Autor: Fabio Maksymczuk
Fonte: http://fabiotv.zip.net/
25/02/2014 - 02h01
O SBT estreou, nesta semana, “Caso Encerrado”, telebarraco da Telemundo. A emissora, mais uma vez, apostou em chamadas “fora do padrão”. O locutor indagava ao telespectador: “Será que vai dar certo?”, “Será que os críticos vão gostar?” e “Se você gostar, continua!”. Letras garrafais no vídeo.
O novo programa é dublado. Estranho, no mínimo. O mesmo ocorria no lendário “Geraldo”, precursor dos demais “tupiniquins”. A advogada Ana Maria Polo comanda a atração. Ela personifica uma juíza. Brava. Depois da apresentação do caso, ela dá o veredicto. Com martelo. “Caso encerrado”, brada.
Na última sexta-feira (21/02), uma história ganhou destaque. Um marido desconfiou de sua mulher. Fez, escondido, o exame do DNA e descobriu que não era o pai (nem precisou do Ratinho...). Emparedou a esposa que teria dado à luz ao filho no México. Não em um hospital, mas na casa da família. Ela disse que tinha “pulado a cerca” com o ex-namorado. Apenas uma vez.
Mas não parou por aí. O rapaz também fez o exame para descobrir se a moça era efetivamente a mãe. Resultado: não! A apresentadora do programa ficou em choque com a revelação. A mulher comprou o bebê. Tráfico humano. Uma “Wanda” mexicana. Bem ao estilo da novela “Salve Jorge”. Ana Maria encaminhou a “falsa mãe” para a Polícia. E caso encerrado.
O maior problema do “Caso Encerrado” recai no fortalecimento do ar cucaracho da programação do SBT. Das 14 horas até 19h45, só produções latinas: Café com Aroma de Mulher, Por Ela Sou Eva, A Madrasta, Por teu Amor, agora o “Caso Encerrado” e Chaves. Ufa! Fora Rebelde na faixa das 21h30.
A emissora precisa urgentemente sair desse ciclo. Por que não exibir o Casos de Família nesta faixa horária? Dublar um programa similar que já integra a programação é, no mínimo, espantoso.