Araraquara participa de Encontro Nacional de Gestores da Igualdade Racial

12/04/2014 - 04h17

A SEPPIR (Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial) realizou nos dias 09 e 10 de abril o Encontro Nacional de Gestores e Gestoras Estaduais e Municipais de Promoção da Igualdade Racial, tendo como objetivo reafirmar, fortalecer e ampliar o compromisso dos entes federados junto às políticas de enfrentamento ao racismo e de promoção da igualdade racial, a partir da regulamentação do SINAPIR (Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial) – sistema que atuará na articulação nacional das políticas sobre a temática.

Araraquara esteve representada por Alessandra de Cássia Laurindo, coordenadora de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, num grupo de aproximadamente cem gestores de todo o Brasil. O estado de São Paulo foi o que teve maior representação, contando com 16 municípios.

O encontro foi de grande importância para o fortalecimento institucional dos órgãos, principalmente para a compreensão do funcionamento do SINAPIR que se encontra com o processo de adesão em aberto e, segundo a ministra chefe de Políticas de Igualdade Racial, Luiza Bairros, será uma forma de dar sustentabilidade às políticas de promoção da igualdade racial, visando que ele tenha efeitos nas políticas públicas de PIR, semelhantes a outros sistemas já implantados no Brasil, como o SUS.

“Esse diálogo mais próximo com a SEPPIR nos fortaleceu enquanto gestores e nos fez sentir respaldados enquanto município. Araraquara preenche todos os requisitos para aderir ao SINAPIR. Encaminharemos um projeto para a chamada pública - que está em aberto - até o próximo dia 25 de abril, no sentido de estruturar ainda mais o nosso espaço e dar a legitimidade e conforto que a comunidade negra de Araraquara merece”, explica Alessandra.

A coordenadora contou que, durante o encontro, vários casos de racismos recentes que mobilizaram a opinião pública e tiveram repercussões na mídia nacional foram lembrados e, ao falar sobre o combate ao racismo, a Ministra afirmou que as pessoas estão assustadas como se o fenômeno nunca tivesse existido. No entanto, o racismo sempre existiu, disse, e trata-se de uma ferramenta poderosa. A sua explicitação é resultado da luta do Movimento Negro no país e não se trata de uma piora, mas de um contexto em que passa a ter mais visibilidade”.

Araraquara é ainda um dos poucos municípios que atende os requisitos para a chamada pública - entre eles ter a gestão plena (ou seja: ter orçamento próprio para a Coordenadoria), ter Conselho Municipal, ter ouvidoria para casos de racismo e participa o que pontuará positivamente na escolha do projeto.