16/07/2011 - 02h46
A Câmara de Araraquara aprovou o projeto de lei do vereador Elias Chediek, que oficializa a Bienal de Gravura Lívio Abramo como evento oficial da cidade. A criação da Bienal de Gravura deverá ser comemorada a cada biênio, no mês de novembro, integrando o calendário oficial do Município de Araraquara.
O projeto cultural em artes visuais, realizado pela Prefeitura de Araraquara por meio da Secretaria Municipal da Cultura e Fundart, tem o objetivo de homenagear Lívio Abramo e promover a arte da gravura, apresentando e divulgando gravadores convidados e seus trabalhos. A 1ª Bienal de Gravura Lívio Abramo foi realizada nos meses de outubro e novembro do ano passado.
De acordo com o projeto de lei, os recursos necessários para atender as despesas do evento serão obtidos mediante parceria com empresas de iniciativa privada ou governamental, sem acarretar ônus para o município.
O araraquarense Lívio Abramo (Araraquara, 26 de junho de 1903 - Assunção, 26 de abril de 1992) foi um gravador, desenhista e pintor brasileiro de renome internacional. O artista realizou suas primeiras gravuras em 1926 quando, bastante influenciado pelos temas humanos e sociais do expressionismo europeu, introduziu no Brasil a gravura moderna.
Lívio é parte de uma família muito influente na arte, na imprensa e na política brasileira. Filhos de pais italianos, Lívio e seus irmãos e irmãs - Athos, Fúlvio, Beatriz, Lélia, Mário e Cláudio - cresceram em um ambiente especial e tornaram-se artistas, jornalistas e intelectuais, cujas contribuições foram importantes para o ambiente cultural brasileiro.
Lívio foi casado com Anna Stefania Lauff, filha do militante comunista húngaro Rudolf Josip Lauff, membro do Exército Vermelho da URSS.
Lívio queria ser arquiteto, mas em consequência da crise econômica de 1928-1929, ficou impossibilitado de terminar seus estudos. Talvez esse motivo o tenha influenciado para que se dedicasse à arte da gravura.
