Araraquara é representada no Conselho da Comunidade Negra do Estado de São Paulo

10/06/2011 - 04h13

A coordenadora de Promoção da Igualdade Racial de Araraquara, Alessandra de Cássia Laurindo, foi selecionada para integrar o Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo (CPDCN), como membro da sociedade civil, em sua próxima gestão. A convocação para posse deverá ser confirmada em breve.
O Conselho é composto pelos seguintes órgãos: Plenário, Gabinete Executivo, e Comissões. O Plenário é o órgão soberano do Conselho, composto por todos os Conselheiros empossados, e tem decisão por maioria simples. Cabe ao Plenário formular diretrizes e promover atividades que visem à defesa dos direitos da comunidade negra e, assim, assessorar o Poder Executivo, emitindo pareceres e acompanhando a elaboração e execução de programas do Governo, nos âmbitos federal, estadual e municipal, em questões relativas à comunidade negra, com o objetivo de defender seus direitos e interesses.
O mandato dos Conselheiros é de quatro anos. Entre algumas de suas atribuições destacam-se: participar das sessões Plenárias, despachar expedientes, fazer cumprir as disposições legais e regimentais, integrar Comissões para as quais for designado.
Seus direitos garantem: requerer inclusão na ordem dos trabalhos de assunto que julgar relevante para a manifestação do Conselho; elaborar projetos, estudos e propostas sobre a matéria de competência do Conselho e apresentá-los nas sessões Plenárias e das Comissões; propor o convite de especialistas, representantes de entidades da sociedade civil ou autoridades públicas para prestar esclarecimento sobre questões pertinentes a competência do Conselho – entre outros.
Em sua carta de interesse, Alessandra de Cássia, destacou o trabalho realizado à frente da Coordenadoria Executiva de Promoção da Igualdade Racial de Araraquara. Também, a coordenadora destacou a necessidade de reavaliação das políticas públicas que são dirigidas a população negra. "Bem como toda legislação vigente que necessita ser fiscalizada através de uma crítica construtiva, onde possamos juntos encontrar soluções que nos direcione para a promoção da igualdade racial de fato".
Para Alessandra, o trabalho que o CPDCN vem desenvolvendo ao longo do tempo, tem sido de extrema significância para a motivação na luta do movimento negro e para a organização de órgãos que trabalhem especificamente com a temática – étnico-racial.
"Gostaria de ter a oportunidade de somar os esforços e junto colaborar para a efetivação dos programas direcionados à saúde da população negra, a implementação da lei 10.639/03 e da punição dos crimes de racismo, principalmente no que tange o interior de São Paulo, pois infelizmente os municípios menores ainda estão desvaforecidos nesse contexto".
Entre as propostas de Alessandra também destacam-se: apoiar e estimular as religiões de matrizes africanas a fim de que alcancem o respeito que merecem; colaborar com campanhas que foquem a conscientização racial em nível estadual; estimular a capacitação dos gestores públicos municipais sobre a importância do quesito cor e reforçar as parcerias com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, Educação, Inclusão Social e Segurança Pública para direcionar as ações que tem que ser permeadas dentro do contexto racial.
Alessandra agradece o apoio que recebeu de várias instituições, a fim de referendar seu trabalho para a seleção no Conselho. Entre elas, destaque para: OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Presidência da Câmara Municipal, Centro Universitário Uniara, APRRECABA (Associação para Preservação, Resistência e Resgate da Cultura Afrobrasileira de Araraquara), COMCEDIR (Conselho de Combate à Discriminação e ao Racismo), CGTB - Núcleo Araraquara (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) e Templos Religiosos. 
"A inserção do negro no mercado de trabalho (digno) só terá maior ascensão, reconhecimento e respeito, a partir do momento que despertarmos e sensibilizarmos os empresários e empregadores de maneira incisiva. Paralelamente a isso, temos que incentivar a qualificação dos negros e negras que tanto precisam de oportunidades, pois sabemos que capacidade não nos falta", finaliza a nova conselheira do CPDCN.