Araraquara integra estudo nacional sobre a dengue

Levantamento realizado pela USP e Federal de Goiás vai monitorar 3.500 crianças e adolescentes durante três anos

Fotógrafo: João Carlos
17/06/2014 - 03h31

Dengue

Araraquara fará parte de um programa nacional que irá mapear os casos de dengue e avaliar o perfil dos pacientes. O estudo será desenvolvido pela USP (Universidade de São Paulo) e UFG (Universidade Federal de Goiás), com apoio da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde e do Sesa (Serviço Especial de Saúde de Araraquara). O objetivo é fornecer dados para políticas públicas de combate à doença.

Nesta segunda-feira (16), representantes da USP e do Sesa estiveram reunidos com o prefeito Marcelo Barbieri e com o secretário de Governo, Nino Mengatti, para exporem o programa.

O levantamento será realizado em duas cidades brasileiras escolhidas pela estrutura de saúde existente: Araraquara e Goiânia. Em Araraquara, por exemplo, o Sesa e a Vigilância Epidemiológica oferecem a estrutura necessária para a pesquisa e acompanhamento dos pacientes.

A partir de julho deste ano, 3.500 crianças e adolescentes de 2 a 16 anos de Araraquara serão monitoradas durante três anos. As equipes farão o monitoramento contínuo da amostra da população, inclusive com coletas de sangue e acompanhamento periódico sobre o estado de saúde por meio de um data center.

Em casos de febre de qualquer natureza, por exemplo, serão realizados exames para se verificar a ocorrência de dengue.

O prefeito Marcelo colocou a estrutura da Prefeitura à disposição dos coordenadores do levantamento. “Trata-se de um estudo fundamental para o Brasil e também para os outros países do mundo que sofrem com essa doença.”

O professor e chefe do Departamento de Virologia do Instituto de Medicina Tropical da USP, Claudio Pannuti, afirma que Araraquara já possui um cadastro dos pacientes e outros dados da população que serão importantes para o começo dos trabalhos. Pannuti resume o trabalho de três anos como a “história natural da dengue”. “O objetivo é mapear os casos de dengue no município e o perfil dos pacientes”, explica.

Para o professor Fredi Diaz Quijano, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP, os dados do levantamento realizado na cidade serão utilizados para eventuais intervenções e políticas públicas de saúde, nos âmbitos municipal, estadual e federal, como uma eventual vacinação da população.

Além dos dois professores, participaram da reunião desta segunda-feira Walter Figueiredo, diretor do Sesa; Angela Aparecida Costa, enfermeira chefe do Sesa; Expedito Luna, médico e professor da USP e Sergio Campos, do Instituto de Medicina Tropical da USP.