Araraquara é 10ª em ranking do Ciesp sobre as exportações de 39 regiões do Estado no primeiro semestre de 2012

Aumento de 21,9% nas importações reduz superávit comercial para US$ 669 milhões

31/07/2012 - 03h57

<p style="text-align: justify;">A Diretoria Regional do Centro das Ind&uacute;strias do Estado de S&atilde;o Paulo (Ciesp) em Araraquara ocupa a 10&ordf; posi&ccedil;&atilde;o em ranking sobre a participa&ccedil;&atilde;o de 39 regi&otilde;es paulistas nas exporta&ccedil;&otilde;es do Estado no primeiro semestre de 2012. No primeiro semestre, a pauta exportadora estadual foi de US$ 29,9 bilh&otilde;es, respons&aacute;veis por 25,5% do montante vendido pelo Brasil no mercado global.<br />O Ranking foi elaborado pelo Departamento de Estudos e Pesquisas Econ&ocirc;micas (Depecon), em conjunto com o Departamento de Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores (Derex) do Ciesp e da Fiesp, a partir de dados do Minist&eacute;rio do Desenvolvimento, Ind&uacute;stria e Com&eacute;rcio Exterior (MDIC).<br />Os 17 munic&iacute;pios que comp&otilde;em a Regional do Ciesp Araraquara aumentaram em 2,0% a remessa de produtos ao exterior, em rela&ccedil;&atilde;o ao montante exportado no 1&ordm; semestre de 2011. O volume passou de US$ 916,8 milh&otilde;es para US$ 934,8 milh&otilde;es em 2012.<br />As importa&ccedil;&otilde;es, por sua vez, registraram aumento de 21,9%, de US$ 217,4 milh&otilde;es para US$ 264,9 milh&otilde;es. Com isso, a corrente de com&eacute;rcio exterior da regi&atilde;o apresentou eleva&ccedil;&atilde;o de 5,8% em 2012, passando de US$ 1,13 bilh&atilde;o, em 2011, para US$ 1,20 bilh&atilde;o em 2012. &nbsp;<br />O saldo da balan&ccedil;a comercial retraiu 4,2% no per&iacute;odo, de US$ 699,4 milh&otilde;es para US$ 669,9 milh&otilde;es em 2012.&nbsp;<br />O munic&iacute;pio de Araraquara concentrou 57,8% das exporta&ccedil;&otilde;es da regi&atilde;o. Destacaram-se: conservas de frutas, legumes e outros vegetais (US$ 394,9 milh&otilde;es); produtos de lavouras tempor&aacute;rias (US$ 68,9 milh&otilde;es) e produtos e preparados qu&iacute;micos diversos (US$ 47,6 milh&otilde;es). Os principais destinos das mercadorias s&atilde;o: Pa&iacute;ses Baixos (38,3% do total exportado); China (18,7%) e Estados Unidos (10,9%).&nbsp;<br />No que tange &agrave;s importa&ccedil;&otilde;es, o munic&iacute;pio de Araraquara concentra 51,4% dos produtos adquiridos pela regi&atilde;o, com destaque para: componentes eletr&ocirc;nicos (US$ 74,8 milh&otilde;es); latic&iacute;nios (US$ 20,6 milh&otilde;es) e geradores, transformadores e motores el&eacute;tricos (US$ 6,1 milh&otilde;es). Os principais pa&iacute;ses de onde s&atilde;o originados os produtos s&atilde;o: Su&eacute;cia (57,7% do total importado); Uruguai (6,6%) e Argentina (5,8%).&nbsp;<br /><br /><strong>Estado de S&atilde;o Paulo</strong><br /><br />Balan&ccedil;a Comercial fechou o primeiro semestre de 2012 com d&eacute;ficit de US$ 10,3 bilh&otilde;esNo 1&ordm; semestre de 2012, o saldo da balan&ccedil;a comercial do Estado de S&atilde;o Paulo foi deficit&aacute;rio em US$ 10,3 bilh&otilde;es. Com uma corrente de com&eacute;rcio de US$ 70,1 bilh&otilde;es no per&iacute;odo, as transa&ccedil;&otilde;es comerciais do Estado representaram 31% do total negociado pelo Brasil no mercado global.