Araraquara aumenta produção do leite de soja

Cinquenta entidades sociais cadastradas no programa Fome Zero de Araraquara recebem o produto

20/07/2012 - 04h27

O programa municipal de Segurança Alimentar da Secretaria de Agricultura tem possibilitado aumentar a produção e a distribuição do leite de soja para famílias em situação de vulnerabilidade social em Araraquara. 
A partir da implantação da segunda unidade de produção do leite de soja, em 2010, na Central de Abastecimento, 50 entidades cadastradas no programa Fome Zero já são atendidas na cidade. 

A outra unidade, a Unisoja (que opera desde 1997, a partir de um convênio da Prefeitura com a Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp), atende a cerca de 200 pessoas por semana, principalmente crianças.
No ano passado, estas duas unidades produziram, juntas, 89 mil litros de leite de soja, o que corresponde a 526 mil embalagens de 160 mililitros (ml) cada. 
Com o aumento na produção, cada pessoa cadastrada pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social atendida pelo programa Segurança Alimentar recebe, desde março deste ano, 36 unidades de 160 ml por semana deste leite. Antes eram entregues individualmente 26 unidades.
Houve aumento, também, no número de entidades atendidas pela Central de Abastecimento: de 40 pulou para 50, o que beneficia diretamente cerca de seis mil pessoas.
As entidades retiram o produto na Central de Abastecimento Solidário, que funciona na própria Secretária de Agricultura, na Vila Xavier. 
De acordo com o secretário municipal de Agricultura Célio Dória, o aumento na produção permite que mais pessoas em condições socioeconômicas desfavoráveis sejam beneficiadas.Processamento
Segundo o engenheiro de alimentos do Banco de Alimentos da Prefeitura, José Tiago de Castro Neto, a primeira etapa do processo é a do descascamento do grão de soja e, em seguida, o pré-cozimento que inativa as enzimas responsáveis pela alteração de sabor. 
“A trituração e a centrifugação irão originar o extrato aquoso de soja (ou o leite, propriamente dito), que, posteriormente, será misturado com açúcar e aromas”, acrescenta o engenheiro.
O leite de soja também passa por um processo de pasteurização, depois é resfriado e finalmente colocado em embalagens de 160 ml, cuja durabilidade é de cinco dias.
Este produto é destinado também a pessoas com intolerância à lactose e/ou que têm alergia às proteínas do leite de vaca. 

Novo derivado

A Secretaria também pretende estimular a utilização do ‘okara’, que é resíduo do processamento do leite de soja que contém proteínas e fibras, pelas entidades sociais do município. 
Para tanto, desenvolve estudos com profissionais do curso de Nutrição da Uniara (Centro Universitário de Araraquara) visando detectar os benefícios deste novo produto da soja.