09/06/2011 - 02h58
Quando da desativação do “Lixão”, atendendo a determinação do Ministério Público, esperava-se encerrado o ciclo de denuncias e reclamações sobre a Usina de Compostagem e Reciclagem do Lixo Urbano, especialmente com relação ao mau cheiro, contaminação do lençol freático, catadores trabalhando sem a devida proteção e principalmente fazendo retornar a cidade o lixo coletado.
Mas as denuncias continuam e na segunda-feira, 06, o vereador peemedebista Serginho Gonçalves foi chamado por funcionários do Aterro Sanitário - Gerencia de Resíduos Sólidos, Central de Tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde a visitar aquele espaço e tomar ciência das reclamações.
Um rol de reclamações e questionamentos foi apresentado ao vereador, desde ações praticadas pelo gerente, engenheiro Agamenon Bruneti Junior, até com relação ao sistema de separação do resultado da reciclagem para a qual colabora de forma eficiente a população araraquarense.
Chamada a participar da coleta seletiva a população se fez presente e o resultado desta “participação” acumula-se no pátio do aterro. São 300 toneladas de material reciclado que aguarda, deteriorando, a “separação” para posterior venda que irá beneficiar os cooperados da Cooperativa ACACIA.
O acumulo demonstra que a “separação” padece do vício da morosidade e que o serviço necessita de uma injeção de inovação e celeridade.
Enquanto procedem a “separação” lenta e ineficiente, e aguardar a venda, para auferir maior ganho, os cooperados lamentam receber apenas e tão somente “347 reais no pagamento e 170 no vale”.
Questionam os funcionários que a Central de Tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde, implantada para incinerar materiais inservíveis contagiosos recolhidos em farmácias e hospitais, sirva seu forno incinerador no momento somente para a queima de drogas como a maconha. Isto acontece porque a central que conta com equipamentos milionários, e funcionava sob licença, foi interditada pela CETESB quando dos testes, por emitir gases poluentes. Atualmente, garante os funcionários, “é tão somente um elefante branco”.
Reclamam os motoristas que o gerente Agamenon Bruneti Junior “não soluciona os problemas apresentados”, relegando a segundo plano inclusive solicitações de seus subordinados, como no “Caso dos Fiscais”. Segundo as reclamações, surgiram quatro vagas de fiscais e o PCCV – Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos prevê neste caso, segundo os funcionários, uma disputa interna, que inclusive iria beneficiar a rotina de trabalho, como na “separação” da reciclagem.
Mas a situação não teve a solução esperada pelos funcionários, pois, reclamam eles. “o gerente buscou na autarquia responsável, o Departamento Autônomo de Água e Esgoto quem se habilitasse a função, em detrimento daqueles que já vivenciavam a atividade”.
Como não encontrou interessados, não há fiscais.
O Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos implantado pela municipalidade extinguiu o cargo de encarregado. Como resultante faz parte da função atividade do motorista fiscalizar e assumir a qualidade do serviço, inclusive assinando e se responsabilizando pela execução da obra.
A Câmara Municipal aprovou a criação de 25 cargos de assistente técnico, somente que os motoristas que cumprem esta tarefa no Aterro Sanitário - Gerencia de Resíduos Sólidos, Central de Tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde não foram contemplados. “Pedimos ao gerente em todas estas questões que ajudasse, mas até solicitações por escrito não foram encaminhadas”, alegam os motoristas.
"Como presidente da Comissão de Justiça analisei a solicitação do Departamento Autônomo de Água e Esgoto com relação à criação de cargos, e como vereador votei aprovando. Se existem queixas é importante ouvir e buscar soluções fiz a primeira parte hoje, ouvindo as queixas e denuncias, e agora vou reunir-me com os funcionários e o prefeito Marcelo Barbieri na próxima sexta-feira e tenho a plena certeza que as coisas terão outra forma, vou fazer mudar esta figura", afirmou o vereador Serginho Gonçalves.