Incubadora de Empresas opera com sua capacidade máxima

Incubados já projetam expansão

Fotógrafo: João Pires/LBF
09/06/2011 - 03h06

A Incubadora de Empresas Arcângelo Nigro já apresenta um balanço positivo, há pouco mais de 60 dias de funcionamento no novo prédio, no 8º Distrito Industrial de Araraquara. 
Segundo Álagui Marques Pereira, diretor do Instituto Inova, que administra a Incubadora, atualmente 12 micros e pequenas empresas estão instaladas no local. 
"Atingimos a ocupação máxima em dois meses e já temos projetos na fila de espera", comenta o gerente. As empresas podem permanecer 36 meses incubadas, existindo a possibilidade de estender esse período por mais 12 meses.
Conforme acrescenta Marques, “a cidade apresenta vocação para o segmento tradicional. Entretanto, não poderíamos ignorar o viés tecnológico que também se desenvolve no município”, o que classifica a Incubadora como mista. 
O prefeito Marcelo Barbieri ressalta o desafio de seu governo em adequar o novo prédio em uma área de mil metros quadrados. "A base das grandes economias mundiais é a micro e a pequena empresa. Por isso o Brasil, assim como Araraquara, precisa incentivar este setor se quiser manter o ritmo de crescimento", acrescenta.
Atualmente, a incubadora araraquarense abriga empresas do setor alimentício, automação, odontologia e ferramentaria. O espaço também acomoda salas administrativa e de treinamento, e o refeitório. 
Como contrapartida do convênio com o Sebrae, a Prefeitura oferece  a infraestrutura - prédio, manutenção, segurança e limpeza. Cada incubado paga aluguel mensal de R$ 4,50 por metro quadrado de ocupação, além das contas de água, energia elétrica e telefone.  

Expansão

O proprietário da incubada Fit, Emilio Oliveira, que tem dois funcionários e produz 1.200 caixas (de 24 envelopes cada) por mês de fio de sutura Madeitex, para a área de odontologia, projeta aumentar para até 3 mil caixas/mês com a contratação de mais um funcionário.
Também o proprietário da Norte Científica, Alessandro Túlio, vê possibilidades de ampliar a produção do agitador de amostras, aparelho utilizado em laboratórios de analises clínicas e industriais.
Junto com o sócio Wagner Teixeira de Souza e mais um funcionário, Túlio também recupera equipamentos de laboratórios para empresas públicas e privadas da área de saúde e monta painéis elétricos.
Para o vice-prefeito e secretário de Desenvolvimento Econômico, Valter Merlos, a nova lei municipal, apresentada pelo Executivo e aprovada pela Câmara Municipal, que permite a doação de área de até 500 metros quadrados nos distritos industriais, possibilitará o crescimento também das micros e pequenas empresas que passam pela incubadora. 

Expectativa

Ainda segundo Álagui Marques, o trabalho de implantação de gestão de gerenciamento, organização e assessoria aos micro e pequenos empresários incubados, realizado pelo Instituto Inova, deve ajudar no crescimento dos projetos. 
“Passamos pela fase de adaptação, algumas empresas deixaram o projeto para outras entrarem. Com certeza, nos próximos meses teremos bons índices de faturamento”, explica Marques. 
O gerente afirma que até abril último o faturamento chegou a R$ 250 mil, com perspectivas de aumento ainda neste semestre. 
No ano passado, a Incubadora de Empresas faturou cerca de R$ 2 milhões em Araraquara.