o programa com óculos escuros é um erro grave. O apresentador deve compartilhar seu olhar com o telespectador e, principalmente, com o (a) “jogador”.  A edição é competente. Lembra o “The Phone – A Missão”. 

Além da “similaridade” com o quadro da Patricia, “Sabe ou Não Sabe” enfrenta um problema maior. A ideia é interessante para um quadro de programa semanal. O formato diário desgastará facilmente a proposta. Mesmo assim, é louvável que a Band invista na programação vespertina. Há um enorme buraco que precisa urgentemente ser preenchido com uma produção nacional (mesmo com formato importado).