Autor: Fabio Maksymczuk
Fonte: http://fabiotv.zip.net/
08/01/2014 - 04h37
A TV pública no Brasil ainda procura seu caminho. Por aqui, há uma confusão entre TV pública e TV estatal. A TV Cultura, por exemplo, não demonstra independência editorial em relação ao Governo do Estado de São Paulo. Uma das missões da TV pública é complementar, com isenção, a programação da TV comercial, aberta e paga. Oferecer programas que não caibam nas coirmãs.
De uns tempos para cá, comecei a acompanhar mais de perto a programação da TV Brasil, a representante da TV pública no País. Encontrei atrações bem interessantes. O “Observatório da Imprensa” e o “Ver TV” analisam a imprensa brasileira e o panorama da televisão nacional. Já o “Caminhos da Reportagem” é um jornalístico que debate temas que mexam com a sociedade. Na última quinta-feira (02/01), por exemplo, o programa apresentou a “paixão” de um homem que desembolsou 100 mil reais para passar a noite com uma “boneca inflável”. Há também o “Programa Especial” que retrata a superação dos cadeirantes, portadores de síndrome de Down, entre outros.
Em “Memória do Brasil”, tive a oportunidade de assistir a dois documentários sobre o transporte público dos anos 50 em São Paulo e no Rio de Janeiro. Imagens do trânsito caótico que permanecem até hoje nas metrópoles. No vídeo que mostrava os desafios da mobilidade na terra da garoa com dois milhões de habitantes (hoje já somos mais de 10 milhões), o locutor enfatizava os desafios e a preocupação da Companhia Municipal de Transportes Coletivos (CMTC) que não reajustava o valor da passagem por dois anos e, ao mesmo tempo, tinha que arcar com a inflação dos serviços e componentes dos ônibus. Isso em 1955! O mesmo acontece atualmente na prefeitura de Fernando Haddad! Já no Rio, o locutor detonava o “avô das vans”. “O maior trabalho do carioca é chegar ao trabalho”, disparou. O jornalista Ruy Castro comanda o interessante programa que explica as mazelas dos tempos atuais.
A TV Brasil apresenta uma programação diversificada e, principalmente, de abrangência nacional. É uma TV que não tem a cara de São Paulo ou do Rio de Janeiro, imagem tão comum nas comerciais.
