Fotógrafo expõe pela primeira vez seus trabalhos produzidos com tecnologia digital
04/04/2014 - 20h06
Exposição
A partir de segunda-feira (07) a Casa da Cultura Luiz Antônio Martinez Corrêa apresenta a exposição “Novo mundo: grafando com luz o filme e o sensor”, do fotógrafo Cláudio Lara Ruiz. Com entrada franca, a exposição permanece em cartaz até o dia 19 de abril.
Confesso admirador da tecnologia analógica, Ruiz pela primeira vez expõe seus trabalhos feitos por meios digitais. O fotógrafo iniciou sua carreira realizando trabalhos para jornais e revistas da imprensa local e grande imprensa. “Enquadro-me no que posso chamar de fotógrafo expositor. Foi assim que iniciei minha carreira”.
Em 2012, o fotógrafo montou um laboratório P&B e, no mesmo ano, apresentou a exposição em película “O velho mundo”, no Museu Ferroviário. “Naquele momento, foi muito especial pesquisar novamente os inventores da fotografia Niepce e Daguerre - e isso mantenho”, conta Ruiz. De acordo com ele, com a mostra em película, também foi interessante relembrar os tempos de revelação e o contato com químicas, filmes e papéis fotográficos.
Em “Novo mundo: grafando com luz o filme e o sensor”, Ruiz traz uma exposição com fotos no formato digital. “Em 2013 adquiri um equipamento digital e comecei há descobrir que muito tinha mudado na fotografia, ou seja, não se trata só de técnicas e princípios básicos de ajustes de câmera (analógica) e técnicas básicas e avançadas de laboratório de fotografia. São muito mais informações possíveis. É nada menos que tecnologia”, conta. “Mas tenho me virado bem, com o que chamo simplesmente de fotografia: combinações de sensibilidade e de ajustes de obturador e diafragma; e no máximo alguns ajustes no Photoshop”.
A exposição traz fotos em que Ruiz observa a natureza: a redondeza de sua casa, pássaros, edifícios, formas de nuvens, além de trens e linhas da ferrovia. Também, cenas urbanas e arquitetura são registradas do alto de edifícios.
Na mostra, o trabalho foi realizado com as suas lentes mais antigas de foco manual. “São as lentes da antiga Nikon F3 (35, 50 e 75/150 milímetros) - elas me servem na moderna máquina, o que dá ainda mais qualidade às imagens digitais”, explica. “Indiscutível: digital é muito mais qualidade, não para de evoluir. Para mim foi emocionante fotografar isso tudo com meus equipamentos, misturando imagens de sensor e filme (digital e película)”.
Ruiz considera que, “hoje em dia regular uma câmera fotográfica é configurar um mini-computador; no outrora eram só ajustes de obturador, diafragma, flash e acerto de sensibilidade. Isto ainda se mantém, o que acrescenta é a tecnologia. ‘Novo mundo: grafando com luz o filme e o sensor’ é a minha primeira exposição com minha experiência com o digital”.
Apesar de toda “modernidade”, Ruiz confessa-se apegado ao modelo das antigas. “Quando pego a minha analógica Nikon F3, com motor, e aperto o botão de disparar em seqüências, não posso deixar de sentir uma forte impressão dos ruídos seqüenciais do espelho e da cortina - abrindo e fechando - e das imagens que vão entrando”, observa. “Eu ainda gosto muito do cheiro da hidroquinona”, brinca referindo-se ao principal componente usado na maioria dos reveladores fotográficos.
A Casa da Cultura está localizada à Rua São Bento, 909, no Centro da cidade. O horário de visitação da exposição é de segunda à sexta-feira: das 9 às 22 horas; e aos sábados: das 9 às 13 horas.
SERVIÇO:
Exposição fotográfica “Novo mundo: grafando com luz o filme e o sensor”, de Cláudio Lara Ruiz
Local: Casa da Cultura Luiz Antônio Martinez Corrêa (à Rua São Bento, 909 – Centro)
Período: 07 a 19 de abril
Horário de visitação: de segunda à sexta-feira: das 9 às 22h; e aos sábados: das 9 às 13h
Entrada franca