<br />As exporta&ccedil;&otilde;es do Estado movimentaram US$ 29,9 bilh&otilde;es, registrando aumento de 1,4% em rela&ccedil;&atilde;o ao primeiro semestre de 2011. J&aacute; o volume importado somou US$ 40,2 bilh&otilde;es, um aumento de 0,9%, nos mesmos termos.<br /><br /><strong>Brasil</strong><br /><br />Saldo comercial do primeiro semestre de 2012 foi superavit&aacute;rio em US$ 7,1 bilh&otilde;esAs exporta&ccedil;&otilde;es de produtos brasileiros no primeiro semestre de 2012 somaram US$ 117,2 bilh&otilde;es, reduzindo em 0,9% sobre o primeiro semestre de 2011. J&aacute; a entrada de importados movimentou US$ 110,1 bilh&otilde;es, um aumento de 4,6%, nos mesmos termos.<br />Com isso, o super&aacute;vit comercial do Brasil encerrou o primeiro semestre de 2012 em US$ 7,1 bilh&otilde;es, enquanto que o saldo da balan&ccedil;a comercial do primeiro semestre de 2011 foi de US$ 13 bilh&otilde;es, uma queda de 45,4%.<br />J&aacute; a corrente de com&eacute;rcio do Brasil somou US$ 227,4 bilh&otilde;es no primeiro semestre de 2012, um aumento de 1,7% na compara&ccedil;&atilde;o com o primeiro semestre de 2011.&nbsp;<br /><br /><strong>Vis&atilde;o da Ind&uacute;stria</strong><br /><br />Para o presidente da Fiesp/Ciesp, Paulo Skaf, o recuo de 45% do super&aacute;vit da balan&ccedil;a comercial no primeiro semestre de 2012, em rela&ccedil;&atilde;o ao mesmo per&iacute;odo de 2011, n&atilde;o est&aacute; relacionado &agrave; falta de competitividade do produto brasileiro, mas do pr&oacute;prio Pa&iacute;s. &nbsp;&ldquo;O problema n&atilde;o est&aacute; da porta para dentro das f&aacute;bricas, mas no custo elevado da energia, do g&aacute;s, na log&iacute;stica cara.&rdquo;&nbsp;<br />Skaf relaciona outros fatores que dificultam o desempenho da ind&uacute;stria, como juros elevados e spreads banc&aacute;rios: &ldquo;A taxa Selic est&aacute; baixando, mas os spreads ainda s&atilde;o altos, aquilo que a ind&uacute;stria toma emprestado ainda &eacute; alto&rdquo;.&nbsp;<br />A somat&oacute;ria de tudo isso, segundo ele, prejudica muito a competitividade do Brasil, e da ind&uacute;stria de transforma&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Por ser a ind&uacute;stria que transforma mat&eacute;rias-primas, ela tem fluxo mais demorado. Esses custos do Brasil pesam sobre ela muito mais do que em outros setores&rdquo;, avalia.<br />O presidente da Fiesp/Ciesp lembra que a ind&uacute;stria foi uma das respons&aacute;veis pela r&aacute;pida recupera&ccedil;&atilde;o do Brasil na crise mundial de 2008/2009, e que hoje convive com a falta de isonomia para competir. &ldquo;Hoje, a ind&uacute;stria manufatureira &eacute; o setor mais exposto aos fatores internos que seguram a sua produ&ccedil;&atilde;o e &agrave;s desastrosas consequ&ecirc;ncias do desalinhamento cambial que tivemos nos &uacute;ltimos anos&rdquo;, considera Skaf.&nbsp;<br />Estimativas da Fiesp/Ciesp apontam que a atividade da ind&uacute;stria recue 0,8% em 2012.</p>