TV Globo acerta e erra em transmissão do carnaval 2014

Carnaval 2014 chega ao fim. A festa que marca a cultura brasileira ganha amplo destaque na programação televisiva. Desde o encerramento da TV Manchete, os telespectadores foliões ficaram órfãos de uma boa cobertura carnavalesca. 

A TV Globo não consegue acertar a transmissão dos desfiles das escolas de samba de São Paulo e Rio de Janeiro. Neste ano, pelo menos, rifaram Glenda Koslowski. Fátima Bernardes entrou em seu lugar. A jornalista descreveu o enredo trazido pelas diferentes agremiações do Rio. Passou informação e cultura. Essa é a missão única do “locutor (a)”. Não é para sobressair. Não é para opinar. Quem deve aparecer é a escola de samba no vídeo.  Por outro lado, Luis Roberto ficou um tom acima do ideal. Na realidade, não há a menor necessidade de um grupo para comandar a transmissão. 

Bastaria apenas um locutor (poderia ser a Fátima), outro comentarista técnico e um mais da “galera”. Milton Cunha cumpriu com louvor a função. Passava as informações dos desfiles. O carnavalesco sempre é ótimo. Destacou quem deveria ser destacado. Alfinetou. A transmissão precisa passar ao telespectador os pontos fracos. Isso raramente ocorre na cobertura da Globo. Tiago Leifert também foi bem. Brincou. Passou observações interessantes. Descontraído.  Não quis atropelar os colegas. Ponto positivo. Já Eri Johson sobrou. O que ele acrescentou? Absolutamente nada. Atrapalhou a evolução da cobertura. 

Em São Paulo, a transmissão piorou sensivelmente. Monalisa Perrone trilhou o caminho de Glenda Koslowski. Alegre demais. Falante demais. Observações desnecessárias. Até mesmo na apuração, a jornalista falava em cima da leitura das notas. Péssimo. A comentarista Paula Lima fez o mesmo. Irritante. Não há a menor necessidade de duas comentaristas e mais um apresentador nesse momento. 

Já nos desfiles, Chico Pinheiro “inventou” o “O relógio marca....”. Mala. Mala. Mala... Igual ao repórter Marcio Canuto. E para completar o time, Mauricio Kubrusly estava ao redor do cronômetro no sambódromo do Anhembi... O ator Ailton Graça surpreendeu com comentários consistentes. O único que se salvou nesta transmissão enfadonha.

Nova Globeleza

Neste ano, a TV Globo reduziu, sensivelmente, as chamadas dos sambas-enredos nos intervalos comerciais. Por isso mesmo, a nova Globeleza passou despercebida. Reapareceu nos intervalos dos desfiles. Visualmente, não ficou bem.  Não tem corpo de mulherão. E isso ficou mais perceptível com as beldades que desfilavam na Sapucaí e no Anhembi.

RedeTV! 

A RedeTV! continuou com os “Bastidores do carnaval”. Por lá estavam a “repórter” Andressa Urach, Charles Henriquepédia, Adriana Bombom, o humorista Vinicius Vieira, entre outros. Nos momentos que zapeei para a emissora da exclamação, vi Charles pulando e perdendo as calças. Andressa com Mulher Filé em um bate-papo sobre Bárbara Evans. “Era uma ameba. Nem limpava a bunda”, declarou Urach. “Nível A”.  Andressa em um selinho com outra moça. Vinicius com um casal gay. Pediu, aos rapazes, um beijo na boca. Nada de muito diferente visto em anos anteriores. 

Volto a repetir o mantra do carnaval: saudades da Manchete...