Simioni constata problemas em novo conjunto habitacional do Selmi Dei

Em conversa com moradores, vereador fica preocupado com infraestrutura e transporte coletivo

12/04/2014 - 04h19

Após visitar o conjunto habitacional Anunciata Palmira Barbieri e conversar com moradores, na tarde de quinta-feira, 10 de abril, o vereador Donizete Simioni (PT) afirma estar preocupado com os problemas constatados e a falta de infraestrutura para atender às 485 famílias que receberam as chaves de suas casas. 

O conjunto foi entregue na terça-feira, 8 de abril, mas grande parte dos imóveis apresenta problemas como infiltrações, pisos, revestimentos, vidros e janelas soltos ou quebrados, falta de pias e sifões, falta de energia elétrica, entre outros. 

A moradora Cristiane Aparecida de Souza recebeu a casa sem pia e sem sifão na cozinha, no banheiro, sem sifão e torneiras, sem pontos de luz nos quartos, portas amassadas e problemas na pintura. “Além do mais, estava tudo sujo e embarreado quando entrei”, conta. “Não tenho a chave da cozinha. A gente vai pagar e tem o direito de receber a casa em ordem e com condições”, salienta a moradora. 

Outro problema de Cristiane é a falta de creche. Antiga moradora do bairro Altos de Pinheiros, os filhos de 4 e 6 anos têm que freqüentar o CER do Parque São Paulo. Segundo ela, vagas na unidade educacional mais próxima foram prometidas para, no mínimo, 30 dias. 

Assim como Cristiane, Eliane Gonçalves Pereira está preocupada com a falta de vaga na creche para a filha de 4 anos. Ela morava no Jardim das Estações e tem que levar a criança até o CER de lá diariamente. “A gente tem que acordar às 5 horas e tomar dois ônibus para poder chegar à creche às 7h30”, aponta. 

Outros moradores, que pediram para não ser identificados, relatam ter encontrado além de pisos, azulejos e janelas quebradas, também vazamento na caixa d’água. “Tem infiltração. Com a chuva de quarta-feira [9 de abril] vertia água pelo soquete de luz da sala; uma vizinha tomou choque”, reclama uma moradora. 

De acordo com Simioni, “o pior é que muitas crianças estão sem vagas nas creches e escolas da região, o transporte coletivo não cobre o conjunto todo, fazendo que com as pessoas tenham que caminhar um trecho grande para poder chegar aos ônibus e também estão longe do Posto de Saúde da região”. 

Sobre os problemas estruturais das moradias, Simioni conclui que “todas essas questões deveriam ter sido solucionadas antes da entrega das chaves”.